O11 | Nunca mais fomos os mesmos

269 32 0
                                    

𝜗𝜚

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

𝜗𝜚

     COM RECEIO, saio do banheiro.

     A solução de Konon deveria bastar. Por mais que me assuste essa ideia de "resolver" do jeito dela. Querendo ou não, eu não conhecia a garota. Vai ver ela pega ele na porrada?

     Minha preocupação principal era Kyungsoo.

     Não queria mostrar medo de achá-lo ao ficar caçando desesperadamente o garoto com os olhos, mas era minha única saída.

     Era aniversário da minha melhor amiga, e precisava dela aqui. Mas tudo bem, essas horas, Aran deve estar pegando Jaeyun.

     Será que a companhia de Heeseung naquele momento não iria ajudar? Homens intimidam homens, sabe como é... Nem mesmo se demonstrar minha raiva rosnando, Kyungsoo nunca me levaria a sério.

     Essa coisa toda está me fazendo desconcentrar do objetivo disso tudo. Se fosse uma balada normal, eu já teria metido o pé. Mas, era um dia especial. Konon disse que meu único trabalho é aproveitar.

     Nossa.. Minha música favorita! Minha música favorita começou a tocar.

     Ah, quer saber? Vou beber um pouco. Nada gritante como Vodka, apenas uma Gin Tônica. Mesmo sendo menor, ninguém é totalmente correto em esperar até os dezoito.

— Oi! Tudo bem? Vou querer uma Gin Tônica, por favor.

     Minha carinha de dezesseis é mascarada quando o assunto é se passar pela maior idade.

     Sou um bom exemplo, eu prometo. Mas, faça o que eu diga, e não o que eu faço.

— Obrigada. - a bebida ainda tinha canudinho com um guarda-chuvinha, que fofo. Nem parecia que era alcoólica.

     Eu ainda tentava achar meu amigo nos rostos que passavam por perto. Até mesmo Konon. Droga, teria sido ótimo virar amiga dela.

     Estava tão concentrada em me fixar nas características das pessoas que tomei meu drink rapidamente. Dou uma pausa, já estava na metade.

     Abro meu celular. O "entregue" na conversa de Aran me perseguia.

     A música alta estava realmente boa.

     Esse lugar é tão grande para me esbarrar em Kyungsoo.

     Se eu beber mais, pode ser que meus pais duvidem da minha sobriedade.

     Tudo bem... Vou deixar minha Gin.

     Tento abandonar o pensamento sobre qualquer coisa relacionada á Kyungsoo. Era inútil, estávamos no mesmo local. Estou pelo destino.

     Começo a dançar ao chegar perto da muvuca.

     Estavam todos misturados. Gente de todo o tipo, atuando como jovens adolescentes. Beijando, bebendo, dançando, cantando, chorando...

     O DJ parecia entender perfeitamente a energia do local, e as pessoas encaixavam com suas auras como se fossem feitos um para o outro.

     O que poderia dar errado?

— Ei! - a resposta era: tudo. Me bateram de novo.

— Ah, foi mal! - o garoto falou de forma sarcástica, como se não fosse planejado. O que até me fez acreditar por alguns segundos, se não tivesse entendido a situação.

— Qual o seu problema, Kyungsoo? Me deixa em paz, cara. - eu sabia que aquilo aconteceria, mas mesmo assim, estava chocada demais para tomar uma atitude.

— Você é engraçada, só isso. - ele gritava enquanto eu me afastava minuciosamente.

     Minhas sobrancelhas ficam em um formato que demonstrava raiva.

     Já era o suficiente, eu seria imbecil por brigar com Kyungsoo no meio de uma festa.

     Saio, o deixando sozinho naquela multidão que em poucos momentos o comeu, fazendo-o desaparecer do meu campo de visão.

     Ufa.

— Quer dançar comigo? - uma mão me oferece um convite. Meu inconsciente diz "não, obrigada" por achar que era um desconhecido.

     Mas não.

     Era o temido. Nishimura Riki.

— O que você tá fazendo aqui? - essa não era minha pergunta foco, mas ainda sim, era um grande questionamento. Foi a primeira coisa que consegui pensar.

— Estou na festa que fui convidado, e você? - ele pega na minha mão, querendo me fazer sacudir com a música.

— Quer dizer, o que você quer?

— Com o que? Não posso te chamar para dançar?

— Isso é uma aposta? Você é Nishimura Riki, o insuportável. - ele entrelaçou nossos dedos, deixando nossas mãos embaixo de nós, nos movimentando cada vez mais próximos.

— Não. Na verdade, fui comunicado por um passarinho sobre você. E, ah.. Não sou tão insuportável assim, não? - Riki atingia cada batida da música com seu corpo, o que me influenciou a segui-lo.

     Passarinho?

     Era claro, era Konon por trás de tudo isso.

— Queria ter te visto mais cedo. Você é uma das únicas que eu conheço daqui, aonde esteve? - estávamos nos ignorando no dia anterior, por que ele agiria assim de repente?

— Por aí..

     A resposta não saciou o garoto, o que o provocou uma reação facial engraçada, mas fofa.

     Ainda estamos agarrados. Seria seu objetivo afastar Kyungsoo?

     E se não fosse? 

     Mesmo assim, estava funcionando se sua ajuda foi querendo tirar o idiota da jogada.

— Ei, você bebeu? - ele parecia perceber.

— Só um pouquinho. - o garoto não gostou. — Prometo que foi metade uma Gin Tônica, nada demais.

— Você não pode beber, Yura. - ele parecia ser sério sobre isso.

— Mas não fez efeito direito.

— O cheiro está meio óbvio.

— Estou cheirando a álcool? - me senti fedida no mesmo segundo.

— Seus pais permitiram? - neguei com a cabeça. — Nunca mais faça isso.

— Tá, tá.. - por que Ni-ki se preocupavam tanto?

     Nishimura me pegou pela cintura, logo pegando a mão que segurava a minha desde o início, a levantou, me fazendo rodopiar.

     Ele me toma novamente, me mantendo em seus braços como se eu fosse um tesouro raro. Seu sorriso após esse vento era bonito, nada tímido.

— Por que está fazendo isso? - cochicho e ele me larga. O garoto dançava como se estivesse em alguma de suas aulas.

— Fica quieta e aproveita o momento.. - Riki me diz, enquanto mais batidas eram jogadas pelo DJ.

     Com ele, a dança fluía como uma valsa calma e lenta - diferente do que realmente estava tocando.

𝗩𝗘𝗡𝗨𝗦, n. ni-kiOnde histórias criam vida. Descubra agora