OO3 | Garrafas no chão

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𝜗𝜚

ELE É maluco! - Aran ria comigo no intervalo. — Eu disse que não precisava se preocupar.

— Nem tão bonito ele é pra ter todo esse orgulho.

— Afinal, você viu ele no dia? - minha amiga deu uma mordida bruta na maçã.

— Que eu caia morta agora se estiver mentindo. - coloco as mãos pro alto, como se estivesse sendo presa. — Juro que não vi nenhum indício de japonês naquele dia. E se tivesse visto, iria dar um jeito de desaparecer do lugar o mais rápido possível.

— Pelo jeito que ele falou, deve ser bem mimado pela mãe. - Aran gargalhava mais ao imaginar a cena que a garota nem estava presente.

     O sinal da volta as salas toca

— Temos aula de que mesmo? - ela se pergunta enquanto espera levantar da mesa do refeitório.

— Química. - digo simples e Aran bufa.

— Ugh, matéria diabólica.

— Não é tão ruim assim. - caminhamos no corredor lado a lado. — Você fez a tarefa que a professora deixou?
— O que? Tinha tarefa de casa? - sua expressão mudou abruptamente.

— Sim, ué. Aran, aonde anda sua cabecinha? - dou um peteleco na sua testa.

— Você me perdoa, mas vou ter que ir correndo até a sala copiar do seu caderno. Até depois. - ela corre para chegar ao seu destino logo após sua despedida.

     Decido encher minha garrafa d'água.

     Normalmente os professores demoram de cinco a mais minutos para chegar e se ajeitar nas salas.

     É muito engraçado ver todos desesperados com a bronca que podem levar em atrasar.

     Tampo minha garrafa e volto caminhando com calma.

— Aí! Foi mal. - alguém havia batido no meu ombro e derrubado minha água.

— Sem problemas. - digo ao ver o menino fazendo a gentileza de pega-la no chão para mim.

— Sou Heeseung. Você é a? - ele me alcança a garrafa.

— Yura. Prazer em conhecer você, Heeseung. - ele tinha cabelos vermelhos recém pintados, um nariz arrebitado fofo e um sorriso quadrado sutil que era mostrado com frequência, deixando clara sua vergonha.

— Você é de que turma, Yura? Deixe-me acompanha-la para me redimir. - Heeseung começa a andar do meu lado.

— Sou do primeiro ano B. - seguro a garrafa que me fora dada fortemente. — E você?

— Segundo A. Irá ter que aula? - o garoto era de extrema gentileza.

— Química. - eu falava com tom feliz, para mostrar minha gratidão.

— Sinto muito por isso, considero a pior matéria de todas.

— Que nada! É só questão de atenção. - subimos as escadas que daria para as salas do primeiro ano.

— Está me chamando de má aluno? - ele ria. Heeseung sabia meu ponto, era apenas uma provocação.

— Você entendeu. - rio da implicância besta.

— Aliás, - paramos na frente da porta da minha sala. E como esperado: sem professores. — Eu te vi no refeitório. - essa afirmação me fez criar diversas perguntas.

— Ah, sério? - foi a única resposta que saiu da minha boca após essa surpresa.

— Sim.. Meu amigo, Jaeyun, é gamado na pessoa que você ficou falando com. - será que era por isso o motivo dele vir falar comigo? Não vou julga-lo assim, deixe-me continuar essa conversa.

— A Aran?

— Não sei o nome dela... Então, eu notei você. - Heeseung me olha. — Te achei simpática, posso pegar seu número? - tiro meu celular do bolso.

     Pelo incrível que pareça, ninguém nunca pediu meu número.

— Claro! - abro meu celular. — Aqui. - dou meu celular a ele.

     Tento ver se Aran via a situação que eu me encontrava, mas ela estava concentrada demais em copiar a lição.

— Ah, e.. - ressalto e Heeseung me encara diretamente nos olhos. — Pegue o número de Aran para passar ao seu amigo.

— A Jaeyun? - ele se choca.

— Sim! Ele mesmo.

— Nossa, obrigado Yura. Você é uma ótima amiga.

     Sorrio.

     Afinal, o objetivo de Heeseung era se aproximar de mim, não ajudar Jaeyun.

     E eu descobriria isso mais tarde.

𝗩𝗘𝗡𝗨𝗦, n. ni-kiOnde histórias criam vida. Descubra agora