Capítulo 12

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Madison Brown


25 de Março


- Você vai dormir lá no meu apartamento hoje, né? - Noah me pergunta pela milésima vez, assim que terminou de contar o dinheiro do caixa.

- Sim, Noah. Não precisa ficar me perguntando isso de cinco em cinco minutos. Eu vou, e não vou mudar de ideia.

- É só para confirmar.

Quando chegamos na floricultura, Noah ficou insistindo para eu dormir em seu apartamento hoje, pois o apartamento estava muito vazio e ele estava se sentindo sozinho, então eu aceitei.

Eu vou até o lado de dentro da pequena bancada, onde tem um "compartimento secreto" para casos de roubo. Eu o abro com uma chave de fenda, pressionando ela contra a lateral. Tiro de lá minha bolsa, que contém apenas minha carteira, um gloss, a chave do meu apartamento e da floricultura, meu celular, um livro e uma camiseta reserva, caso eu suje a que estou vestindo.

- O Enrico não falou mais com você depois do quase beijo de vocês? - Ele sorri.

- Não. E não tem motivos para ele fazer isso. Além do mais, fazem apenas dois dias que não nos falamos.

- Não custava nada perguntar né.

- Vamos embora, Noah.

- Tá bom. - Ele pega seu celular em cima da bancada e atravessa ela, eu faço o mesmo.

Saímos da floricultura e eu a tranco. Vemos um táxi se aproximando e o chamamos. Ele para na nossa frente e entramos. Dou o endereço do meu prédio para ele e Noah me olha confuso, pois iríamos para seu apartamento e não para o meu apartamento.

- Relaxa. Ainda vou dormir no seu apartamento, mas preciso passar no meu pra pegar um vinho que comprei ontem e queria beber com você e vai ser o momento perfeito, porque não vamos trabalhar amanhã. - Explico para ele, que assentiu e relaxou no banco do carro assim que eu terminei de falar.

Em poucos minutos o táxi para em frente ao prédio e eu desço do mesmo, entro no prédio e pego o elevador, indo para o décimo primeiro andar, o último. Em poucos segundos ele chega ao meu andar e eu saio de dentro dele.

Ando na direção da minha porta mas paro quando vejo o Enrico saindo de sua casa, quase esbarrando em mim no processo.

- Nossa, você chegando e eu saindo, que coincidência. - Ele diz e sorri. O uni
verso só pode estar contra mim mesmo para me fazer esbarrar com esse homem.

- Pois é. - Rio fraco.

- E é mais coincidência ainda que eu queria conversar com você.

- Nossa, sério? - Pergunto surpresa e ele assente. - Então pode falar. - Eu espero que não seja sobre o quase beijo, porque se for, eu juro que saio correndo.

- Eu estava conversando com o Tyler e pensamos que você e seu namorado poderiam jantar conosco amanhã. - Deus, obrigado.

- An, eu não sei, acho que eu e Noah vamos trabalhar amanhã até bem tarde, então talvez não dê. Mas qualquer coisa eu te mando mensagem, pode ser? - Pergunto e sorrio, o vejo travar a mandíbula.

- Claro, pode sim. - Me responde após alguns longos segundos. - Eu tenho que ir, até. - Força um sorriso e sai andando, me deixando para trás antes que eu possa falar mais algo.

Me viro lentamente e destranco meu apartamento, entrando no mesmo. Vou até a cozinha e abro a geladeira e pego a garrafa de vinho tinto Pérgola. Fecho a geladeira e saio do apartamento, o trancando de novo.

Mia SoleOnde histórias criam vida. Descubra agora