𝐂𝐀𝐏 𝟒 - 𝐈𝐍𝐅𝐀̂𝐍𝐂𝐈𝐀

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𝐀𝐍𝐎𝐒 𝐀𝐓𝐑𝐀́𝐒

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𝐀𝐍𝐎𝐒 𝐀𝐓𝐑𝐀́𝐒..

⚊ 𝐀 luz do sol filtrava-se através das árvores, lançando sombras dançantes no chão do parque. Eu estava ali, uma criança tímida e solitária, tentando encontrar um lugar onde pudesse me esconder dos outros meninos.


Eles sempre me perseguiam, rindo e zombando de mim. Sentia-me indefeso e, muitas vezes, desejava desaparecer.

Naquele dia, como tantos outros, as provocações começaram.
─ Olha só, é o esquisitão Jason! - um dos garotos gritou, seguido por risadas cruéis.

Meu coração disparou e tentei me afastar, mas eles me cercaram, empurrando e rindo ainda mais alto.

─ Deixa ele em paz! - A voz clara e determinada cortou o ar como uma lâmina.

Todos nós nos viramos para ver uma garotinha de seis anos, com olhos brilhantes e cabelos dourados como o sol. Angelina.

─ Você não manda na gente, pirralha! - um dos garotos maiores respondeu, mas Angelina não se intimidou.

Ela deu um passo à frente, colocando-se entre mim e os agressores.

─ Ele é meu amigo. Se vocês não saírem daqui agora, vão se arrepender! - disse com uma convicção que parecia improvável em alguém tão pequeno. Os meninos riram, achando graça na bravata dela.

─ Ah é? E o que você vai fazer, hein? - um dos meninos provocou, aproximando-se mais.

Antes que qualquer um pudesse reagir, Angelina avançou e mordeu o braço dele com toda a força que tinha. O garoto gritou de dor e surpresa, recuando rapidamente.

Os outros, aproveitaram a oportunidade para fugir. Quando eles se foram, Angelina se virou para mim, um sorriso triunfante nos lábios.
─ Você está bem?

Eu estava em choque, mas acenei com a cabeça, sem saber o que dizer.
─ Por que você fez isso? - perguntei finalmente.

─ Porque ninguém merece ser tratado assim - ela respondeu simplesmente.
─ Você merece ser feliz, como todo mundo.

Naquele momento, senti algo que nunca havia sentido antes. Uma mistura de gratidão, admiração e algo mais profundo, algo que só mais tarde eu identificaria como amor.

Desde aquele dia, Angelina se tornou o centro do meu mundo. Mesmo que ela não se lembrasse desse encontro, eu jamais esqueci.

E essa lembrança, essa bondade e coragem infantil, plantaram a semente da obsessão que cresceria com os anos.

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐎𝐍𝐄𝐓𝐓𝐄 ︱𝖩𝖺𝗌𝗈𝗇 𝖳𝗁𝖾 𝖳𝗈𝗒𝗆𝖺𝗄𝖾𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora