𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐈𝐍𝐀 sempre foi uma bailarina talentosa, apaixonada pelo palco e pela graça do ballet. Contudo, sua vida mudou drasticamente após um acidente terrível durante uma apresentação.
Desanimada e descrente do futuro, Angelina decidiu visitar...
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━ 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄, chegamos à entrada do compartimento secreto. Mr. Glutton parou e me olhou com seriedade.
"A partir daqui, você terá que prosseguir sozinha. Você precisa encontrar a caixinha de música e destruí-la"
Eu acenei, entendendo a importância do momento.
"Obrigado, Mr. Glutton. Vou fazer o que for preciso."
Ele deu um último olhar encorajador e se afastou, desaparecendo nas sombras do corredor. Eu me aproximei da entrada do esconderijo e observei o mecanismo de abertura. Seguindo as instruções do livro, fiz o último ajuste e o compartimento se revelou.
Dentro, o esconderijo estava repleto de uma luz fraca e ameaçadora. O ambiente era abafado, e o ar estava carregado de uma sensação de opressão.
Busquei com urgência até encontrar a caixinha de música, oculta em uma gaveta secreta. Com a caixinha em mãos, sabia que precisava agir rapidamente.
A caixinha de música em minhas mãos pulsava como se tivesse vida própria, e o ar ao meu redor parecia carregado de uma energia pesada e densa.
Fechei os olhos, tentando acalmar minha respiração, mas logo senti uma onda gelada me envolver, e tudo ao meu redor começou a mudar.
Quando abri os olhos novamente, eu estava em uma casa simples, quase austera. As paredes estavam nuas, e o chão de madeira rangia sob meus pés. O ar estava pesado, carregado com uma sensação de tristeza.
Vi um garoto sentado no chão, brincando com pequenas pedras, tentando empilhá-las como se fossem brinquedos. Reconheci aquele garoto, era uma versão criança de Jason. Pude ouvir vozes de um outro cômodo, seus pais discutindo.
─ Ele não precisa de brinquedos. Isso só vai distraí-lo de se tornar um homem de verdade - disse uma voz masculina severa.
─ Ele precisa aprender a trabalhar, a ser duro como nós. Brinquedos são para os fracos.
Jason parecia perdido em seu próprio mundo, os olhos tristes fixos nas pedras em suas mãos. A cena mudou de repente, e agora ele era um pouco mais velho, mas ainda com o mesmo olhar vazio.
Ele estava trabalhando em uma pequena oficina, suando sobre um pedaço de pano, tentando fazer algo que se assemelhava a um brinquedo. Seus pais o observavam, o olhar duro e desaprovador.
─ Você está perdendo seu tempo com essas coisas inúteis - sua mãe disse, tomando o brinquedo de suas mãos e rasgando em pedaços.
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