𝐂𝐀𝐏 𝟏𝟔 - 𝐎𝐁𝐒𝐂𝐔𝐑𝐎

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━ 𝐄𝐔 estava deitada na cama, o coração ainda acelerado pela estranha dança que Jason me forçou a executar

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━ 𝐄𝐔 estava deitada na cama, o coração ainda acelerado pela estranha dança que Jason me forçou a executar. O silêncio preenchia o quarto, mas a inquietação dentro de mim era mais ensurdecedora do que qualquer som.

Minha mente rodava, repetindo os acontecimentos do dia, e mesmo com as cortinas fechadas e o ambiente convidativo ao sono, eu não conseguia descansar.

Finalmente, decidi que ficar parada ali não ajudaria. Sentei-me na cama, os pés descalços tocando o chão frio de madeira. Mr. Glutton estava na beira da cama, seus olhos de botão me observando.

De alguma forma, o brinquedo, que antes parecia inofensivo, agora emanava algo sinistro. Eu me perguntava se ele estava ali para me proteger ou para vigiar.

Levantei-me devagar, tomando cuidado para não fazer barulho. Abri a porta do quarto e espreitei o corredor.

Tudo estava escuro e quieto. Peguei uma lanterna de uma das gavetas e saí, mantendo a luz baixa para não chamar a atenção.

O corredor parecia mais longo do que durante o dia, as sombras projetadas pela lanterna criavam figuras distorcidas nas paredes.

As portas fechadas pareciam esconder segredos, e por um instante, pensei em abrir uma delas, mas havia uma porta específica que sempre me intrigava: a porta ao final do corredor, que Jason sempre trancava.

Com a respiração pesada, aproximei-me da porta. Para minha surpresa, ela estava destrancada desta vez. Minha mão hesitou na maçaneta, mas a curiosidade foi mais forte. Abri devagar, o rangido da porta soando alto no silêncio da casa.

O cômodo estava repleto de estantes altas, cheias de caixas e objetos cobertos por panos brancos. No centro, havia uma mesa com o que parecia ser um diário antigo.

Caminhei até a mesa, o chão rangendo sob meus pés, e folheei as primeiras páginas. Era o diário de Jason.

As páginas revelavam um lado dele que eu nunca imaginei. Descreviam suas dores de infância, a solidão que ele sentia, e como ele encontrou consolo criando brinquedos... e marionetes.

O diário era perturbador, mas havia algo ainda mais inquietante. Entre as páginas, havia uma carta.

Meus dedos tremiam quando retirei o papel amarelado e dobrado. As palavras eram manuscritas com uma caligrafia elegante e feminina:

"𝑨𝒏𝒈𝒆𝒍𝒊𝒏𝒂,

𝑺𝒆 𝒗𝒐𝒄𝒆̂ 𝒆𝒔𝒕𝒂́ 𝒍𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒊𝒔𝒕𝒐, 𝒔𝒊𝒈𝒏𝒊𝒇𝒊𝒄𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝑱𝒂𝒔𝒐𝒏 𝒂 𝒕𝒓𝒐𝒖𝒙𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒄𝒂́, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒂 𝒄𝒂𝒔𝒂 𝒅𝒆𝒍𝒆. 𝑬𝒖 𝒔𝒐𝒖... 𝒐𝒖 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓, 𝒇𝒖𝒊, 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒗𝒐𝒄𝒆̂. 𝑨𝒄𝒓𝒆𝒅𝒊𝒕𝒆𝒊 𝒏𝒂𝒔 𝒑𝒓𝒐𝒎𝒆𝒔𝒔𝒂𝒔 𝒅𝒆 𝒑𝒓𝒐𝒕𝒆𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒆 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒓𝒂𝒏𝒄̧𝒂 𝒅𝒆𝒍𝒆, 𝒎𝒂𝒔 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒍𝒆 𝒇𝒆𝒛 𝒇𝒐𝒊 𝒎𝒆 𝒑𝒓𝒆𝒏𝒅𝒆𝒓 𝒂𝒒𝒖𝒊, 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒔𝒖𝒂 𝒄𝒐𝒍𝒆𝒄̧𝒂̃𝒐. 𝑬𝒍𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒆́ 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒆𝒄𝒆. 𝑺𝒆 𝒂𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒉𝒂́ 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐, 𝒇𝒖𝒋𝒂. 𝑵𝒂̃𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒇𝒊𝒆 𝒆𝒎 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒍𝒆 𝒅𝒊𝒈𝒂. 𝑯𝒂́ 𝒖𝒎𝒂 𝒔𝒂𝒊́𝒅𝒂, 𝒎𝒂𝒔 𝒆́ 𝒑𝒆𝒓𝒊𝒈𝒐𝒔𝒂.

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐎𝐍𝐄𝐓𝐓𝐄 ︱𝖩𝖺𝗌𝗈𝗇 𝖳𝗁𝖾 𝖳𝗈𝗒𝗆𝖺𝗄𝖾𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora