𝐂𝐀𝐏 𝟖 - 𝐂𝐎𝐄𝐋𝐇𝐈𝐍𝐇𝐎

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━ 𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 Angelina começava a falar, eu não conseguia tirar os olhos dela

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━ 𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 Angelina começava a falar, eu não conseguia tirar os olhos dela. Seus olhos cristalinos estavam marejados, refletindo a luz suave do café, e as lágrimas prestes a cair davam-lhes um brilho ainda mais intenso.

Suas bochechas rosadas contrastavam com a palidez de seu rosto, uma combinação que só realçava sua beleza angelical. As mãos tremiam levemente enquanto ela falava, cada palavra carregando um peso de dor e lembranças traumáticas.

─ Foi no dia do espetáculo - ela começou, sua voz tremendo.

─ Eu estava tão empolgada, pronta para dançar Odette. Minha professora e meus colegas me parabenizaram antes de eu entrar no palco.

─ Mas Samanta, ela parecia diferente. Havia algo nos olhos dela.

Enquanto ela continuava, meu coração apertava. Eu sabia exatamente o que havia acontecido, mas precisava ouvir de seus lábios, ver a dor em seus olhos, sentir sua angústia.

─ Quando entrei no palco, tudo parecia perfeito. Mas então, algo deu errado. Senti uma dor excruciante e caí.

─ Não conseguia me levantar. Tudo ficou escuro. Quando acordei, estava no hospital, e os médicos me disseram que eu nunca mais poderia andar.

As lágrimas finalmente escorreram por seu rosto, sua voz se quebrando.

─ Eles disseram que nem mesmo a fisioterapia poderia me ajudar. Foi um golpe devastador.

─ E então, fiquei sabendo da morte de Samanta. Ela foi assassinada brutalmente, suas pernas foram quebradas. Não sei quem faria isso, mas...

Eu a observava, cada palavra dela me atingindo profundamente. O que ela não sabia era que eu estava por trás daquilo. Samanta não merecia viver depois do que fez com minha bonequinha.

A vingança foi necessária, um ato de justiça. Mas para Angelina, tudo era um mistério envolto em dor e confusão.

─ Ela não merecia isso - disse Angelina, limpando as lágrimas com um guardanapo.

─ Por mais que tivéssemos nossas diferenças, ninguém merece um fim assim.

Eu queria alcançá-la, segurar suas mãos tremendo e dizer que tudo ficaria bem. Que eu estava ali para protegê-la, sempre estive. Mas em vez disso, apenas assenti, escondendo meus verdadeiros sentimentos.

─ Angelina, sinto muito por tudo isso. Se eu puder fazer algo para ajudar, por favor, me avise.

Ela olhou para mim, seus olhos vermelhos e cheios de tristeza.

─ Obrigada, Jason. Sua gentileza significa muito para mim.

Enquanto ela falava, uma parte de mim sentia uma satisfação sombria. Samanta mereceu o que aconteceu. Ninguém machuca minha bonequinha e sai impune.

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐎𝐍𝐄𝐓𝐓𝐄 ︱𝖩𝖺𝗌𝗈𝗇 𝖳𝗁𝖾 𝖳𝗈𝗒𝗆𝖺𝗄𝖾𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora