Zaid
-Quando você, pretende oficializar o seu noivado com a menina, Nayara?- Levanto a cabeça e vejo minha mãe entrar meu escritório.
-Em breve ,Mamá-Fecho meu MacBook,e levanto-me para beijar a testa de minha mãe.
Uma década antes, um acordo feito entre Cemal e Zohar, determinou quem seria minha noiva. Meu noivado, era um acordo . Um dever . Uma obrigação. Algo que deveria ser cumprido , visando o bem do meu povo. Meu casamento, unificaria os dois pequenos países do Oriente Médio, e transformaria ambos em grandes potências mundias.
- Não espere muito meu filho- Minha mãe ajeita minha gravata de seda prata.
- Eu e a princesa ,sabemos de nossas obrigações, mamá- Isso é um fato! Nenhum de nós dois fugiria de nossos deveres. Até porque , não sou um mal partido.
- Sabe ,meu filho. O pior cego não é aquele , que não enxerga com os olhos. O pior cego, é aquele que não enxerga com o coração.
Minha mãe e seus provérbios . Nunca os entendo.
- Não entendi , Mamá- Franzo a testa , e espero que ela me explique.
- É isso que mais me preocupa- Ela respira fundo e se vira para sair do escritório- Não demore muito, os nossos convidados já estão chegando.
Desisto!
Vou até o aparador , que fica no canto do escritório, e me sirvo com um cálice de vinho. Caminho até a janela e vejo os primeiros convidados, para o aniversário de meu pai ,chegar.
Apesar de não ser o Sheik da Coroa, e ser o terceiro na linha de sucessão ao trono de Cemal, tive uma educação rígida . Meus pai, rei Mustafah Bin Amir Al Cemal, sempre foi um governante temido e respeitado. Ele sempre ensinou a mim , e aos meus irmãos mais velhos, que observar a fraqueza dos nossos adversários , e usar tais fraquezas contra os mesmos , era o primeiro passo para o sucesso.
Por isso quando fiz 23 anos, já era dono da Business Group Z, uma das empresas mais importantes do meu país e dos Estados Unidos. Meu objetivo sempre foi o topo, e fui além.
Nascer em berço de ouro e com 23 anos , ter sua própria fortuna , me abriu portas e me trouxe várias mulheres. Nenhuma resiste ao meu charme e beleza. Modelos, juízas , atrizes , simplesmente todas passaram pela minha cama. Porém tudo muito discreto , não poderia de jeito nenhum, manchar o nome de minha família, com um escândalo.
Tomo o último gole de vinho, e o gosto adocicado me tira dos meus devaneios. Caminho até o sofá que fica em meu escritório , e pego meu abeia na cor preta e coloco sobre meu terno da mesma cor,da Armani Slim. Pego meu kafia com aigal , ajeito minha gravata e me olho no espelho. Um verdadeiro Sheik.
Caminho até a porta do escritório e sinto meu coração acelerar por algum motivo.Que estranho.
(..)
Estou conversando com alguns chefes de estados , quando os homens ao meu redor de repente param de falar e olham para a porta. Olho confuso para eles e sigo seus olhares. Engulo em seco. Sinto um arrepio consumir meu corpo , quando reconheço a pessoa que está parada na entrada do salão.
Nayara! Alá, como ela está linda. Reparo em seu vestido justo, que marca todas as curvas de seu corpo , e deixa suas pernas amostra. Seu cabelo castanho escuro , cai como uma nuvem ao seu redor . Nossos olhos se encontram , e vejo um brilho de admiração em seus olhos. Logo o brilho é substituído por um olhar de desprezo. Uou! Isso me surpreende .
Vejo ela passar reto e ir falar com o rei de Zohar e e seus pais. Estreito os olhos. Tem algo errado. Volto meu olhar para os chefes de estados, e eles estão babando sobre a princesa Nayara.
Abutres!
Durante a confraternização ,Nayara simplesmente me ignora. E isso me surpreende e me fascina ao mesmo tempo. O jantar é anunciado. Os Chefes de estado, Emir e ministros são encaminhados para a sala de jantar. Caminho por entre as mesas ,até a mesa principal ,a qual é designada a família real.
- Nayara- Escuto o rei de Zohar ,chama-lá. Ela caminha até seu tio , e lhe dá um sorriso amarelo.- Sente-se conosco ,princesinha.
-Não, tio. Essa mesa é apenas para os familiares, não para os amigos.
- Ora, deixe de bobagem. Você é quase da família,minha querida- Diz Omar.
- Não ,não sou- Ela inclina a cabeça e se afasta- Faço menção em tocá-lá ,mas logo abaixo o braço. Caminho até a minha meu lugar a mesa ,quando meu irmão ,Rashid , se inclina ao meu lado e sussurra
- A criança ,cresceu não é mesmo? - E me lança um olhar malicioso.
Após o jantar. Vamos a um salão a parte ,onde músicas e bebidas são servidas a vontade. Passo os olhos pelo salão e vejo o sorriso de felicidade de meu pai e alegria de minha mãe . Vejo ,Nayara, sentada com minha cunhada ,em uma conversa animada . Ela é linda. Como não percebi ,isso antes?
Pego um cálice de Akra, e caminho até o escritório. Preciso resolver alguns problemas.
- Em plena comemoração e você trabalhando,príncipe Zaid? Que coisa feia, o que o rei Mustafah ,acharia disso?- Nayara está parada me olhando.
- Princesa...- Levanto-me e fico olhando para porta,para ver se alguém a acompanha. Pigarreio.- Estou analisando alguns documentos ,para meu pai poder aproveitar a sua própria festa.
- Sempre se sacrificando pelo bem estar do próximo. Isso é admirável- Ela cruza os braços sobre o peito. Droga! Agora estou olhando para os seios dela. E que seios. Engulo em seco.
- Pra mim é uma honra .
- Sei disso...
- Tínhamos algum encontro marcado hoje? E você está sozinha?
- Não ,para a primeira pergunta.E sim para a segunda. - Os poucos encontros que tivemos,sempre foi acompanhado por alguém. Então, tê-lá em meu escritório, sozinha,é uma surpresa e tanto. Aponto uma poltrona para ela ,e ela se senta. Quando ela cruza as pernas ,meu membro se contrai. E por um momento imagino aquelas pernas enroladas em minha cintura...Bom talvez, anunciar nosso casamento não seja ,assim de todo mal...
Foco ,Zaid.
- Então o que te trás a mim ,princesa? - Sento-me a sua frente . Ela me olha por alguns segundos .
- Meu nome é ,Nayara.
- Eu sei disso
- Então chama-me,pelo meu nome. Eu não sou uma princesa.
Ok! Algo me diz que não vou gostar nenhum pouco desta conversa.
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Atraída pelo Sheik
RomanceTodo amor existe para ser correspondido; se a correspondência cessa, cessa também o amor. *Livro proibido para menores de 18 anos. *