Capítulo XLVII

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* Sem revisão*

Nayara.

Abro a boca e a fecho logo em seguida,enquanto Zaid me lança um olhar malicioso. Eu o encaro de volta e faço uma cara feia,enquanto suas palavras ecoam no meu cérebro.

— Essa é a coisa mais idiota que você já disse - digo e estreito — Você não pode me demitir,só porquê sou contrária as suas idéias.

— Eu acho... Que posso sim. - ele diz calmamente e pega uma mecha do meu cabelo molhado entre os dedos.

Suspiro devagar na tentativa de acalmar uma tsunami de ira que tenta levar o meu bom senso pelos ares. Puxo meu cabelo de seus dedos e me arrasto para a ponta da cama. A atmosfera,antes sensual, foi substituída por um ar de pura e simples indignação. Lanço-lhe um olhar cheio de recriminações e levanto-me sem dizer uma palavra.

Filho da mãe, prepotente! Meu subconsciente exclama em óbvia indignação. Caminho em direção a minha penteadeira, e faço um coque frouxo em meus cabelos.

— Só para me situar...Você por um acaso está brava? - escuto-o murmurar.

Eu olho em sua direção por sobre o ombro,e o encaro friamente. Ele continua deitado na cama e com a cabeça apoiada em uma de suas mãos. Eu posso ver um brilho de divertimento cruzar o seu rosto e posso ver ele se esforçando para reprimir um sorriso. Filho... Antes que eu pudesse me controlar,abaixo e pego uma sandália que estava jogada no chão. Sentindo-me um jogadora de baseball,lanço a sandália em sua direção.

O objeto do meu crime,bate contra o seu ombro e cai do outro lado da cama.

— Ei! - ele exclama.

As pontas das minhas orelhas esquentam,devido a raiva reprimida. Ofegante,cruzo os braços. Zaid passa as mãos nos ombros,enquanto me olha atordoado.

—  Você é tão... é tão... - digo. Respiro fundo e solto o ar devagar. Eu não sei ao certo,se minha raiva pulsante era direcionada a ele,ou se era algo nascido das revelações do dia. Eu ainda podia sentir o impacto das revelações da Eva ruir a áurea de segurança que me envolvia. — Você não pode tomar decisões por mim,Zaid. - minha voz soa cansada.

Viro-me em direção a penteadeira e pego o vidro de creme hidratante. Coloco um pouco do creme espesso na palma da minha mão e encaro meu reflexo no espelho. Espalho o creme por meu braço em movimentos lentos. Eu respiro fundo e solto o ar devagar.

— Você é teimosa e arisca. Tem uma personalidade forte e sempre está disposta a brigar quando sente que sua opinião não está sendo levada em consideração. Eu sei disso. É uma das coisas que mais amo em você. Só que habibi...- ele diz e sinto-o se aproximar— As vezes deverei tomar decisões, que eu julgar necessária para o seu bem estar. - ele passa os braços por minha cintura e repousa suas mãos em minha barriga — É meu dever protegê-los. Vocês são minha família agora.

Nossos olhos colidem  através do espelho,e, por um momento,mergulho em seu olhar. Estremeço involuntariamente, quando observo a sombra de exaustão que está sob seus olhos. Relaxo meu corpo contra o seu e deito minha cabeça contra seu ombro. Zaid relaxa visivelmente e enterra seu rosto em meu pescoço.

Inspiro fundo,tentando acalmar as batidas frenéticas do meu coração.

— Então,por quê você não vem comigo? - pergunto com a voz arrastada.

— Eu estarei lá logo tudo se resolva. Eu só preciso que você esteja segura. - ele murmura contra os meus ombros.

— E eu quero que você fique seguro...- minha voz embarca — Por favor,prometa-me isso? Que você vai ficar bem? - viro-me em seus braços e o encaro de frente. Dou um passo para trás e estico meu dedo em riste em direção ao seu peito — Eu não quero um super herói, Zaid e não espero que você o seja. - uma lágrima escorre pelo meu rosto.

Atraída pelo SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora