Capítulo XI ( Parte2)

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*Sem revisão *

Faço uma carranca e Zaid,sorrir irônico. Minha vontade é de soca-lo,mas me contenho. Estou tão absorta em meus pensamentos, que só percebo que chegamos quando Zaid, abre a porta do carro e estende a mão para me ajudar a sair. Ignoro seu gesto de cortesia e saio sozinha do carro,ele resmunga alguma coisa ,mas não entendo.

- Vamos - ele diz e coloca a mão na minha cintura me guiando até o elevador da garagem do seu prédio. Me arrepio quando sinto seus dedos apertando minha cintura.

Zaid,digita um código e logo o elevador começa a subir. Estamos lado a lado, mas distantes o suficiente para ele não agarrar minha cintura novamente. A cada andar que subimos, o frio na minha barriga aumenta. Fito Zaid,de lado e vejo que ele está com as mãos no bolso e com a cabeça baixa. Alá como ele é lindo. Chega a ser pecado tanta beleza em um único homem. Finalmente chegamos a cobertura e as portas do elevador se abrem para uma saleta privativa. Zaid digita um código e a porta do seu apartamento destranca,ele abre mais a porta dupla e faz um gesto para eu entrar primeiro.

- Seja bem -vinda - ele diz assim que entramos em sua sala.

- Obrigado por me receber - digo baixinho. Olhando tudo ao meu redor com olhos arregalados.

A sala do apartamento de Zaid,é enorme e toda branca, porém tem alguns detalhes em cinza chumbo ou em creme. As janelas começam no teto e terminam antes de chegar ao chão, o piso é todo de madeira. Viro-me um pouco e vejo uma lareira toda de granito. Há quadros em todas as paredes e tenho certeza que o Van Gogh,que está acima da lareira é o original. Olho para minha direita e vejo uma parede grossa de granito que divide um outro cômodo, que deve ser uma sala de jantar ou algo do tipo,mas o que me chama a atenção é o quadro enorme que há nela. O quadro é um grupo de beduínos que atravessam o deserto,um quadro comum,se não fosse o fato dele ser um dos meus preferidos.

Lembro-me que na casa de Zaid,em Cemal, no hall de entrada esse mesmo quadro ficava pendurado,e eu passava horas olhando-o e comparando os beduínos ao Zaid,por sua força e determinação. Acho que em um dos nossos encontros eu o disse como eu gostava desse quadro. E não sei porque, meu coração idiota se aquece ao saber que o quadro,meu preferido,está aqui na casa de Zaid.

- Eu não deixaria você passar a noite em um hotel qualquer,sendo que você estará mais segura em minha casa. - ele diz dobrando a manga da sua camisa. - Então você não precisa me agradecer. Não é uma obrigação, tê-la em minha casa,e sim...um prazer - ele diz e o seu tom fica mais grave.

Pisco. Fico olhando para ele e vejo que seu olhar é tenso e sua respiração está um pouco pesada. Trago a saliva que desce rasgando minha garganta.

- É ...hum... Sua casa é muito bonita - digo indo para um assunto mais neutro.

- É uma casa confortável.

Confortável? Confortável é a última palavra que eu usaria para descrever esse lugar. Luxuosa,esplendorosa seria as palavras certas nesse caso. Sorrio.

- Sua casa está dentro dos padrões de Cemal e Zohar - digo em um tom divertido.

- Eu trabalho muito e bom,quando chego em casa quero um pouco de conforto.

- Certo...

- Vou te mostrar o seu quarto.

Subimos uma escada em formato de L em silêncio, e aproveito para olhar o restante do apartamento. Eu sempre tive curiosidade em saber como era a casa de Zaid. E agora percebo que é do jeito que sempre imaginei: Grande, rústica com toques modernos e tudo de muito bom gosto. Resumindo,uma casa padrão Zaid.

Atraída pelo SheikOnde histórias criam vida. Descubra agora