* Sem revisão*
Eu observo Zaid tomar um gole de café,enquanto folheia o jornal The New York Times. Sua expressão é de pura calma,e eu até acreditaria nisso,se um nervo embaixo do seu olho direito não estivesse latejando. Olho para meu iorgute com mel à minha frente e dou-me por satisfeita.
- Você não comeu quase nada. - ele murmura sem erguer os olhos para mim.
- Estou satisfeita - digo e limpei minha boca com o guardanapo.
- Com quatro biscoitos de água e sal; e três colheradas de iorgute? - ele tira os olhos do jornal e me encara. - Sério?
- Sim. Super sério. - digo e ergo uma sobrancelha.
- Você sempre devora o café da manhã - ele inclina-se para frente. - Dizendo que ele é a principal refeição do dia.
- Há uma crítica nessa observação? - Pergunto e inclino-me para frente. Deixando nossos rostos à centímetros de distante.
- De maneira nenhuma. - ele diz. - Mas agora você está grávida e para o seu bem e para o bem do nosso filho,você precisa se alimentar melhor.
Meu coração começa a bater um pouco mais forte,com a menção do nosso filho. Seus olhos brilham de uma maneira sombria. Ele junta as duas sobrancelhas e me encara com uma expressão impassível.
- Você está falando sério?
- Absolutamente.
Sua expressão permaneceu a mesma,enquanto eu buscava em seu rosto algum traço de divertimento. Passo a ponta da língua sobre meus lábios ressecados e tiro de cima da mesa um farelo imaginário.
- Certo...- Digo afastando meu pote de iorgute para o lado. - Vamos deixar umas coisinhas as claras - sussurro e encaro seu rosto - Meu corpo - levanto um dedo - Minha fome - levanto mais um dedo - Se eu digo que estou satisfeita é porque satisfeita eu estou. Eu vou ter um filho seu,mas isso não quer dizer que você vai me controlar. - Minha voz sai baixa e raivosa.
Ergo a cabeça de modo desafiante. Ele me lança um sorriso sombrio.
- Eu gosto de você assim - murmura ele.
- Assim como? - Pergunto confusa.
- Bem tigresa...Raivosa - há uma expressão de diversão em seu rosto,e isso faz com quê eu solte um rosnado de pura ira contida,escape dos meus lábios.
Levantando,pego uma maçã e tento acertar seu rosto bonito. Com destreza ele pega a maçã com as mãos e dá uma mordida. Sentindo-me uma criança de cinco anos,saio da cozinha batendo o pé e resmungando.
Uma sorriso intrometido,tenta avançar contra a barreira da minha ira e ganhar os meus lábios. De repente sinto uma vontade de me abraçar e uma alegria transborda dentro de mim.
- Onde você pensa que vai? - ele grita da cozinha.
- Trabalhar - grito de volta.
Como era possível você amar a pessoa em um momento e no momento seguinte querer matá-la? Pergunto mentalmente. Zaid aflorava em mim vários sentimentos em segundos. Ele me fazia sentir-se viva. Com passos lentos,atravesso o corredor indo em direção as escadas.
Sinto uma mão forte,segurar a minha cintura. Solto um grito quando meus pés deixam o chão e sou levada em direção ao sofá.
- Acho que não - Zaid sussurra em meu ouvido. Ele me deita no sofá e paira seu corpo paira sobre mim.
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Atraída pelo Sheik
RomanceTodo amor existe para ser correspondido; se a correspondência cessa, cessa também o amor. *Livro proibido para menores de 18 anos. *