Atraída pelo Sheik

Capítulo XXI

*Sem revisão*

Nayara

Observei-o em silêncio enquanto ele estava do outro lado do terraço. Avaliei seu rosto impecável, seu cabelo desgrenhado,seus olhos negros me avaliam da mesma maneira e por um momento eu queria ser capaz de ler sua mente. Sinto um frio na barriga quando meus olhos descem por seu corpo e eu percebo que ele está sem camisa. Esse homem deveria ser proibido de sair de casa,ele é claramente,um perigo para o meu coração já partido.

Uma brisa refrescante bate em meu rosto e fecho os olhos e respiro fundo. Abro os olhos e contemplo o mar a minha frente,os barulhos das ondas é como um calmante para meus nervos em frangalhos. Me abraço e olho para o céu de um azul tão cristalino,que parece a continuação do mar de Copacabana.

- A visão daqui é espetacular - diz Zaid.

Viro-me para Zaid e ele está me olhando. Por alguns segundos me perco na intensidade do seu olhar. Eu não consigo evitar o rubor que sobe pelo meu rosto,quando olho para ele.

- Sim,é. - respondo. - Rio de Janeiro é uma cidade linda.

- Eu não estou falando da cidade . - ele diz e sua voz sai rouca.

Um arrepio desce pela minha espinha me fazendo estremecer.

Apenas pare ! Meu subconsciente grita .

- Bom,eu estou.- digo tentando colocar a dose certa de indiferença na minha voz .Me viro para contemplar o mar novamente. Pelos cantos dos olhos vejo Zaid apoiar as duas mãos no parapeito do terraço e inspirar profundamente.

- Essa sua língua afiada ainda vai te causar problemas ,Nayara. Mas eu gosto disso em você.- ele murmura .Dou um suspiro de exasperação e olho para ele. Zaid está inclinado sobre o parapeito ,admirando a vista. A única coisa que nos separa é o vão que tem entre as duas sacadas. Tão perto e tão longe ao mesmo tempo. - Aliás tem muitas coisas que eu gosto em você. - Sua voz sai tão baixa que demorei alguns segundos para entendê-las.

Mordendo meus lábios, balanço a cabeça e desvio o meu olhar. Por um momento, essas palavras ditas por ele,fez meu sangue gelar nas minhas veias. Até que eu percebi que eu estava sendo uma idiota e distorcendo os fatos. Respirando fundo e soltando o ar devagar tento controlar as batidas do meu coração.

- E você é um completo idiota Zaid e isso ainda vai te causar vários problemas - digo .

- Já causou,habibi . Já causou ! - ele murmura e me olha - E o estrago pela minha idiotice foi dos grandes.

Engoli com dificuldade o nó que se formava na minha garganta. Zaid conseguia me tirar do meu eixo e me deixar completamente confusa. Eu podia sentir os olhos dele sobre mim,mas eu sabia que se eu o olhasse ,eu desabaria. Abaixo os olhos e olho para os meus pés descalços. Eu precisa sair dali ,eu precisava me afastar,já havia tido muito de Zaid para um dia.

Em silêncio dou um passo para trás e me afasto . Volto para o meu quarto e fecho a porta de correr atrás de mim. Inspiro o ar pelo nariz e solto lentamente pela boca. A viagem foi um martírio sem fim ,porque ficar com Zaid trancada em um avião as alturas ,era uma tortura . Além de controlar as batidas frenéticas do meu coração ,eu também tinha que controlar as sensações que se apossavam do meu corpo,cada vez que ele estava perto.

Viro-me e encosto minha testa no vidro frio da porta. Fecho os olhos e sou bombardeada com lembranças dos nossos corpos juntos, de sua boca na minha,de suas estocadas lendas e eróticas. Engasgo com a minha própria saliva ,enquanto um calor enviava um delicioso formigamento por todo meu corpo,fazendo meu clitóris sensível pulsar. Uma parte de mim,provavelmente a parte que estava pulsando, queria fazer sexo com Zaid de novo,queria as mãos dele sobre o meu corpo,a boca dele entre minhas pernas. Contudo,a outra a parte,talvez a parte mais sensata de mim,gritava em um alto falante, que eu era uma idiota, patética, por querer sexo em troca de nada.