Atraída pelo Sheik

capítulo XXII

*Sem revisão*

Zaid

Nossos olhos se encontraram e as bochechas de Nayara ficaram coradas,ela virou a cabeça para o outro lado e soltou um suspiro cansado. Uma sensação de calor passou pelo meu abdômen, e uma festa estava acontecendo dentro das minhas calças. Eu precisava manter a calma e ter paciência para não afastá-la. O problema é que a paciência nunca foi o meu forte.

Um garçom para ao nosso lado,nos oferecendo uma taça de champanhe. Rapidamente pego uma taça para mim e outra para ela ,que com um puxão discreto consegue tirar sua mão da minha. Ela me lança um sorriso vitorioso e pega a taça da minha mão.

— Então, esse jantar é para que exatamente? - ela pergunta tomando um gole de champanhe.

— Arrecadar fundos para a reforma de três hospitais infantis aqui do Rio de Janeiro - digo e tomo um grande gole do meu champanhe.

— E como fazemos para doar? - ela pergunta interessada.

— Acho que terá um leilão.

— Hum .

— Zaid preciso conversar com você - diz Cassiano ,parecendo atrás de mim.

— Vamos deixar os homens tratar de negócios, Nayara. Venha vou te apresentar as minhas amigas - Rose,esposa de Cassiano, diz sorrindo para a Nayara, que sorri de volta.

Acompanho Nayara se afastar com o olhar e tomo outro gole de champanhe.  Minha vontade era de agarrá-lá e trazer ela de volta para mim. Era beijar aqueles lábios deliciosos e me enterrar dentro dela. Sinto o sangue ferver em minhas veias,tomo o restante do champanhe em apenas um gole. Em poucos meses minha vida deu um giro de cento e oitenta graus e pela primeira vez eu não sabia como agir.

Eu nunca fui um homem que buscava um relacionamento sério. Francamente,eu transava com várias mulheres apenas para o meu bel-prazer. Mas com a Nayara tinha algo de diferente,tinha algo que eu não sabia explicar, apenas sentir. Eu estava descobrindo,que não importava quantas vezes eu a tivesse na minha cama,nunca seria o suficiente. Olho de relance para Nayara que está conversando com um grupo de mulheres. Sinto um aperto no peito ,quando lembro de tudo o que ela disse ,referente ao seus sentimentos por mim.

Ela coloca uma mecha do seu cabelo e sorrir,de repente ela se vira para mim e nossos olhos se encontram. O sorriso dela aos poucos vai se desfazendo,seu rosto vai ganhando uma expressão de indiferença,mas ela não deixa de me olhar. Estamos conectados por essa atração insana e essa luxúria arrebatadora. Engulo em seco e respiro fundo na esperança de conter a excitação que percorre o meu corpo. Ela volta a conversar com a esposa do meu amigo e eu continuo observando-a .

—  Ela é uma jovem muito bonita - A voz do Cassiano me tira dos meus devaneios. Olho para meu amigo e ele sorri.

—  Ela quem? - pergunto distraído.

— A mulher que você estava olhando que nem paspalho - ele diz.
— Sim,ela é - digo distraído.

— Se eu não fosse tão bem casado,ela seria...

— Nada - o corto .— Você queria falar sobre o que? - pergunto,mudando o rumo da conversa.

Eu conheço Cassiano já tem uns quatro anos. Ele  é um engenheiro brilhante e foi indicado por um amigo ,que é um arquiteto renomado, para fazer a avaliação de um prédio que eu queria comprar no Brasil. A compra acabou não se realizando, mas eu e Cassiano nos tornamos bons amigos.

Cassiano começou a falar sobre o projeto que tínhamos montado a um tempo e que agora finalmente estava ganhando forma e saindo do papel. Com ajuda do Blake e do Ricardo,o nosso amigo arquiteto, o nosso projeto filantrópico estava a ponto de ser iniciado. Eu até tentei manter a minha mente focada no que o Cassiano dizia, mas a minha mente estava um turbilhão e nenhum pensando coerente se formava.