* Sem revisão *
Zaid.
Flexiono meu maxilar de leve,para conter a vontade que tenho
de agarrá-la e grudar seu corpo ao meu. Ela olha minha mão estendida e engole em seco. Quando seu olhar se arrasta até o meu rosto, ela pisca para mim completamente desnorteada. Devo admitir que sinto um certo prazer em vê-la,assim, tão perdida quanto eu.Meu coração saltou,quando olhei em seus olhos. Seu olhar não passava nenhuma emoção, a não ser cansaço. Nayara estava parada segurando a porta,seus ombros estavam caídos demonstrando o cansaço que eu via em seus olhos ,e minha vontade era de abraçá-la,protegê-la contra tudo e todos.
— Não - Sua resposta é curta e grossa. Ela balança a cabeça em um negativa.
— Eu não ouvi direito,o que você disse? - eu pergunto perplexo. Nayara respira fundo e solta o ar lentamente .
— Eu disse não, Zaid - ela se afasta da porta e dá alguns passos para trás.— Eu ... Eu...Não posso. Por favor,entenda que eu não posso. - ela sussurra.
Sinto como se alguém tivesse me dado um tapa na cara. Meu sangue ferve em minhas veias,minha respiração é pesada. Lentamente abaixo minha mão estendida e passo as duas mãos pelo meu rosto. Eu pude sentir a veia da minha têmpora direita começar a latejar. Minha mandíbula estava cerrada e meus. olhos,provavelmente, estão soltando faíscas de raiva.
— Sério? Só isso que você tem a dizer ? Que não pode? - Exalo profundamente — Nayara,estou lhe dizendo que preciso de você na minha vida ,como nunca precisei de nenhuma mulher e você simplesmente me diz não?
Um arrepio subiu pela minha espinha me fazendo estremecer. Subitamente, minha garganta ficou seca. Meus pés pareciam estar pregados no chão. Minha vontade era de sacudi-la até que ela se derretesse em meus braços,entretando eu não me movi. Fiquei parado no batente da porta encarando-a por segundos eternos. Nayara respirou fundo e fechou os olhos,elevando um pouco o rosto.
— Zaid...você na realidade está me pedindo para confiar em você e sinceramente eu não sei se posso. - Ela abre os olhos e me encara— Você me disse que você me quer em sua vida,mas o problema é que eu já estive na sua vida só que você não viu. - ela diz com altivez .
Em alguns passos estou parado em frente a Nayara,ela levanta mais o rosto e me encara e por um momento me perco em seus olhos.Engulo minha respiração e minha cabeça dava mil voltas tentando entender o significado daquelas palavras. Aperto os olhos quando finalmente palavra por palavras me chicoteiam e estilhaça meu ego masculino em mil pedaços.
— O que você quer que eu faça? Me diz - digo com minha mandíbula cerrada— Você quer que eu rasteje ao seus pés? Esqueça querida! -digo exasperado .
— No momento eu quero que você saia do meu quarto - ela grita.— E para sua informação, eu não quero que você se rasteje por mim,eu nunca quis isso. Mas pensando melhor,seria incrível pisar na sua arrogância. - Sua voz continua elevada e seus olhos crispam de raiva. — Agora se me der licença,preciso dormir.
Ela está me dispensando? Penso com raiva. Eu nunca fui dispensado por nenhuma mulher. Isso é um...um ultraje. Ela me olha de cara feia e se afasta indo até uma mesa no canto da parede e colocando sua bolsa. Eu sinto um turbilhão de emoções me consumindo e meu auto-controle está escapando pelos meus poros. Nayara é a mulher mais exasperante e frustrante que existe. Ela é teimosa ,cabeça-dura e consegue deixar meus nervos em ebulição.
— Ah! Foda-se! - digo com raiva e saio do seu quarto batendo a porta logo em seguida.
Caminho em passos rápidos até meu quarto, tirando a gravata borboleta e o terno do meu smoking durante o percurso. Assim que entro em meu quarto,jogo meus pertences sobre a cama e solto um rugido que e passo a mão sobre meus cabelos. Vou até o bar que fica na sala de estar e preparo um bebida para mim. Coloco duas pedras de gelo e uma dose de whisky em um copo e levo o copo a boca,mas paro em seguida. Fico um tempo olhando o líquido âmbar do meu copo.
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Atraída pelo Sheik
RomanceTodo amor existe para ser correspondido; se a correspondência cessa, cessa também o amor. *Livro proibido para menores de 18 anos. *