Fire and destiny
Aemond Targaryen sempre foi fiel à sua mãe, Alicent Hightower, apoiando-a em todas as intrigas e conflitos que marcaram a corte dos Targaryen. Porém, à medida que os anos passam, ele começa a enxergar sua meia-irmã Rhaenyra sob uma...
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Aemond se encontrava sozinho em seus aposentos, o silêncio apenas interrompido pelo crepitar suave da lareira. As sombras dançavam pelas paredes, projetadas pelas chamas que lançavam uma luz instável sobre o ambiente. Ele se jogou pesadamente na cadeira de madeira escura, os pensamentos se agitando em sua mente como uma tempestade incontrolável. Alicent havia mencionado algo, um segredo que parecia estar no centro de todas as intrigas e desentendimentos que envolviam a corte.
— O que ela está escondendo? — murmurou para si mesmo, o olhar perdido nas chamas que se contorciam na lareira.
A lembrança do olhar de Alicent o incomodava. O modo como sua mãe havia hesitado, como mudara de assunto tão rapidamente... havia algo muito maior em jogo, algo que ela não queria, ou não podia, revelar. Ele balançou a cabeça, frustrado.
— Maldição, mãe. O que está acontecendo? — sussurrou, os punhos se cerrando em seu colo.
Aemond tentava, em vão, juntar as peças do quebra-cabeça. Havia algo importante sendo omitido. Algo devastador, com o poder de mudar o rumo de tudo. E ele precisava saber. Sabia que as respostas estavam próximas, mas ainda fora de alcance.
Ele se levantou, caminhando de um lado para o outro. O som abafado de suas botas ecoava pela sala, como se seus próprios passos amplificassem as dúvidas em sua mente.
— Se eu ao menos soubesse... — falou, mais alto desta vez, a irritação evidente em sua voz. — Isso poderia ser a chave. A chave para tudo.
Sua mente, entretanto, não estava ocupada apenas com os segredos da corte. A tensão crescente entre ele e Rhaenyra também o atormentava. Cada encontro com ela era uma batalha silenciosa, um duelo de vontades disfarçado de rivalidade política. Mas havia algo mais, algo que Aemond não queria admitir, nem para si mesmo.
— Ela me provoca de propósito. Não é só política... — Ele parou em frente à lareira, seus olhos refletindo o fogo que ardia à sua frente. — Há algo a mais em nossos olhares. Uma conexão... maldita conexão. — Seu tom era de frustração, mas também de algo mais profundo, algo que ele não ousava nomear.
Ele se virou, encarando o vazio da sala.
— Será que estou me deixando levar por ela? Por essa... maldita mulher? — Ele balançou a cabeça, tentando afastar o pensamento. — Não. Não posso. Isso é fraqueza. E fraqueza não tem lugar aqui.
O eco de suas palavras morreu no ar, mas a inquietação não o abandonou. Ele sabia que não podia continuar assim. Precisava de respostas. E o segredo que Alicent guardava era uma peça crucial nesse jogo sombrio.
— Eu vou descobrir — prometeu, com a voz baixa e resoluta. — E quando eu souber... tudo vai mudar.
Com essa promessa a si mesmo, Aemond se virou novamente para a lareira, deixando a luz das chamas dançarem em seus olhos enquanto a determinação endurecia cada linha de seu rosto.
