Fare And Desdiny - Aemond And Rhaenyra Targargaryen

𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟲: 𝗔𝘀 𝗖𝗵𝗮𝗺𝗮𝘀 𝗱𝗼 𝗧𝗿𝗼𝗻𝗼

O salão do Grande Conselho estava silente, os murmúrios abafados e ansiosos dos nobres, cavaleiros e senhores que lotavam o espaço eram como o farfalhar de um pano em uma tempestade. As sombras dançavam nas paredes de pedra, lançadas pela luz das tochas e velas que iluminavam o ambiente com uma tonalidade dourada e crepuscular. A tensão era palpável, como o calor antes de uma tempestade.

Aemond Targaryen, agora Rei dos Sete Reinos, observava a cena com um olhar calculista. A sua ascensão ao trono não havia sido fácil; o caminho estava pavimentado com traições e derramamento de sangue. Seu irmão, Aegon, havia sido encontrado morto em circunstâncias misteriosas, e o reino estava dividido entre os que o apoiavam e aqueles que ainda simpatizavam com Rhaenyra.

Alicent Hightower, agora Rainha Mãe, usava um vestido verde esmeralda que acentuava sua presença autoritária e, ao mesmo tempo, escondia sua verdadeira intenção. Seus olhos eram astutos e frios, e seus pensamentos estavam longe dos eventos atuais, movendo-se para o que estava por vir. Ela observava com um sorriso sutil, seus lábios curvados de uma maneira que não era exatamente amigável.

Rhaenyra Targaryen, vestida com um manto negro e com um olhar que mesclava raiva e desespero, mantinha-se em um canto, longe da atenção dos nobres. O desprezo e a dor em seus olhos eram evidentes, e a sua postura ereta e digna ocultava a fúria e o desejo de vingança que ferviam sob a superfície. Ela se aproximava de Aemond, um passo de cada vez, mas a distância entre eles parecia uma eternidade.

A tensão aumentava, e o Grande Conselho estava prestes a começar. Alicent se levantou, sua presença exigindo silêncio imediato. "Meus caros conselheiros e nobres, convocamos este conselho para tratar da perda trágica de meu filho, Aegon. A justiça deve ser feita, e o culpado deve ser encontrado."

Os olhares se voltaram para Aemond, e ele não se deixou abalar. Com um gesto, ele ordenou que os guardas dessem passagem, e ele se levantou. Seus olhos se encontraram com os de Rhaenyra, e por um momento, o mundo parecia parar. Havia uma conexão silenciosa entre eles, um tumulto de sentimentos que ninguém mais compreendia completamente.

Alicent avançou com confiança, uma expressão calculada em seu rosto. "Agora, precisamos focar em encontrar o responsável por esta tragédia. Eu quero que todos os detalhes sejam investigados, e nenhum suspeito deve ser ignorado."

Os murmúrios começaram novamente, e a sala se encheu de especulações e acusações. Aemond permaneceu em silêncio, sua presença intimidante e seu olhar firme. Rhaenyra, por outro lado, estava em uma posição complicada, dividida entre o desejo de provar sua inocência e a necessidade de lidar com a dor da perda de seu irmão.

Durante a reunião, a manipulação de Alicent começou a se tornar evidente. Ela movia as peças no tabuleiro com habilidade, sussurrando sugestões aqui e ali, direcionando o foco para quem ela queria. Era claro que ela estava usando a morte de Aegon para seus próprios fins, tentando consolidar o poder e eliminar qualquer ameaça ao seu novo reinado.

Aemond e Rhaenyra, por outro lado, encontravam-se cada vez mais próximos, forçados a interagir devido às circunstâncias. Suas conversas eram carregadas de tensão e desejo não resolvido, cada palavra carregada de significados ocultos.

Em uma das reuniões privadas, enquanto a noite caía sobre a cidade de Porto Real, Aemond e Rhaenyra se encontraram em um dos salões mais afastados do palácio. O local estava iluminado apenas por algumas velas, criando um ambiente sombrio e intimista.

"Rhaenyra," começou Aemond, sua voz baixa e grave, "nós precisamos falar sobre o que realmente aconteceu. Não podemos permitir que a morte de Aegon nos divida ainda mais."

Ela olhou para ele com uma mistura de frustração e tristeza. "Aemond, você sabe tão bem quanto eu que Alicent está manipulando a situação. Ela quer que eu seja a culpada para garantir seu controle sobre o trono."