𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟴: 𝗦𝘂𝘀𝘀𝘂𝗿𝗿𝗼𝘀 𝗻𝗮𝘀 𝗦𝗼𝗺𝗯𝗿𝗮𝘀

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O grande salão estava mergulhado em um silêncio opressivo, quebrado apenas pelo estalar das chamas nas tochas que adornavam as paredes. O trono de ferro agora parecia uma ameaça vazia, uma relíquia de um tempo onde havia um rei para ocupá-lo. Com a morte de Aegon, Westeros estava prestes a mergulhar em um abismo de intriga e violência. A disputa pelo poder era agora mais intensa do que nunca.

Aemond observava a todos com olhos afiados, como um predador cercado por inimigos. Sua postura era rígida, controlada, mas havia um fogo contido em seu olhar, algo que ele mantinha apenas para aqueles que realmente o conheciam. Rhaenyra estava ali também, seus olhos se encontrando com os dele por breves segundos, uma faísca de algo proibido cintilando entre eles. Ela mantinha um ar de soberania, mas seu coração estava dividido entre a lealdade à sua família e o desejo inegável que começava a florescer por Aemond.

Daemon estava ao lado de Rhaenyra, sua presença era como uma sombra constante, um lembrete do perigo que pairava no ar. Seus olhos escuros passavam de Aemond para Rhaenyra com desconfiança crescente. Ele não era tolo. As trocas de olhares, os silêncios prolongados, tudo era um indício de que algo estava acontecendo. Algo que ele não podia controlar, e isso o deixava furioso.

Alicent, por sua vez, estava em um canto, suas mãos descansando no colo, os dedos apertando a seda de seu vestido. Ela observava a cena com um olhar calculista, a mente já traçando os próximos movimentos. Ela sabia que a tensão entre Aemond e Rhaenyra era uma ferramenta que poderia ser usada a seu favor. Tudo o que ela precisava era puxar as cordas certas.

- Os aliados dos Velaryon se movimentam,um dos lordes disse, quebrando o silêncio. - A ameaça é real. Não podemos simplesmente esperar que ataquem."

Daemon foi o primeiro a falar, a voz carregada de desdém. - Esperar nunca foi uma opção. Precisamos agir. E agir rápido. Ou seremos esmagados.-

Aemond manteve seu olhar fixo em Daemon, o desdém ecoando em seu próprio tom. - Agir sem pensar é exatamente o que nossos inimigos esperam de nós. Eles querem que cometamos um erro, um movimento precipitado. Isso nos tornaria vulneráveis.-

Daemon deu um passo à frente, a raiva brilhando em seus olhos. - Você sugere inação? Covardia? É isso, Aemond?-

Aemond deu um passo em direção a Daemon, a tensão aumentando a cada segundo. -Eu sugiro estratégia. Não desperdiçar nossas forças em um ataque que pode nos custar tudo. Ou será que você está tão cego pela sua sede de sangue que não consegue ver a armadilha diante de nós?-

Rhaenyra observava a cena, o coração acelerado. Havia algo na forma como Aemond enfrentava Daemon, uma intensidade que a atraía e a assustava ao mesmo tempo. Ela sabia que estava jogando com fogo, mas não conseguia afastar-se das chamas.

Alicent decidiu intervir, sua voz calma mas cheia de autoridade. - Basta. Essa disputa interna é exatamente o que nossos inimigos querem. Eles querem nos dividir, nos enfraquecer. Precisamos encontrar um caminho que una nossas forças.-

Daemon virou-se para ela, o desprezo claro em sua expressão. - União? É isso que você propõe? Enquanto você manipula cada um de nós por trás das cortinas? Não seja hipócrita, Alicent.-

Alicent manteve o olhar firme. - Eu faço o que é necessário para proteger minha família. E você faria o mesmo, Daemon. Só que suas ações são motivadas por orgulho e vingança, não por proteção.-

Aemond observava tudo com um olhar analítico. Ele sabia que Alicent estava jogando um jogo perigoso, um jogo que ele também estava envolvido, queira ele ou não. Ele sentia a fúria de Daemon, mas também sabia que aquele era o momento de jogar suas próprias cartas.

-Talvez a questão não seja sobre união ou divisão," Aemond disse, sua voz cortando o ar. "Mas sobre quem está disposto a fazer o que for preciso para vencer. E quem está apenas se protegendo.-

Fare And Desdiny - Aemond And Rhaenyra Targargaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora