𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟭:𝗦𝗶𝗹𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗼 𝗻𝗼 𝗖𝗮𝗺𝗽𝗼 𝗱𝗲 𝗕𝗮𝘁𝗮𝗹𝗵𝗮

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Daemon, ainda em pé sobre o caos, estava lutando para manter o controle. A raiva e o desespero estavam visíveis em cada linha de seu rosto. Ele se lançou contra Aemond com um grito primal, sua espada cortando o ar com uma fúria quase animal. Cada golpe era mais forte, mais impreciso, como se Daemon estivesse tentando compensar sua frustração com força bruta.

Aemond, com o corpo cansado e a mente sobrecarregada pela dor, tentava antecipar os movimentos de Daemon. Ele desviava, bloqueava e respondia com precisão, mas cada movimento estava se tornando mais difícil. A espada de Daemon acertou seu escudo com um clangor ensurdecedor, e Aemond teve que dar um salto para trás para evitar um golpe que quase lhe cortou o rosto.

Enquanto o combate prosseguia, Daemon fez um movimento ousado, girando sua espada em um arco largo que pegou Aemond de surpresa. A lâmina passou a centímetros de seu torso, e Aemond foi forçado a rolar para o lado, levantando uma nuvem de poeira do chão. Ele sentiu o impacto de um chute forte em suas costelas, fazendo-o cair de lado.

Recuperando-se rapidamente, Aemond se levantou, seu olhar fixo em Daemon, que parecia exausto e ainda imerso em uma fúria cega. Daemon não estava mais pensando claramente; seus ataques eram cada vez mais impulsivos. Aemond aproveitou uma brecha, avançando com uma estocada que acertou o ombro de Daemon. Daemon gritou de dor, mas sua determinação não diminuía. Com um movimento brusco, ele agarrou o braço de Aemond, puxando-o e empurrando-o contra a parede.

Aemond bateu contra a parede com força, a dor explodindo em seu corpo. Ele tentou se libertar, lutando contra a força de Daemon que o mantinha preso. Com um esforço desesperado, ele ergueu o joelho, acertando Daemon no abdômen. Daemon soltou um gemido de dor e recuou, permitindo que Aemond se soltasse e se recompusesse.

Ambos os homens estavam agora em um estado de cansaço extremo, suas respirações ofegantes e os corpos cobertos de marcas da batalha. Eles se encararam, o silêncio pesado apenas interrompido pelos sons de sua respiração e os estalos ocasionais dos móveis quebrados ao redor. O ambiente estava carregado com a tensão da luta e a frustração de ambos.

Rhaenyra, ainda caída no chão, olhava para os dois com uma mistura de medo e preocupação. Ela se arrastou até onde estava Daemon, suas mãos tremendo enquanto tentava tocá-lo. - Por favor, parem! - sua voz estava quase em um sussurro, mas carregava um peso emocional imenso.

Daemon, ao ouvir o apelo, olhou para Rhaenyra e depois para Aemond. Ele viu a dor e o cansaço nos olhos de Aemond e a frustração e desespero nos olhos de Rhaenyra. A luta, que havia começado com uma raiva descontrolada, estava agora mostrando suas consequências mais cruéis. Daemon respirou fundo, sua fúria lentamente se transformando em um reconhecimento amargo da destruição causada.

Aemond, com a visão ainda turva pela dor, olhou para Daemon. - Se isso é o que você realmente queria... - ele começou, a voz fraca e cheia de cansaço. - Então temos um problema maior do que imaginamos.

Daemon balançou a cabeça, tentando acalmar a mente confusa. - Não era isso que eu queria - disse ele, sua voz carregada de exaustão e remorso. - Eu só... não sabia mais o que fazer.

Rhaenyra se levantou com dificuldade, apoiando-se em Daemon. Ela olhou para Aemond com uma expressão de tristeza e preocupação. - Olhe para o que fizemos - ela disse, a voz embargada. - O que conseguimos com isso?

O ambiente estava agora carregado de um silêncio opressor. A luta havia deixado marcas profundas em todos os envolvidos, e as consequências das ações de cada um eram evidentes. A sala, que havia sido o palco de uma batalha feroz, agora estava imersa em uma sensação de derrota e arrependimento.

Aemond, Daemon e Rhaenyra estavam todos visivelmente afetados pelo que acabara de acontecer. A luta, que havia começado como um conflito pessoal, agora parecia ser um reflexo de algo mais profundo e complexo, algo que ia além da violência e da raiva. O que restava agora era o peso das decisões tomadas e as cicatrizes que a batalha havia deixado, tanto físicas quanto emocionais.

Fare And Desdiny - Aemond And Rhaenyra Targargaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora