𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟮𝟯: 𝗼 𝗽𝗲𝘀𝗼 𝗱𝗮𝘀 𝗺𝗮𝗻𝗶𝗽𝘂𝗹𝗮𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀

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Aemond estava sentado em seu quarto, a luz fraca das velas lançando sombras dançantes nas paredes de pedra. Seus pensamentos estavam em tumulto, o coração pesado com a decisão que sabia que precisava tomar. O casamento com Maris Baratheon era uma aliança política importante, mas seu coração pertencia a outra.

A porta se abriu com um rangido, e Alicent entrou, seu rosto sério e determinado. Ela se aproximou de Aemond, que levantou o olhar para encontrar o dela.

- Mãe, eu não posso fazer isso - Aemond começou, a voz carregada de desespero. - Eu não posso me casar com Maris. Meu coração pertence a Rhaenyra.

Alicent suspirou, sentando-se ao lado do filho. Ela colocou uma mão suave, mas firme, sobre a dele.

- Aemond, você sabe o quanto essa aliança é importante para o reino. Maris Baratheon é uma escolha estratégica. - Ela fez uma pausa, observando a reação dele. - Mas eu entendo seus sentimentos. No entanto, há algo que você precisa saber.

Aemond franziu a testa, confuso. Alicent continuou, a voz baixa e ameaçadora.

- Se você não se casar com Maris, eu não terei escolha a não ser revelar algo que pode destruir tudo o que você ama. - Ela viu o choque nos olhos dele e apertou sua mão. - Rhaenyra nunca te perdoaria.

Aemond sentiu o chão desabar sob seus pés. Ele se levantou abruptamente, afastando-se de sua mãe.

- Não, mãe, por favor. Não conte a ela. Eu... eu imploro. - Sua voz quebrou, e ele caiu de joelhos diante dela. - Eu amo Rhaenyra. Não posso suportar a ideia de perdê-la.

Alicent olhou para ele com uma expressão de tristeza, mas sua determinação não vacilou.

- Então você sabe o que precisa fazer, Aemond. - Ela se levantou, deixando-o ali, ajoelhado e desesperado.

Horas depois, o som de rodas de carruagem ecoou pelo pátio do castelo. Maris Baratheon havia chegado. Aemond observou de uma janela alta, seu coração pesado com a inevitabilidade do que estava por vir. Ele sabia que estava prestes a trair seu próprio coração, mas a ameaça de sua mãe pairava sobre ele como uma sombra.

Maris entrou no castelo, sua presença imponente e graciosa. Ela foi recebida com todas as honras devidas a uma futura princesa. Aemond desceu as escadas lentamente, cada passo um lembrete do sacrifício que estava prestes a fazer.

Quando finalmente se encontraram, Maris sorriu para ele, mas Aemond não conseguiu retribuir o gesto. Seu coração estava em pedaços, e a dor de sua decisão o consumia.

- Bem-vinda, Lady Maris - ele disse, a voz vazia. - Espero que sua estadia aqui seja agradável.

Maris inclinou a cabeça, agradecendo, mas Aemond mal conseguia ouvir suas palavras. Seus pensamentos estavam em Rhaenyra, e no amor que estava prestes a perder.

Enquanto a noite caía sobre o castelo, Aemond se retirou para seus aposentos, a alma pesada com o peso da manipulação de sua mãe e a dor de um amor impossível. Ele sabia que, independentemente do que acontecesse, a sombra de sua decisão o seguiria para sempre, e o segredo que ele guardava continuaria a assombrá-lo.

E assim, Aemond se preparou para enfrentar um futuro que ele nunca desejou, preso entre o dever e o amor, com o coração eternamente dividido.

Aemond se levantou cedo na manhã seguinte, o rosto marcado pela falta de sono. Ele sabia que precisava enfrentar Maris e começar a cumprir seu dever, mesmo que seu coração estivesse em outro lugar.

Ele encontrou Maris no jardim do castelo, onde ela estava admirando as flores. Aemond se aproximou lentamente, tentando esconder a dor em seus olhos.

- Lady Maris, espero que tenha descansado bem - ele disse, tentando soar cordial.

Fare And Desdiny - Aemond And Rhaenyra Targargaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora