Fare And Desdiny - Aemond And Rhaenyra Targargaryen

𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟭𝟮 : 𝗢 𝗣𝗲𝘀𝗼 𝗱𝗮 𝗖𝗼𝗿𝗼𝗮

A sensação de choque e desespero ainda pairava no ar quando Alicent retornou, acompanhada por uma guarda que trazia consigo a confirmação aterradora. O corpo de Aegon fora encontrado nos jardins da Fortaleza Vermelha, sem vida, cercado por flores murchas e sombras que pareciam cobrir a cena com um manto de tristeza.

Alicent, com os olhos marejados, se aproximou do grupo. "Precisamos ir até lá. Precisamos ver Aegon... precisamos saber como isso aconteceu." Sua voz tremia, e a determinação que antes a impulsionava agora era substituída por uma profunda dor.

Rhaenyra, ainda em estado de choque, assentiu lentamente, enquanto Daemon e Aemond a seguiam, seus corações pesados pela perda iminente. O caminho até os jardins era silencioso, cada passo sendo uma luta contra a realidade que se aproximava. Ao chegarem, o cenário era devastador. Aegon jazia em um leito de flores, sua expressão serena, mas o frio toque da morte era inegável.

Alicent caiu de joelhos ao lado do corpo do filho, seu choro ecoando nos jardins. "Aegon, meu filho... como isso pôde acontecer?" Rhaenyra, observando a cena, sentiu um nó se formar em seu estômago. O que antes era um conflito pessoal agora se transformara em uma tragédia familiar.

Daemon, com os punhos cerrados, olhava para o céu, sua mente fervilhando de raiva e confusão. Aemond, por outro lado, sentia uma mistura de dor e culpa. "Eu deveria ter estado lá para protegê-lo," murmurou, sua voz baixa.

Enquanto a dor se espalhava entre eles, Alicent levantou-se, determinada a não permitir que a morte de Aegon fosse em vão. "Precisamos agir. Se Aegon não pode ser o rei, então Aemond, você deve assumir o trono. Você é o próximo na linha de sucessão."

Aemond, ainda atordoado pela perda, olhou para sua mãe com uma expressão de incredulidade. "Mãe, não... Eu não quero isso. Não agora. Não assim." Seu coração estava pesado com a responsabilidade que ela estava tentando empurrar sobre ele.

Mas Alicent foi implacável, sua voz cheia de urgência. "Aemond, você não entende! Se você não agir agora, tudo o que Aegon lutou para proteger pode ser destruído. E se você não se tornar o rei, eu terei que contar a Rhaenyra sobre o que você fez - aquele segredo que você tanto teme. Você sabe que ela usaria isso contra você."

Aemond sentiu a raiva e o medo se entrelaçarem em seu peito. "Você não pode fazer isso!" ele gritou, a voz cheia de desespero. "Você não pode usar isso como uma arma contra mim!"

Alicent se aproximou, seu olhar intenso. "Se você não se tornar o rei, não terá controle sobre o que acontece a seguir. Você precisa entender que, neste momento, a única opção é seguir em frente e garantir que a família não se desintegre."

Aemond sentiu a pressão aumentar, a raiva se transformando em uma determinação relutante. "Tudo bem, eu... eu farei o que você disser," disse ele, a voz baixa e cheia de raiva contida. "Mas eu não farei isso por você. Farei isso para honrar Aegon."

Alicent sorriu, mas não havia alegria em seus olhos. A vitória estava em suas mãos, mas o custo era alto. "Isso é tudo o que peço, meu filho. Juntos, manteremos a família unida."

Enquanto isso, Rhaenyra, que havia escutado tudo, se afastou, seu coração pesado com a traição que sentia. A dor pela perda de Aegon se misturava com uma sensação de traição ao ver Aemond cedendo à pressão de sua mãe. Ela não podia acreditar que ele estava se entregando assim, mas a situação estava se desenrolando rapidamente.

Enquanto Rhaenyra se afastava, Aemond a seguiu, sua expressão de dor refletindo a confusão que sentia. "Rhaenyra, espere!" ele gritou, mas ela não parou. "Por favor, você precisa entender..."

"Entender o quê?" Rhaenyra se virou, seus olhos cheios de lágrimas. "Entender que você vai se tornar um rei, mesmo que isso signifique se tornar uma marionete nas mãos de sua mãe? Aegon se foi, e você está prestes a fazer o mesmo erro que ele!"