𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟮𝟱 - 𝗰𝗼𝗿𝗮𝗰̧𝗼̃𝗲𝘀 𝗲𝗺 𝗰𝗵𝗮𝗺𝗮𝘀

23 3 1
                                    

Pov Rhaenyra targargaryen

Rhaenyra Targaryen estava sozinha em sua câmara, envolta em sombras que pareciam se intensificar à medida que a noite avançava

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Rhaenyra Targaryen estava sozinha em sua câmara, envolta em sombras que pareciam se intensificar à medida que a noite avançava. O crepitar da lareira, embora quente, não conseguia aquecer o frio que havia se instalado em seu coração. A dor pela perda de Lucerys era uma ferida aberta, pulsando, cada batida a lembrava de sua ausência, como um eco insuportável que a acompanhava em cada pensamento.

Ela se levantou e caminhou até a janela, a vista de Pedra do Dragão se desenrolando diante de seus olhos. As nuvens pesadas que cobriam o céu pareciam refletir a tempestade dentro dela. O mar agitado, com suas ondas se quebrando ferozmente nas rochas, era um espelho perfeito de sua turbulência interna. Rhaenyra sempre se sentiu em sintonia com o poder da natureza, mas agora, mesmo isso parecia distante, como se o mundo tivesse se tornado uma imagem embaçada através de lágrimas.

Com um suspiro profundo, Rhaenyra começou a falar consigo mesma, uma prática que se tornara um consolo em meio ao caos que sua vida se tornara. A solidão estava se tornando uma companheira familiar.

- O que você esperava, Rhaenyra? - questionou em voz alta, a raiva misturada à dor. - Você queria o trono, e agora o que isso lhe trouxe? Apenas tragédias e traições. O que você realmente esperava de Aemond? Ele nunca será o homem que você deseja que ele seja.

As lembranças de Aemond a assaltaram. As horas que passaram juntos, os olhares carregados de significados ocultos, tudo isso agora parecia um eco distante de um passado que não poderia ser recuperado. Como ela poderia ter confiado nele, mesmo por um instante? Ele se tornara tudo o que ela temia, uma sombra de seu verdadeiro eu, alguém disposto a sacrificar o que fosse necessário em nome da ambição.

Rhaenyra balançou a cabeça, a frustração se transformando em um riso amargo. - Você o ama, e isso é sua maldição. Ele é o único que entende a dor que carregamos, e, no entanto, somos forçados a nos separar como se fôssemos estranhos. O que isso significa para você, Rhaenyra? Estar presa entre o amor e a lealdade, entre o desejo e o dever?

Ela se afastou da janela e se dirigiu à lareira, observando as chamas dançantes. A luz tremulante parecia refletir sua confusão interior. Era um calor que ela não sentia em seu coração, agora frio e gelado como a solidão que a cercava. A perda de Lucerys não era apenas um golpe físico; era uma devastação emocional que afetava tudo ao seu redor. Cada dia que passava parecia um novo lembrete de que o reino estava se despedaçando, e ela era a única responsável por manter a ordem, mas isso estava se tornando insuportável.

- Daemon tem razão - murmurou, as palavras escapando de seus lábios como uma confissão. - Não podemos mais esperar. O tempo está contra nós. Se não agirmos agora, o que mais perderemos? O que mais preciso sacrificar? A guerra se aproxima, e cada segundo perdido é um segundo que não posso recuperar.

Ela fechou os olhos, imaginando as possibilidades se desenrolando diante dela. A ideia de vingar a morte de seu filho a consumia, uma chama indomável que queimava intensamente em seu peito. Rhaenyra sabia que era necessário, mas também entendia que havia um custo. Um preço que ela não tinha certeza se poderia pagar. A raiva e o desejo de vingança se misturavam em sua mente, criando uma tempestade de emoções que a deixava à beira da loucura.

Fare And Desdiny - Aemond And Rhaenyra Targargaryen Onde histórias criam vida. Descubra agora