I want to be free

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JUNGKOOK

Sinto meu coração acelerado, olho de relance para meu pai, que está digitando algo.

Em minha frente meu computador não importa mais, com cuidado toda hora olho para meu celular ver se Jimin me responde, mas nada.

Após o acidente que ocorreu, vi o Jimin em estado de choque e não pude fazer nada.

Me senti incapaz de proteger quem amo por medo novamente.

Uma angústia enorme em meu peito.

E só piorou quando um pingo de sangue estava no chão misturado com o café e a xícara quebrada.

Mas, por mais que eu mande mensagem para ele, não há um retorno. Ele apenas disse que foi um corte no dedo, só que não consigo não ficar nervoso por não estar do seu lado.

Quando sua amiga Sana veio limpar a sujeira invés dele me fez desconfiar, porque se fosse só um machucado pequeno ele viria. Conheço ele, Jimin deve estar mais angustiado que eu, provavelmente ansioso para não dar as caras.

Minutos se passam, imagino que ele tenha ido embora, seu horário de expediente acabou.

Diferente do meu, ainda falta uma hora.

Engulo seco, olho para meu pai novamente que não está dando a mínima para minha existência.

Não consigo mais ficar aqui parado sem um sinal de Jimin, então no impulso me levanto do nada da cadeira, fazendo um barulho.

O mais velho finalmente me encara com uma feição séria.

— O que foi? — ele questiona seco, no mesmo segundo me sinto nervoso.

Sempre foi assim, apenas por ouvir sua voz meu corpo todo se torna rígido, me sinto ameaçado e inferior.

Às vezes me sinto como um bichinho, que apenas com um tom de voz diferente se encolhe com o rabo entre a perna.

Eu e meu pai praticamente conversamos apenas no trabalho e poucas palavras são ditas, mandamentos do que tenho que fazer.

Em casa nem comemos juntos.

Então nunca sei como reagir quando ele impõe sua voz em qualquer outra situação, por sempre assemelhar uma ameaça.

Parece que ele sempre quer mostrar que tem controle sobre mim, como se eu fosse sua marionete.

Para onde vou, com quem falo, o que faço.

Tudo.

Por isso, mentir se tornou rotina.

— A-a Ji-eun me mandou uma mensagem, pediu para que eu fosse vê-lá. — falo a primeira coisa que vem à minha mente.

Minhas mãos estão à frente do meu corpo, suadas, e minha cabeça se mantém um pouco baixa.

Polaroid • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora