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Desculpem a demora.

QUINTA FEIRA, 1978

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QUINTA FEIRA, 1978

A volta do shopping foi bastante tranquila, e pela primeira vez em muito tempo, senti uma leveza ao lado do meu pai, e não a sensação de estar falando com um estranho. Conversamos sobre coisas triviais, rimos, conversamos sobre meus namoros anteriores, e como meu pai odeia cada um deles.  É legal sentir essa conexão novamente, mesmo que por um breve momento. O dia na cafeteria e a ida ao shopping até trouxe algum tipo de esperança pro nosso relacionamento fracassado de pai e filha, ele até falou em vir no outro final de semana, má eu sei que não é verdade. Nunca é.

Chegamos em casa, e eu fiquei observando os tons de laranja tingindo o céu, não querendo sair de dentro do carro e ter que voltar pra minha vida normal. Meu pai estaciona o carro na entrada da garagem totalmente abandonada, já que nem minha mãe nem Michael tinham um carro ou habilitação. Uma risada ainda está em seus labios devido a mais uma de minhas frases cheias de palavrões. Descemos do carro, eu pego algumas bolsas de compras e presentes que havíamos comprado no shopping, e andamos até a porta de carvalho escuro, e eu consigo ver pelo canto do olho, meu pai ficar um pouco tenso. Eu tomo iniciativa e abro a porta, as emoções alegres sendo rapidamente substituídas por uma tensão terrível. Eu olho para o sofá, minha mãe sentada, os braços cruzados e uma expressão estranha no rosto. Griffin está sentado ao seu lado, distraído com algum desenho passando na tv. Seus olhos rapidamente vem em nossa direção, parecendo se iluminarem ao verem a figura de meu pai aqui em casa novamente, após tanto tempo.

—Pai?!— Griffin exclama, rapidamente saindo do sofá e indo em nossa direção. Eu dou um passo para dentro da casa e meu pai faz o mesmo, cada vez mais tenso.— Pai!— Sorrio ao ver Griffin abraçando meu pai com força, mais com tanta força que até faz meu pai se desequilibrar um pouco.

—Ei, meu garoto.— Meu pai sorri, abraçando-o com carinho enquanto sua mão vai em direção ao cabelo de Griffin, o acariciando. Eu posso até ver o olhar emocionado em seu rosto.— Tem cuidado bem da sua irmã?

—S-Sim! E-Eu-

—Onde você estava, Elizabeth?— Minha mãe perguntou, a voz estressada e nervosa. Seu rosto fica pálido ao olhar para o meu pai.— E você? Que merda tá fazendo aqui, Patrick?— Meu pai encara minha mãe, seu sorriso some aos poucos, e ele acaba se afastando de Griffin. Meu pai suspira, sua postura se enrijecendo.

—Oi, Melanie. Nós fomos ao shopping. A Liz e eu passamos um tempo juntos. Achei que seria bom para ela.— Seu olhar se torna mais ríspido.— Ou você não sabia o que a Elizabeth tava passando de novo?— O rosto dela se torna mais pálido, o que eu não achei que fosse possível.

—O-O que?— Ela pergunta com a voz fraca.

—G-Griffin, você pode ir pro carro, por favor? Eu vou pedir pro papai leva a gente pro Billy depois.— Eu sussurro. Griffin acente de forma derrotada, se afastando da briga e indo para fora.

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