SEGUNDA FEIRA, 1978Eu nem ao menos consigo acreditar que já é segunda feira, na real, nem consigo acreditar que eu realmente tô na merda do colégio sem algum motivo que me importe. Afinal, eu vim aqui para que porra? Já recebi bronca do diretor por falar a verdade sobre aquela filha da puta escrota da professora de história, pelas minhas notas, pelas minhas faltas e pelas brigas. Não entendo. Eu poderia ter simplesmente matado aula como sempre faço, mas eu realmente vim pra cá porque eu quis! Que porra é essa?
Esse colégio é uma verdadeira merda.
—Ei, cara.— Jeff diz, caminhando até mim. Eu o encaro com irritação, cerrando meus punhos enquanto o olho se encostar no armário ao meu lado.— Como foi com o diretor? Tu se fudeu muito?
—Ele ficou falando merda no meu ouvido de novo.— As mesmas merdas de que acredita que eu possa melhoras. Ah, vai se fuder, nem ele acredita nessa porra.— Mas tô na porra da detenção. Por três dias ainda.— Jeff suspira.
—Cacete, cara. Então isso significa que tu nem vai no Grab n' Go mais tarde?
—Se eu tô na detenção, seu idiota.
—Porra, cara. Tudo isso por causa da porra da Effy Stagg?— Eu o olho de novo, trincando o maxilar.
—O que você disse?— A minha voz sai até um pouco mais irritadiça que o normal. Eu não quero pensar nela, eu não quero ouvir o nome dessa filha da puta. Jeff se encolhe um pouco, negando com a cabeça.
—Nada, nada.
Um pequeno burburinho se instala no corredor, me causando irritação. Porra, como esses merdas conseguem ficar de cochicho a essa hora da manhã? Jeff também repara no burburinho, olhando na direção que alguns alunos apontam.
Ela tava ali, no final do corredor, com aquelas roupas idiotas e maquiagem preta nos olhos como se esquecesse que isso daqui é a porra de uma escola. Seus cabelos dessa vez estavam alinhados, me causando uma leve estranheza. Na real, ela por si só já é estranha pra caralho. Eu não consigo entender isso. Ela anda pelo corredor com seu típico olhar de confiança, e aquela maldita aura, ou sei lá que porra é essa, de garota misteriosa e gostosa. Isso me irrita pra um caralho. Ela é estranha e frágil, eu sei porquê já vi ela surtar, então como ela ainda pode andar por aí e fazer todo e qualquer babaca desse colégio ficar caidinho por ela? Cacete, até esse apelido dela é estranho. Quem tem o apelido de Effy?
Essa garota é completamente diferente de todos aqui. Eu realmente não entendo. Ela não é popular como os populares, não é inteligente como a garotas inteligentes, e muito menos é uma esquisitona como as esquisitonas, apesar de ela ser. Como é possível que essa filha da puta seja tão misteriosa e confusa?
Minhas sobrancelhas se franzem na sua direção, enquanto ela passa por mim, me olhando rapidamente. Vai se foder. Eu tento ao máximo disfarçar a reação que isso causou em mim, como a merda do coração acelerada. EU NÃO TENHO CULPA SE ELA É REALMENTE BONITA, PORRA. É disso que eu tô falando. Ela parece saber o que causa nos outros e usa isso a favor dela, e isso é coisa de filha da puta.
—Uau...— Jeff murmurra, seguindo ela com o olhar, e eu acabo por fazer o mesmo, ficando meu olhar sem eu querer na parte de trás de suas coxas. Por que caralhos alguém usaria meia calça no colégio? Eu tô falando, ela não é normal.— Vance, você tá falando bastante com ela. Por favor, convence ela a ficar comigo. Nunca te pedi nada.— Eu rapidamente desvio meu olhar para o garoto, franzindo a testa com irritação. Meu dedo médio se ergue em sua direção e o dou as costas, seguindo para o lado oposto que a esquisita estava seguindo.
Garota estranha.
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ALL I WANT | VANCE HOPPER
Fanfiction"𝐬𝐚𝐲 𝐢'𝐥𝐥 𝐛𝐞 𝐡𝐞𝐫𝐞, 𝐢'𝐥𝐥 𝐛𝐞 𝐡𝐞𝐫𝐞" Onde Elizabeth Stagg tem um histórico de relacionamentos tão ruins quanto sua reputação. Ou Onde Vance Hopper não entende os sentimentos que surgiam em relação a colega de classe. ...