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Oi oi, é a lany. Vim aqui lhes desejar um ano incrível e um feliz Natal (tudo atrasado mesmo). Somos quase 500 leitores e eu tô muito emocionada e grata a todos vocês que acompanham essa história. Amo vocês, e espero que todos tenham o melhor ano possível!!

Ps: Tenho um livro em outra conta, a dreamdreamdream_, onde eu escrevo poemas bem legais no estilo do Edgar Allan Poe. Então, por favor leiam. Eu me dedico muito pra escrever aqueles poemas. Obrigada.

QUARTA-FEIRA, 1978

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QUARTA-FEIRA, 1978

Engulo em seco, com meu olhar fixo em meus pés. O pânico se alastra pelo meu corpo, nublando meus pensamentos e deixando minhas mãos dormentes, e eu nem ao menos sei se estou respirando neste momento. Meu coração dispara em meu peito no momento em que Michael estala seus dedos na frente do meu rosto. As palavras ficam presas na minha garganta, mas eu nem ao menos sei o que porras eu iria dizer, não há nada na minha mente.

—Vamos, Elizabeth, me responde.— As palavras saem de sua boca como uma ordem, no entanto me sinto impossibilitada de recuar.

—Um amigo, só isso.— Finalmente o olho nos olhos, tentando não ter medo, ou algo que demonstre o quão amedrontada estou em vê-lo. Ele dá um sorriso sinico enquanto se aproxima de mim lentamente, segurando meu ombro com sua mão esquerda. A força que ele coloca é evidente.

—Tudo bem, vamos entrar.— Eu olho para trás, encontrando Vance com o rosto vermelho e o punho cerrado, ele olha para mim também, caminhando ao meu lado enquanto Michael me puxa para dentro. Um vislumbre de raiva passa pelo seu rosto e o pânico se intensifica em meu interior. Acho que vou vomitar. Michael logo percebe o loiro entrando junto de mim e arqueia uma sobrancelha em minha direção, mordendo os lábios.— Achei que você tinha parado de trazer garotos pra transar de baixo do meu teto, garota. Sua mãe não vai gostar de saber disso.

—Ele é só meu amigo...— Murmurro baixo, limpando meus sapatos no tapete da entrada. Vance está mortalmente quieto, o que chega até a me assustar. Eles está parado de braços cruzados, com seu rosto tão vermelho quanto um tomate.

—Eles sempre são.— O homem moreno redireciona seus olhos de mim para Vance, o olhando de cima a baixo de uma forma extremamente desconfortável, o que o loiro percebe imediatamente, fazendo seu rosto ficar mais vermelho. Ele vai estourar a qualquer momento, e isso parece que vai ser sangrento.

—V-Vamos lá pra cima.— Eu digo após limpar minha garganta.

Vou em direção a escada com o loiro me seguindo. Parece que finalmente consigo respirar de forma natural. Michael tem essa habilidade de me fazer ficar péssima perto dele, na verdade qualquer pessoa, esse cara é muito desagradável. Me pergunto como seria se meu pai ainda se importasse conosco... Ele se importaria com esses abusos constantes? Faria algo pra me ajudar ou apenas iria dizer que é minha culpa ou apenas ignorar como as tias da minha mãe? Eu não acredito como tudo pode ter mudado tão brutalmente de baixo dos meus olhos, como aquela infância tão comum e gostosa de ser vivida se tornou esse tormento que é. Isso é triste, pra caralho! Por que é tão difícil acabar com tudo isso? Esse decisão está sendo algo que está me assombrando desde meus 13 anos, quando tudo começou a dar errado na porcaria da minha vida. Ainda me lembro do pouco tempo bom que vivi naquela época, as risadas de James, seus beijos doces, mas aí resolvemos ir a festas de pessoas legais, acarretando no nosso uso precoce de drogas. Eu ainda me lembro vividamente do sentimento de euforia invadindo o meu peito, e de ter pensado que estava infartando. Daí veio as brigas, nós dois sendo idiotas, e descontando os problemas um no outro, tudo isso pesando mais e mais em mim sem eu ao menos perceber. Bem, quando eu percebi já era tarde demais. O banheiro do segundo andar parecia tão gelado, como a lâmina de barbear do meu pai que eu usei pra cortas meus pulsos, e também como a água que bebi para conseguir engolir as pílulas pra dormir.

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