𝑽𝑰𝑵𝑮𝑨𝑵𝑪𝑨?
Bill Kaulitz
Uma semana depois...O plano estava quase pronto, mas ainda não estávamos entrando em um acordo sobre o ato final da nossa vingança.
— Não vamos matar a garota! — Georg revirou os olhos assim que minha voz chegou aos seus ouvidos.
— Porra, ela iria nos matar se não tivéssemos escapado graças a Anne! — se levantando da cadeira em que estava, Georg veio até mim.
— Se ela fosse mesmo nos matar, não acha que já teria feito! Isso está fora de discussão! — o clima estava esquentando e minhas veias pulsavam a cada palavra que saia da minha boca.
— Talvez ela não tenha feito porque precisava da porra da localização do carregamento! Depois que ela descobriu, não precisava mais de nós — dei um passo a frente ficando ainda mais perto de Georg enquanto ele esbravejava.
— Todos aqui viram como ela ficou depois de ver Tom machucado! Não foi ela que mandou fazerem aquilo com ele, porra você não pensa! — eu já estava perdendo a minha paciência enquanto Tom e Gustav apenas observavam a discussão em silêncio.
— Está apaixonado por ela? Só assim para alguém agir de forma tão idiota! — eu o encarei com ódio recebendo dele o mesmo olhar.
— Já chega! Isso não vai nos levar a lugar nenhum porra! — se levantando, Tom veio até nós se colocando em nosso meio antes que a briga ficasse mais acalorada.
Por mais alguns segundos, continuei encarando Georg com raiva, mas resolvi me sentar para não piorar a situação enquanto tentávamos decidir o que fazer. Tom e Gustav ainda não tinham dado suas opiniões sobre o plano, se ambos tivessem opiniões diferentes entraríamos em um impasse outra vez. Meus olhos revezavam entre os dois esperando algum pronunciamento, o coração acelerado e a respiração desregulada denunciavam que eu estava com medo do que iríamos decidir.
— Acho que não devemos matar a garota... — suspirei aliviado enquanto meus olhos seguiam a voz fraca até Gustav — Ela pode ser útil — Georg pareceu indignado com a resposta do amigo.
— Está brincando comigo? — passando a mão pelo rosto, Georg começou a andar pela casa.
— Então está decidido! Não vamos matar Sophia! — Tom também parecia aliviado pela decisão que tomamos — Agora podemos iniciar o plano de uma vez? — me levantei olhando para ele e logo confirmei com a cabeça.
Gustav fez o mesmo que eu. Georg mesmo relutante, também confirmou o início do plano. Nos sentamos na mesa outra vez na mesa somente para repassar a parte de cada um de nós. Tínhamos que estar preparados para tudo, de falhas técnicas até intervenção de outras pessoas, tudo teria que estar impecável e sem erros. Com tudo perfeitamente combinado e nossos reforços já avisados encerramos a reunião.
— Assim que você e Gustav chegarem, avisem ao Gabriel, ele vai ajudar vocês a entrarem na casa! — a voz de Tom atingiu meus ouvidos antes que eu pudesse me levantar.
— Certo, vamos Gustav! — peguei o papel que continha o número do homem que devíamos procurar e a mala que já estava feita ao lado da porta da cozinha.
Gustav me seguiu e fomos para o carro que nos esperava na porta da cabana, colocamos as coisas no porta malas e entramos no carro em silêncio. O caminho até o heliporto foi totalmente silencioso, acho que ambos estávamos ansiosos e preocupados já que era um plano complexo e tinha uma alta chance das coisas darem errado. Mesmo estando confiante já que tínhamos ajuda suficiente, ainda estava preocupado com o que aconteceria com Sophia. Se perdêssemos o controle a garota poderia acabar morta.
Quando chegamos, os seguranças começaram a tirar as malas do carro enquanto Gustav e eu nos dirigiamos até o helicóptero. Como de costume, me sentei na janela e Gustav ao meu lado, do mesmo jeito que fazíamos quando íamos para alguma turnê. O piloto anunciou a decolagem e eu me endireitei na poltrona, esperando pelo tranco que viria antes de estarmos no ar.
— Acha que estamos fazendo a coisa certa? — a voz de Gustav fez com que eu o olhasse, suspirei profundamente e dei um sorriso leve.
— Vai dar tudo certo, não se preocupe! — acho que estava dizendo aquilo mais para mim mesmo do que para Gustav.
— O que você e Tom estão escondendo hein? — franzi a testa enquanto o olhava meio intrigado com a sua pergunta.
— Por que acha que estamos escondendo algo? — mantive a voz firme e os olhos fixos nos dele.
— Eu sei que estão! Vocês estão sempre trocando olhares estranhos e cochichando, não sou burro Bill! — deixei uma risada abafada escapar dos meus lábios depois de ouvir aquilo.
— Não estamos escondendo nada! Vocês sabem exatamente tudo que precisam saber! — voltei minha atenção para a janela enquanto sobrevoavamos o país.
Sabia que aquilo não iria convencer Gustav tão facilmente, já que o garoto sempre foi muito observador e pegava cada detalhe da linguagem corporal, mas mesmo assim mantive minha resposta. O caminho até lá não seria tão demorado, mas resolvi me distrair olhando as coisas das alturas, árvores e prédios que de perto eram enormes, agora pareciam peças de um brinquedo infantil. Gustav ao meu lado, lia um livro de ficção que sempre estava com ele para situações entediantes como um vôo internacional.
O piloto anunciou o pouso e eu agradeci mentalmente, mesmo sendo um vôo razoavelmente rápido, eu já estava cansado de ficar ali sentado. Gustav guardou seu livro e nos levantamos assim que vimos o sinal de desembarque acender. Como já imaginávamos, um carro já nos esperava para irmos para o hotel. Por termos chegado a noite e estarmos exaustos colocaríamos o plano em prática amanhã a noite, assim teríamos tempo e estaríamos mais dispostos. Mas como Tom mandou, peguei meu celular e liguei para o Gabriel.
Ligação on
— Fala Bill!? — a voz grossa ecoou antes que eu pudesse disse o famoso "alô".
— Acabamos de chegar cara, a fase um começa amanhã! — entrei no carro ainda com ele no telefone.
— Certo, mandei vocês pra um hotel no Leblon, tomem cuidado com os fãs brasileiros! Se descobrirem que estão no Brasil o plano vai por água a baixo — dei um sorriso leve com o que o garoto disse já que eu imaginava isso.
— Beleza, amanhã te ligo!
Ligação off
Olhei para Gustav ao meu lado e assenti com a cabeça confirmando que estava tudo certo. Agora só tínhamos que entrar na mansão Clark e tirar o maldito velho de lá, era a primeira vez que eu realmente via vantagem em ter um avião particular. Não consigo imaginar em uma desculpa plausível para um velho doente e desacordado deixar o país sem uma prescrição médica ou atestado para isso.
— É Bill, belo jeito de você e Tom conhecerem o sogro hein! — não contive uma gargalhada assim que ouvi a piadinha de Gustav.
Desculpa pequena Sophy mas precisamos fazer isso!
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Passarela da perdição
FanfictionA vida dupla de dois irmãos, que tinham uma banda famosa e ao mesmo tempo lideravam o tráfico de drogas em tudo o mundo, começou a ficar cansativa então ambos decidiram abandonar o mundo do crime e focar completamente no sucesso musical até descobr...