ℂ𝔸ℙ𝕀𝕋𝕌𝕃𝕆 𝟟

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𝑴𝒀 𝑨𝑵𝑮𝑬𝑳 𝑰𝑺 𝑨 𝑫𝑬𝑴𝑶𝑵

•|VISION BILL|•

    Já tinha se passado um mês desde que Cain encontrou o carregamento de KC, por mais perto que estivéssemos ainda não sabíamos quem era Angel e onde ele estava. Também não tive notícias de Sophia desde o desfile e me preocupava com isso já que ela foi arrastada para fora do evento.

    Estava no escritório tentando organizar os pensamentos, uma hora me preocupava com a pequena Sophia e na outra me irritava por estarmos estacionados sem saber o que aconteceria.

— Não acha estranho que KC não tenha revidado ainda o... — disse Tom entrando no escritório mas não completou a frase ao me olhar — Pensando na garota outra vez?

    Eu o olhei vendo que segurava alguns papéis e me encarava com certa preocupação.

— Ela simplesmente sumiu Tommy, não acha estranho aquele cara levá-la daquele jeito e depois não termos mais notícias da garota? — falei vendo que, aparentemente, a obsessão de Tom por ela já havia sumido.

— Lógico que acho Bill! Mas temos problemas maiores agora, quando tudo isso acabar iremos procurar por ela e trazê-la para casa — disse ele indo até a mesa e se sentando ainda analisando os papéis.

    Tom falava de Sophia como se já fosse propriedade dele. "Trazê-la para casa". Irônico afinal, aqui seria tudo menos a casa dela se ela o irritasse.

— Isso se ela ainda estiver viva... — falei baixo, mas em volume suficiente para que ele ouvisse.

— Eu sei que ela está viva! Agora vá se arrumar pois temos que ir a gravadora em alguns minutos ou teremos problemas — respondeu seriamente sem me olhar.

    Eu suspirei enquanto saia da sala e subia as escadas até o meu quarto. Nesse um mês não tivemos sossego nenhum, se não estávamos trabalhando na banda, estávamos tentando de forma incessante descobrir quem era Angel.

    Cheguei ao andar de cima e passei em frente ao quarto de Georg que estava se trocando com a porta entreaberta, ignorei indo até o meu quarto para poder me arrumar o mais rápido possível e evitar estresse para todos. Não teve um só dia em que Tom não entrasse em surto absoluto desde o acontecido.

    Depois de ter me trocado em uma velocidade que até eu fiquei surpreso, desci vendo os meninos me esperando na sala, o clima não era nada bom mas fingi que nada estava acontecendo enquanto os acompanhava até a porta da sala.

— O que vamos fazer lá? Não te disseram nada Tom? — perguntei enquanto entravamos no carro.

— É algo relacionado a nossa próxima turnê, só estamos indo porque já faltamos na reunião passada e Taylor não está nem um pouco feliz com isso — respondeu ele friamente.

    Lancei um breve olhar de preocupação para os meninos que logo retribuíram com o mesmo sentimento.

    Seguimos em direção a gravadora, normalmente era um percurso rápido, mas pelo clima horrível que estávamos demorou uma eternidade. Assim que chegamos, fomos direto para a sala de reuniões, Taylor nos esperava com a pior de suas expressões.

— Vocês não tem um pingo de responsabilidade! Onde estavam? — perguntou o homem alto de cabelo grisalhos.

— Não é hora para isso Taylor, apenas comece a reunião para irmos embora! — falou Gustav que queria, assim como eu, evitar um confusão.

Passarela da perdição Onde histórias criam vida. Descubra agora