Epílogo

187 23 7
                                    

Vários meses depois
Daeyang House


— Os resultados são definitivos — contou Jake, acrescentando a última coluna com um floreio. — Eu ganhei.

Heeseung olhou para ele da cama deles — um móvel grande e bonito, de dossel, que Jake redecorara em verde algumas semanas após o casamento. Heeseung estava lendo um livro; Jake não conseguira ver o título. O alfa sempre lia antes de irem para a cama. O mais novo adorava isso nele. Ele era uma criatura de muitos hábitos. Outra razão para formarem um par perfeito.

— O que foi desta vez? — murmurou Heeseung.

Jake sabia que o alfa estava sendo indulgente, mas estava tão satisfeito com os números à sua frente que concluiu que não se importava.

— A colheita de cevada — informou. — Byeong Hall superou Daeyang em... espere um instante... — O ômega mordeu o lábio inferior enquanto fazia outro cálculo. — Um ponto um!

— Que triunfo!

Jake franziu os lábios, tentando parecer sério.

— Você considerou a área maior de cevada de Byeong? — perguntou o alfa.

— Claro! — Jake revirou os olhos. — Francamente, Heeseung.

Os lábios dele curvaram-se ligeiramente.

— Posso lembrá-lo de que mora em Daeyang?

Jake sorriu de volta.

— E que seu nome é Lee Jaeyun agora?

— Sempre serei um Shim no coração. Bem... — acrescentou ele, não gostando da cara séria de Heeseung —, um Shim e um Lee.

O mais velho suspirou. Só um pouco.

— Imagino que não tenha planos de aplicar suas formidáveis habilidades na administração de Daeyang.

Não pela primeira vez, Jake sentiu-se tomado por gratidão pelo fato Heeseung não ter protestado quando lhe dissera que gostaria de continuar seu trabalho em Byeong Hall. Seu marido era um homem incomum. Ele o compreendia. Às vezes ele  achava que o alfa podia ser a única pessoa a conseguir isso.

— Meu pai ainda precisa de mim — disse Jake — Pelo menos até que Jaehyun esteja pronto para assumir.

Heeseung levantou-se da cama e se aproximou.

— O administrador do seu pai ficaria feliz em finalmente merecer o salário.

O ômega ergueu os olhos.

— Sou melhor do que ele.

— Bem, isso é evidente.

Jake bateu no braço dele, então suspirou quando ele se inclinou e beijou o seu pescoço.

— Eu deveria lhe agradecer — falou o mais novo.

Os lábios de Heeseung pararam, e Jake o sentiu sorrir contra sua pele.

— Pelo quê?

— Por tudo, na verdade. Mas principalmente por ser você.

— Então fique à vontade, lady Lee.

— Vou tentar reduzir um pouco o trabalho — rebateu o ômega.

Heeseung estava certo. Ele provavelmente não precisava fazer tanta coisa em Byeong Hall. E, do jeito que eles iam, estaria grávido em breve. Teria de aprender a deixar sua vida em Byeong ou pelo menos não ficar tanto no controle.

Jake se afastou para poder olhar o rosto de Heeseung.

— Você não se importaria se eu assumisse um papel mais ativo aqui em Daeyang? Com as terras, não só com a casa?

— É claro que não! Teríamos sorte de... — Ele parou, suas palavras interrompidas por uma batida à porta. — Entre!

A porta se abriu revelando um criado visivelmente agitado.

— Um mensageiro, milorde — avisou ele.

Jake piscou, surpreso.

— A esta hora da noite?

O criado estendeu uma carta dobrada.

— Está endereçada a lorde Seojoon mas ele...

— Está em Londres — concluiu Heeseung por ele. — Pode deixar comigo.

— Ele falou que era urgente — alertou o criado. — Ou eu jamais entregaria a correspondência particular de seu pai.

— Está tudo bem, Thomas — disse Jake gentilmente. — Se é urgente, é mais importante que seja recebida rapidamente do que entregue a lorde Lee.

Heeseung deslizou um dedo por baixo da cera, mas não rompeu o selo.

— O mensageiro espera uma resposta?

— Não, senhor. Mas o encaminhei para comer uma refeição quente.

— Muito bem,Thomas. Isso é tudo.

O criado saiu, e Jake lutou contra o impulso de ir para o lado do marido ler por cima do seu ombro. O que quer que estivesse na carta, ele lhe contaria em breve.

Ele viu os olhos do mais velho correrem da esquerda para a direita, lendo rapidamente as palavras. Cerca de quatro linhas abaixo, seus lábios se entreabriram e ele ergueu os olhos. O coração dele parou, e Jake sabia o que ele ia dizer antes mesmo de as palavras deixarem seus lábios:

— Jongseong está vivo…





🌻

Primeiramente, gostaria de agradecer a todos vocês que pararam um pouquinho para ler e interagir com a história. Muito obrigada mesmo, sem o incentivo de vocês – por meio de leituras, comentários e estrelinhas – acho que I hate him? I love him! não teria chegado aonde chegou.

Agora que finalizei as postagens, vou encontrar uma forma de responder todos os comentários. Isso é algo que eu sempre quis fazer, para interagir mais com vocês, porém não tive tempo ao decorrer das postagens.  Porém, saibam que eu leio tudo, passei mal de rir muitas vezes, vocês são ótimos reagindo aos acontecimentos dos capítulos.

Não tenho certeza se a história ficará disponível aqui na plataforma por muito tempo, pois como é uma adaptação corre risco de ser derrubada. Se for o caso, vou disponibilizar o pdf da adaptação para quem quiser continuar lendo.

(Claramente procurando jeito de gastar meu réu primário.)

Enfim...

Vão me desculpando, por qualquer coisa que tenha acontecido durante as atualizações dos capítulos.

Beijos, amo vocês.
Até breve!

att; adm🪻.

I hate him? I love him! - heejakeOnde histórias criam vida. Descubra agora