Capítulo XXIII

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TW: Capítulo contendo conteúdo sexual implícito ou considerado +16.

🌻

Jake não era idiota. Sabia, quando decidira esperar por Heeseung no quarto dele, que aquilo podia acontecer. Mas não fora por isso que ele tinha ido parar lá. Não fora por isso que entrara em silêncio ali, girando a maçaneta da porta com experiente facilidade, para que deslizasse pelo mecanismo de trava sem fazer barulho. Não fora por isso que se sentara na cadeira do alfa, prestando atenção para ver se o ouvia voltar, e não fora por isso que olhara para a cama dele o tempo todo, extremamente consciente de que era ali que ele dormia, onde o corpo dele repousava da forma mais vulnerável, onde, caso se casassem, os dois fariam amor.

Não, disse a si mesmo, fora ao quarto do alfa porque precisava saber aonde ele tinha ido, por que o deixara em Wintour House. E estava preocupado. Sabia que não dormiria até que ele estivesse em casa.

Mas sabia que aquilo poderia acontecer.
E agora que estava acontecendo...
Ele finalmente podia admitir que era aquilo que queria o tempo todo.

Heeseung o puxou contra ele, e o ômega não fingiu nenhuma surpresa, nenhum ultraje. Eles eram muito honestos um com o outro; sempre tinham sido, e Jake atirou os braços ao redor do alfa, beijando-o de volta com a respiração febril.

Foi como da primeira vez que o alfa o beijara, mas muito mais. As mãos dele estavam por toda parte, e o roupão do ômega não era grosso, o material muito mais sedoso e fino que suas roupas de dia. Quando ele segurou o traseiro dele, Jake sentiu cada dedo apertando-o com um desespero que fez seu coração se alegrar.
O alfa não estava tratando-o como uma boneco de porcelana. Tratava-o como um ômega, e ele adorava isso.

Com o corpo do alfa pressionado ao do ômega dos pés à cabeça, Jake sentiu a excitação do outro, dura e insistente. Ele fizera isso com o alfa Ele. Jake Shim. Ele estava deixando Lee Heeseung louco de desejo, e era emocionante. Isso o fez se sentir ousado.

Ele queria mordiscar a orelha de Heeseung, lamber o sal da pele dele. Queria ouvir como a respiração do alfa acelerava quando ele arqueava o corpo contra o dele e queria saber o formato exato de sua boca, não pela visão, mas pelo toque.

Queria tudo dele, e o queria de todas as maneiras possíveis.

— Heeseung — gemeu ele, amando o som do nome dele saindo de seus lábios.

Então disse de novo e de novo, usando-o para pontuar cada beijo. Como algum dia pensara que aquele homem era rígido e inflexível? A maneira como ele o beijava era o calor personificado. Era como se ele quisesse devorá-lo, consumi-lo.
Possuí-lo.

E Jake, que nunca gostara muito de deixar alguém assumir o controle, descobriu que queria que ele fizesse isso.

— Você é tão... inacreditavelmente... lindo — declarou Heeseung, sem conseguir formar propriamente uma frase.

Sua boca estava ocupada demais com outras atividades para unir as palavras com perfeição.

— Suas vestes esta noite... não posso acreditar que usou vermelho.

O ômega olhou para ele, incapaz de conter o sorriso divertido que se espalhou por seus lábios.

— Não acho que branco se adeque bem a mim.
E, depois daquela noite, pensou maliciosamente, nunca mais se adequaria.

— Você parecia uma deus — disse o alfa com a voz rouca. Então ele parou, só um pouco, e se afastou. — Mas sabe — continuou ele, os olhos ardendo com ar travesso —, acho que ainda prefiro você com roupas impróprias.

— Heeseung!

Jake não pôde deixar de rir.

— Shhhh... — alertou o alfa, mordiscando a orelha dele.

I hate him? I love him! - heejakeOnde histórias criam vida. Descubra agora