Capítulo XXIV

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Quando Heeseung desceu para o café da manhã no dia seguinte, não ficou surpreso ao saber que Jake ainda estava na cama.

Ele não tivera uma noite tranquila de descanso, pensou com alguma satisfação.

Eles haviam feito amor três vezes, e o alfa não podia deixar de se perguntar se a semente dele já estava criando raízes dentro do ômega. Era estranho, mas antes ele nunca pensara muito em ter filhos. Sabia que deveria, é claro. Um dia herdaria Daeyang e Byeong, tinha o dever sagrado de prover o condado com um herdeiro.

Mas mesmo com tudo isso, nunca imaginara seus filhos. Nunca se imaginara segurando um bebê nos braços, observando-o aprender a ler e escrever, ou ensinando-o a montar e caçar.
Ou ensinando-a a montar e caçar. Com Jake como pai ômega, seus filhos e filhas certamente insistiriam em aprender todas as habilidades possíveis.
Embora o alfa tivesse passado a infância profundamente irritado com a insistência de Jake em acompanhar os alfas, quando se tratava de seus filhos…

Se quisessem caçar, pescar e dar tiros de pistola…

Acertariam o alvo todas as vezes.

Embora ele pudesse impor o limite de não saltarem cercas aos 6 anos. Até mesmo Jake concordaria que isso seria absurdo.

O ômega seria o melhor pai do mundo, pensou enquanto caminhava pelo corredor até a pequena sala de jantar. Não seria do tipo que vê os filhos apenas uma vez por dia, para inspeção. Ele os amaria da mesma maneira que os pais dele o amava, e riria, provocaria, ensinaria e repreenderia, e eles seriam felizes.

Todos eles seriam felizes.

Heeseung sorriu. Ele já estava feliz. E só ia melhorar.

Sua mãe já estava à mesa do café quando o alfa entrou na sala, olhando para o jornal enquanto passava manteiga na torrada.

— Bom dia, Heeseung.

Ele se inclinou e beijou a bochecha oferecida.

— Mãe.

Ela olhou para ele por cima da borda da xícara de chá, uma das elegantes sobrancelhas erguidas em um arco perfeito.

— Parece estar excepcionalmente bem-humorado esta manhã.

Ele lançou-lhe um olhar questionador.

— Você estava sorrindo quando entrou na sala — continuou ela.

— Ah.

Ele deu de ombros, tentando conter a alegria que quase o fizera descer as escadas aos pulos.

— Receio que eu não possa explicar.

O que era verdade. Ele certamente não poderia explicar isso para ela.

Lady Myeon o observou por um momento.

— Suponho que não tenha algo a ver com a sua partida prematura ontem à noite.

Heeseung fez uma breve pausa no ato de colocar ovos em seu prato. Havia esquecido que sua mãe exigiria uma explicação para seu desaparecimento. Sua presença no baile Wintour fora a única coisa que ela lhe pedira…

— Sua presença no baile Wintour foi a única coisa que lhe pedi — disse Sr. Lee, a voz mais afiada a cada palavra.

— Peço perdão, mãe — falou Heeseung. Estava de muito bom humor para estragá-lo com bobagens. — Isso não vai acontecer novamente.

— Não é o meu perdão que deve obter.

— No entanto — objetou o alfa —, eu gostaria de tê-lo.

I hate him? I love him! - heejakeOnde histórias criam vida. Descubra agora