Bloqueio: Fora de Controle

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Por Detrás das Claras

César de Andrada Batista

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César de Andrada Batista

Encarar um bloqueio depois de ouvir aquela filha da puta gritando meu nome toda manhosa dentro da viatura foi uma das maiores filha da putagem que eu já encarei na vida. Eximindo a daquela que me deu um pé na bunda. Pelo menos dela. Da Ana Eulália eu não esperava.

Eu estava enfurecido enquanto dirigia pelas ruas da cidade, os pensamentos girando na minha cabeça como um furacão. Como ela teve coragem de me bloquear? Depois de tudo o que tivemos mais cedo? O gosto do beijo dela ainda estava nos meus lábios, e eu não conseguia esquecer a sensação de estar dentro dela, de ter a feito minha, mesmo que por um momento.

Estacionei o carro e peguei o celular. Mais uma vez, tentei ligar para ela, mas a chamada não completou. Mensagens não estavam sendo entregues.

— Porra, Ana Eulália... — murmurei, irritado.

Ela estava me evitando, mas não ia escapar tão fácil. Digitei rapidamente no SMS:

[Mensagem para Ana Eulália: "Você não pode fugir assim, Eulália. Precisamos conversar."]

A resposta dela veio demorando alguns minutos, mas as palavras me atingiram como um soco no estômago.

[Mensagem de Eulália: "Está tudo acabado, César. Não quero mais te ver. Some da minha vida e não me procure mais."]

Bloqueado de novo. Meu sangue fervia. Ela estava brincando comigo, e eu não ia deixar barato.

Acelerei em direção ao prédio dela, a raiva e a frustração aumentando a cada quilômetro percorrido. Como ela podia pensar que ia acabar assim? Ela tinha que me enfrentar, me dizer na cara que não queria mais nada.

Cheguei ao prédio e peguei o telefone, ligando de um número privado.

— Ana Eulália, me atende, porra! — Gritei, quando ela finalmente atendeu. — Libera a entrada do prédio, precisamos conversar.

— Eu já disse que está tudo acabado, César! — A voz dela tremia, e eu senti uma pontada de algo que não conseguia identificar. Talvez fosse dor.

— Você vai ter que dizer isso na minha cara. — Respondi, tentando controlar a voz. — Não vou embora até a gente conversar.

— Vai ficar plantado, eu não vou descer e você não vai subir. — Ela gritou de volta.

Esperei, a respiração pesada. Ela precisava entender que eu não ia simplesmente desaparecer da vida dela. Não depois do que tivemos. Não depois do que ela significava para mim, mesmo que ela ainda não soubesse disso.

Saí da frente do interfone e comecei a gritar para as janelas do prédio.

— Ana Eulália! Ana Eulália Borges Faria! — Gritei, olhando para cima. — Se você não descer, eu vou pular essas grades e vou entrar à força!

Por Detrás Das Claras | Chay Suede e Alanis GuillenOnde histórias criam vida. Descubra agora