𝟐𝟏- 𝐀 𝐭𝐨𝐫𝐫𝐞 𝐝𝐞 𝐀𝐬𝐭𝐫𝐨𝐧𝐨𝐦𝐢𝐚

6 0 0
                                    

𝐏𝐨𝐯 𝐬/𝐧

O inverno havia chegado com uma força avassaladora em Hogwarts. Nevascas constantes transformaram o castelo em uma fortaleza de gelo, enquanto as temperaturas despencavam a níveis quase intoleráveis. As tempestades de neve danificaram as arquibancadas do estádio de quadribol, forçando o cancelamento de partidas e treinos. As aulas ao ar livre, como Herbologia e Trato das Criaturas Mágicas, foram adaptadas para ambientes internos, e os alunos foram severamente proibidos de circular fora do castelo durante as nevascas.

O interior de Hogwarts se tornava um refúgio caloroso, mas igualmente disputado. As salas comunais estavam repletas de estudantes aglomerados perto dos lareiras, cobertos com cobertores emprestados e conversando para se manter aquecidos. A atmosfera estava impregnada de um espírito de confraternização, apesar do frio implacável lá fora.

Na sala de Poções, a tensão estava palpável. O professor Snape, com sua habitual expressão de desdém, dava suas instruções com um tom de voz cortante. O clima dentro da sala era tão frio quanto o de fora, e os alunos se esforçavam para manter a compostura diante do rigoroso professor. S/n estava sentada ao lado de Draco Malfoy, ambos concentrados em seus frascos e ingredientes.

Durante a aula, Draco, com um sorriso travesso, cutucou a perna de S/n e passou-lhe um pequeno pedaço de papel dobrado. S/n olhou para ele com um misto de curiosidade e diversão, desdobrando o papel com cuidado. A mensagem estava escrita com a caligrafia elegante de Draco e dizia:

"Me encontra na Torre de Astronomia hoje, por favor, vá com uma roupa confortável e quente. Eu te amo.
Ass: malfoyzinho"

S/n soltou uma risada ao ler o bilhete, fazendo com que alguns olhares curiosos se voltassem para ela. O professor Snape, com seu olhar implacável, levantou uma sobrancelha ao notar o comportamento de S/n.

- O que há de tão engraçado neste papel, senhorita Black? - ele perguntou, sua voz cheia de reprovação.

S/n se levantou de sua cadeira, decidida a se divertir com a situação. Subindo em cima da mesa, ela balançou o papel diante dos olhos de Snape e, com uma voz exagerada, leu em voz alta:

- Aqui diz: "Senhores Aluano, Rabicho, Almofadinhas e Pontas, pedem para que o professor Snape não meta seu nariz exageradamente grande onde não foi chamado."

Ela piscou para o professor, que olhou para ela com um olhar de pura indignação. Draco estava lutando para conter um sorriso, enquanto Snape, visivelmente irritado, simplesmente virou-se e saiu da sala sem uma palavra.

Com o sinal indicando o fim da aula, Draco e S/n se levantaram e se dirigiram para fora da sala. A tarde estava escura, e a neve caía pesadamente, cobrindo o castelo com uma camada espessa de branco. S/n se vestiu com uma calça xadrez de moletom da casa Sonserina, um top confortável e, para seu prazer, um suéter de Draco que parecia quase como uma segunda pele. Ela se preparava para enfrentar o frio, seu coração palpitando de antecipação.

Quando chegou à Torre de Astronomia, S/n encontrou o local transformado em um espaço aconchegante. Draco havia organizado o lugar com cuidado: cobertores coloridos estavam espalhados pelo chão, e várias almofadas formavam um pequeno ninho de conforto. O ambiente era cálido e acolhedor, uma fuga do frio intenso lá fora.

Draco estava sentado entre os cobertores, seus olhos brilhando com expectativa ao ver S/n entrar. Ele se levantou rapidamente e a recebeu com um sorriso largo.

- Oi, S/n - disse ele, puxando-a gentilmente para o centro do espaço que havia preparado. - Sente-se aqui.

S/n sorriu e se acomodou ao lado dele. Ela se deixou cair sobre os cobertores, sentindo o calor que emanava deles. Draco se deitou ao seu lado, e juntos, eles observavam a vista espetacular do céu estrelado pela grande janela da torre. O contraste entre o aconchego interno e o frio exterior era notável, e o ambiente parecia quase mágico.

𝐒𝐚𝐧𝐠𝐮𝐞 𝐄 𝐏𝐨𝐝𝐞𝐫 - 𝐋𝐢𝐯𝐫𝐨 IOnde histórias criam vida. Descubra agora