EXTRA: DUMBLEDORE

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Este é um capítulo extra, que conta um pouco do passado de Dumbledore e de sua relação com o antigo Arcebispo do Sabá.

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A primeira vez que Dumbledore viu Gellert Grindelwald, Arcebispo do Sabá, ele ainda era um jovem mago. E, como tal, pôde compreender de imediato o tamanho do poder daquele vampiro.

Esmagador, assustador, quase infinito. Um Tzimisce antiquíssimo. Mais do que isso: se tratava de um assassino com sede de sangue, um verdadeiro facínora. Sem dúvidas, um monstro.

Nada disso, e contrariando qualquer lógica ou instinto de sobrevivência, serviu de impedimento para Dumbledore.

Até hoje ele se pergunta se aquele vampiro não tinha jogado Presença nele ou algo do tipo para fazê-lo cair tão fácil. Mas, no fundo, ele sabia perfeitamente bem que, por mais que gostaria que fosse, isso não era verdade.

E a verdade era uma só: Dumbledore se atirou na cama daquele vampiro por livre e espontânea vontade.

Por muitas noites, ele se deixou devorar por aquele Tzimisce. Mesmo sabendo que, a qualquer momento, o vampiro poderia simplesmente se entediar e quebrar o seu pescoço, inadvertidamente, assim como alguém estala os próprios dedos da mão.

Pior: poucas coisas o excitavam mais do que sensação de que sua vida estava sempre por um fio nas mãos daquele vampiro.

- Gosto do seu sabor - o ancião falou no seu ouvido certa vez antes de morder sua nuca.

Foi o mais perto que o vampiro chegou de ser carinhoso.

Na cama, Gellert era quase sempre agressivo e gostava de provocar dor, adorava especialmente chicoteá-lo e depois lamber o sangue das feridas abertas.

Também gostava de asfixiá-lo de vez em quando. Usava de vicissitude para fechar suas vias aéreas e só reabri-las no momento certo. Ver Dumbledore sufocando e enchendo os pulmões de ar depois de longos segundos de privação parecia excitá-lo.

- Acho que nem lembro mais como se faz. - o vampiro confessou numa dessas vezes, rindo, enquanto Dumbledore tentava recuperar o fôlego.

Frase típica de um vampiro do Sabá, que jamais teve que se importar em fingir respirar para ludibriar qualquer mortal.

Nos dias mais terríveis, quando o trabalho de Dumbledore o obrigava a dar ordens e ordens sem parar, assinar pergaminhos, impor sua autoridade, eram os que, normalmente, precediam as noites em que o mago sussurrava o nome daquele vampiro na janela do seu quarto.

E o vampiro sempre surgia por detrás dele, invariavelmente faminto pelo seu corpo.

Dumbledore não conteve um arrepio quando, numa dessas noites, as mãos fortes dele se embrenharam, sem qualquer gentileza, pelos seus cabelos vermelhos.

- Você deveria deixá-los crescer. Sinto falta de boas rédeas. - ele se queixou, puxando seus cabelos para trás para ganhar melhor acesso ao seu pescoço.

Foi o suficiente para que, tempos depois, o respeitado líder da Ordem de Hermes se postasse de quatro na cama para ser cavalgado a noite toda pelo ancião Tzimisce, a mão direita do vampiro puxando seus cabelos compridos com firmeza, a esquerda estalando o chicote, inclemente, contra a sua pele.

Dumbledore existia para atender aos caprichos daquele homem.

Ele até gostaria de poder dizer que odiava todas aquelas sessões de tortura sexual que sofreu ao longo dos anos, que era secretamente forçado a se submeter a tudo aquilo pela influência do sangue vampírico do seu amante, mas seria uma mentira.

Sangreal (wolfstar) (drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora