Notas:
Aviso: Este capítulo contém descrições explícitas de sexo.
Snape não se curvou.
Snape jurou a si mesmo que nunca mais se curvaria.
O Arcebispo percebeu, mas nem por isso deixou morrer o sorriso estampado em seu rosto.
- Ora, mal posso crer em meus olhos... - Voldemort falou, descansando o queixo na mão ossuda, como se admirasse a figura sombria toda vestida de negro a sua frente. - Faz tempo que você não atende os meus chamados, Severus... Eu já estava começando a me sentir preocupado.
- Tenho estado atarefado. - Snape se justificou sem contudo se preocupar em parecer verdadeiro. Na verdade, ele não se preocupava particularmente com mais nada.
- Você parece um pouco aborrecido, meu amigo. Posso saber o motivo?
Snape teve vontade de dizer para o Arcebispo que ele certamente sabia muito bem o motivo do seu aborrecimento, mas conteve-se; sua figura permaneceu impassível e seu silêncio foi tudo que Voldemort recebeu dele.
- Ah... não me diga que você ainda está chateado por conta daquele incidente? - Voldemort decidiu ir mais fundo ao perceber que não conseguiria nada com simples insinuações.
- Não foi um incidente. - Snape o corrigiu, sua voz parecia mais rouca do que nunca.
- Mas, você não acha que no fundo as coisas acabaram sendo melhores pra você? - O vampiro argumentou, com um sorriso divertido no rosto.
- Por favor, me esclareça de que forma as coisas ficaram melhores pra mim. - Snape perguntou, querendo ser cínico.
- Isso depende. Se você gastar mais um pouco do seu tempo aqui, me servindo... Quem sabe eu não te premie bem?
As sugestões escondidas por detrás daquela frase deixaram Severus com vontade de simplesmente dar as costas para o Arcebispo e nunca mais voltar. Não mais entraria no jogo daquele vampiro. Não era nenhum maldito neófito pra ter que se subordinar às suas ordens e nenhum benefício no mundo parecia ser atraente a ponto de convencê-lo a seguir aquele crápula.
- Aprecio muito a sua oferta, mas me vejo forçado a recusar. - Ele respondeu, talvez um pouco polido demais. - E agora, se me dá licença...
- Não, não... - Voldemort levantou a mão, interrompendo a fala do outro. - Não quero que você me dê sua resposta agora. Antes, venha dar um passeio pelo castelo comigo. Quero te mostrar algumas coisas...
Voldemort levantou-se de seu trono, sua figura extremamente esguia e pálida ainda mais evidente enquanto ele andava em direção a Snape com uma elegância inquestionável. O Arcebispo tomou o braço do Lasombra, que, apesar de ter odiado o gesto de intimidade, não se afastou, e o conduziu para fora do salão principal.
Os dois desceram as escadas poeirentas. Voldemort não demonstrava qualquer pressa, e Snape acompanhava as passadas do Arcebispo aparentando naturalidade, mesmo que sua vontade real fosse de cravar as presas naquele pescoço repugnante e sugá-lo até que ele morresse, para só então cuspir todo aquele sangue nojento fora.
Desceram até um lugar extremamente escuro e opressivo, com um cheiro nauseante de vômito, dejetos e sangue seco. Snape sabia que se tratava de uma masmorra, mas não se deixou abater por esse pensamento. Estava pra nascer o vampiro com poder suficiente para aprisioná-lo em algum lugar.
Os dois andaram por um longo corredor, percorrendo as dezenas de celas que se enfileiravam na medida em que caminhavam, gritos agonizantes vindos de algumas delas.
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Sangreal (wolfstar) (drarry)
Fiksi Penggemar"Harry não pôde deixar de sentir uma pontinha de satisfação sádica ao ver Draco se aproximar de si com o nariz empinado a ponto de transformar em proeza o fato dele não tropeçar no meio do caminho. Parecia estar doido para esfregar sua baixa geração...