Capítulo 25

2 0 0
                                    


Notas:

Aviso: Este capítulo contém descrições explícitas de sexo e um pouco de violência.


::::::::::


Draco compreendeu o significado daquela cena de imediato e, quando seus olhos tornaram a se levantar para encarar os do mestre, havia um tom defensivo neles.

- Como você é tolo, meu filho. - Lucius falou tranquilamente, se utilizando da ajuda de sua bengala para descer três degraus antes de continuar - se queria saber alguma coisa a meu respeito, bastava me perguntar e eu teria prazer em responder.

- Verdade? - Draco perguntou, em tom irônico - Mesmo se eu lhe perguntasse se o senhor faz parte do Sabá?

Draco sabia que não deveria responder daquele jeito. Também sabia, melhor do que ninguém, que aquele desafio poderia lhe custar a vida. Mas, naquele momento, simplesmente não se importou. Só de pensar que seu próprio mestre estava traindo a Camarilla, seu sangue fervia de raiva. Ainda mais quando viu que Lucius não demonstrava qualquer surpresa e nem sequer pretendia se defender da acusação que ele acabara de fazer.

Por um segundo, Draco chegou a pensar que seria melhor se seu mestre tivesse ficado indignado a ponto de matá-lo. Mas, a realidade era que Lucius apenas descia os demais degraus, até ficar frente a frente com ele, com um sorriso cínico enfeitando sua face.

- Como sempre você faz as perguntas erradas, meu filho. - o sorriso se abriu ainda mais - de que importa isso?

- Como assim? Isso é tudo o que importa! - Draco explodiu - O senhor mesmo me ensinou que o clã Ventrue é um pai da Camarilla!

Dessa vez, Lucius deu uma gargalhada franca antes de responder:

- Você está certo quando diz que somos os pais da Camarilla, Draco. Mas, nós, pais, temos poder absoluto sobre os nossos filhos... Você não concorda que é dever de um pai corrigir um filho quando percebe que ele está indo pelo caminho errado?

Draco apenas balançou a cabeça em negação, sem acreditar no que estava ouvindo.

- Humanos são lixo, Draco. São como bois no matadouro, esperando pacientemente pela hora da morte. Criaturas frágeis... mortais... - Lucius fez uma pausa, sem parar de observar o rosto transtornado de sua cria - Humanos são ração, e nada mais do que isso.

- Eu nasci humano. E o senhor pode ter esquecido disso depois de tantos anos, mas, um dia, foi humano também.

- Assim como o feto cresce na barriga da mãe antes de ver a luz e despertar para uma existência superior, Draco, EU te dei as trevas, com a MINHA vitae . E agora, chegou a hora de você demonstrar sua gratidão.

- Demonstrar minha gratidão? - Draco perguntou, achando incrível que seu mestre estivesse falando de gratidão num momento como aquele - Como exatamente?

- Sim, meu querido filho, demonstre sua gratidão juntando-se a mim e atraindo para cá um certo cainita perdido de casa. Se eu puder presentear o nosso Arcebispo com a cabeça dele numa bandeja de prata, tenho certeza que o meu lugar a sua direita estará sempre garantido.

A simples imagem da cabeça de Harry numa bandeja fez o coração de Draco gelar. E sua expressão de desgosto foi tão evidente que Lucius notou.

- O que foi? Não me diga que não pode fazer uma coisa tão simples.

- E... ele é protegido do Príncipe. - Draco gaguejou, dando um passo atrás - e nós juramos lealdade... Eu trouxe o seu convite para a reunião da primigênie, que é para onde o senhor deveria ir, ao invés de ficar aqui conspirando.

Sangreal (wolfstar) (drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora