Capítulo 29

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Notas:

Aviso: Este capítulo contém descrições explícitas de violência.
Alerta: Morte de personagem.

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Voldemort não pôde deixar de sorrir ao rever aquele velho vampiro depois de mais de um século.

- Você não mudou nada. Continua sendo o mesmo velhote medíocre.

Dumbledore não retribuiu o sorriso e nem o insulto, mais preocupado em procurar qualquer vulnerabilidade naquele vampiro a qual pudesse aproveitar. Por menor que fosse.

- Não adianta. Você sabe que não é capaz de nos matar. - o Tzimisce quis açoitá-lo com palavras e usou o plural como uma arma.

- "Nos matar"? - Dumbledore arqueou uma sobrancelha - Você realmente acha que usá-lo como refém vai me deter?

Voldemort fez uma pose teatralmente pensativa antes de responder:

- Sim. Definitivamente. Você é patético a este ponto.

A resposta veio na forma de um soco no queixo.

- Você pensa assim porque não sabe por quantos anos eu desejei partir essa sua cara deformada ao meio.

- Uau! - Voldemort exclamou, debochado, enquanto, acariciava o próprio queixo para reconstituir o osso quebrado com vicissitude.

E, logo em seguida, veio a resposta surpreendentemente rápida, pegando Dumbledore de surpresa. Em milésimos de segundos, o Tzimisce estava atrás do corpo dele, falando em seu ouvido enquanto torcia o seu braço esquerdo dolorosamente para trás.

- Vou te confessar uma coisa... - o vampiro então se interrompeu para forçar o braço do Tremere lentamente para trás até um terrível barulho de osso quebrado se fazer ouvir, seguido por um grito desesperado de dor - por culpa dele, fazer isso daqui me dói muito mais do que qualquer coisa que você possa fazer contra mim.

A dor alucinante do ombro partido se seguiu à dor aguda de sentir seu braço ser imediatamente reconstituído com a vicissitude do inimigo.

- Mas, sabe? Este é um sofrimento que eu estou muito disposto a suportar. - ele continuou e, num movimento brusco, tornou a quebrar o mesmo osso, no mesmo lugar.

Dumbledore definitivamente não esperava por isso. Ele sabia que seu inimigo era poderoso, mas pensava que seria uma luta mais equilibrada.

- Surpreso? - era como se ele pudesse ler seus pensamentos - não imaginava que o seu querido amante fosse assim... tão forte? E não é curioso que um vampiro tão forte tenha sucumbido para um neófito? Consegue adivinhar qual foi o motivo?

Voldemort então pinçou a rachadura no ombro do oponente com os dedos, fazendo-o se retorcer miseravelmente e, então sussurrou no seu ouvido.

- O motivo foi você!

Todos os músculos da face de Dumbledore pareceram se contrair de tanto asco e ódio. Indiferente a isso, Voldemort o empurrou para o chão, colocando o pé numa de suas costelas, mas antes que pudesse esmigalhar o osso como planejava, sentiu o peso de alguém se atirando nas suas costas, seguido por uma mordida em seu ombro.

Foi só quando ouviu os grunhidos que ele percebeu que estava sendo atacado por um lobisomem.

E não era um lobisomem comum. Era uma abominação. Um lobisomem abraçado. Quase nada era mais poderoso do que aquilo. O peso da mordida não afrouxou nem quando as mãos de Voldemort descolaram a pele das costas do lobisomem com vicissitude.

Dumbledore riu, satisfeito. A presença de Remus ali só poderia significar uma coisa: ele havia vencido a batalha contra Greyback, conseguido salvar o caern e derrotado o Sabá - Sinto informar que você chegou bem perto, mas seus planos de tomar todos os nodos e usá-los contra mim acabam de ir por água abaixo.

Sangreal (wolfstar) (drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora