Teenager Sucks - Winrina

Em cana

Karina entrou em casa tremendo, mas não pelo frio.

Seu coração estava acelerado e suas respiração toda irregular, certeza que se ficasse na frente da Kim mais uns minutos ela veria como ficou toda mole. Mas aquilo nem fazia sentido.

Foi só um beijo, não durou nem cinco segundos.

Mas deixou seu corpo todo eletrizado só de sentir os lábios frios de Minjoeng contra os seus que estavam quentes pelo cigarro. Eram macios e tinham um gosto bom, parecia beijar uma bala de tutti frutti.

Andou até a sala e sua alma quase saiu do corpo quando viu a figura da sua mãe sentada na sala. Estava de uniforme, já ia sair para pegar o turno da noite.

Na mesinha da sala estava sua pistola. Engoliu em seco, rezando para ela não ter visto nada.

— Que cara é essa, viu um fantasma? — A mulher mais velha perguntou.

— Nada — Respondeu quase prendendo a respiração — Tô cansada, vou dormir — A sua voz saiu tão robótica que sua mãe só poderia estar muito imersa no programa de Tv pra não perceber.

Nem esperou uma resposta e correu subindo as escadas, entrando no quarto e batendo a porta. Jogou a carteira de cigarro na mesa e passou as costas da mão pelos olhos, andando de um lado para o outro.

— Que merda — Suspirou frustrada, a cabeça estava pra pegar fogo, tudo por causa de Minjeong e de um beijo que mal durou cinco segundos — Sua vadia.

Xingar ela era tudo que lhe restava. Estava um misto de ansiedade e raiva, foi sua primeira vez beijando uma mulher, fazer aquilo era quebrar a ideia que sempre rodou sua cabeça desde criança.

Fazer aquilo, beijar uma garota era errado. Mas não parecia tão errado quando se tratava de Minjeong.

(...)

Minjeong estava com um peso de consciência insuportável.

Estar com Chaehyun começou a lhe deixar bastante deprimida, mas não pela mais velha ser chata ou algo assim, e sim porque toda vez que olhava para ela, pensava em Karina.

Estava ficando insuportável, tinha sido apenas um selinho idiota, tão curto quanto o bater de asas de um beija flor, mas aqui estava ela, pensando nele no momento em que Chaehyun estava por cima de seu corpo, beijando todo seu pescoço enquanto uma mão viajava por baixo de sua camisa.

Estavam em seu quarto, só Giselle estava em casa e parecia uma boa uma rapidinha, mas não estava funcionando tão bem. Se tivesse um pau com certeza estaria mole.

Talvez fantasiar a Karina ali não fosse a pior das ideais, era horrível com Chaehyun, mas era melhor do que fingir tesão.

— Minjeong...

Fechou os olhos imaginando a voz grossa e lhe chamando. O cabelo preto comprido um pouco bagunçado e os lábios brilhando.

— Minjeong!

Abriu os olhos.

Chaehyun estava com a testa franzida. Droga.

— Oi? — Perguntou com a sobrancelha arqueada.

— Quem é Karina?

— Que? — Disfarçou o melhor que pode.

— Você acabou de falar o nome dela.

Gelou. Puta que pariu. Era hora de se fazer de doida.

— Até parece — Sorriu de canto fingindo achar aquilo ridículo — Você bebeu antes de vim?