— Deixa eu ver se entendi. Um porre entrou na loja, tentou assaltar com um canivete e você foi pra cima dele? — Taeyeon a olhou séria.
Minjeong assentiu.
— É por isso que esse país tá assim, deixam nossa segurança por conta de adolescentes magrelas — Sooyoung espalmou a mão na mesa, estava bêbada para variar.
A festa deu uma pausa desde que Minjeong passou pela porta com a cara toda machucada. Agora, a família inteira estava reunida na cozinha. Taeyeon limpava o rosto da filha com um lenço molhado, começando a cogitar por ervilhas congeladas no hematoma.
— Aqui, — Irene deu na mão da irmã o remédio com um copo d'água — Vai ajudar.
— Valeu — Tentou sorrir, mas seu rosto doía — Pessoal, não deixem a festa acabar por minha causa. Eu cheguei salva, podem ir se divertir, ainda são... — Levantou o pulso para ver as horas em seu relógio, mas a lente estava trincada e toda arranhada, provavelmente pela briga — Aposto que nem são onze.
— Como quer que eu fique em clima de festa com você chegando em casa toda arrebentada? — Taeyeon pôs as mãos na cintura enquanto batia o pé no chão.
Minjeong olhou de rabo de olho e viu Giselle de braços cruzados, toda desconfiada. Ela provavelmente sabia o que acontecera. Ningning também estava lá, quer dizer, o corpo sim, mas a garota estava sozinha na sala jogada pelo sofá.
— Tae, eu concordo com a Min. Não tem porque ela mentir pra nós, fora que você sabe como esse bairro é cheio desses trombadinhas — Yuri apoiou a mão no ombro da amiga — Vamos cortar o bolo, aposto que você tá faminta — Olhou para Minjeong, que assentiu — Viu só? Aeri, me ajuda com o bolo.
Giselle assentiu com a cabeça e foi ajudar a mãe. Ela não sabia mesmo disfarçar e a Kim estava com um puta medo dela deixar escapar algo.
Minjeong estava sentada na cadeira da mesa de jantar com Hyoyeon, que tinha a cabeça enterrada na mesa, Sooyoung ainda parecia ter um resto de consciência e seu tio Kibum parecia estar bem melhor que elas. Irene já tinha ido para seu quarto. Não era uma garota muito social. Só Taeyeon que não saía do lugar, em pé na frente da filha.
— Mãe, por favor, eu falei a verdade. Amanhã vou tá nova em folha, não tem com que se preocupar. Eu já tenho dezessete.
— Exato Minjeong, você só tem dezessete anos. Como esse gerente de loja irresponsável não põe um segurança, uma câmera, não dá uma arma pra vocês, sei lá — Puxou uma cadeira e se sentou de frente para a filha, limpando seu rosto — Sooyoung, liga pro Minho amanhã e pede pra ele trazer o currículo aqui em casa.
— Hmm... — Sooyoung assentiu enquanto olhava o pedaço de bolo que Giselle lhe servia.
— Minho? Pra que você quer o currículo dele? Não tem nada lá — Yuri franziu a testa enquanto cortava as fatias.
— Ele pode ser um imprestável que não sabe fazer nada, mas pelo menos ele é grande e consegue fazer cara de mal pra espantar esses bêbados da loja.
— Espera, a senhora vai mandar o currículo dele pra loja? — Minjeong arqueou as sobrancelhas.
— E você vai levar e mostrar para o seu gerente, é claro que ele vai ser esperto o bastante e contratar um morto de fome que só precisa de um sanduíche de salário.
Minjeong ia abrir a boca e rebater, contudo, sua mãe estava nervosa e de cabeça quente. Deixaria-a falar o que quisesse até passar toda essa carga de preocupação que tinha no peito.
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Teenager Sucks - Winrina
RomanceO tiro saiu pela culatra ao tentar dar uma de heroína dos desfavorecidos. Agora, Minjeong arrumou sérios problemas com a "criminosa de guerra" Karina, e tudo só parece piorar quando ela descobre seu segredo. É um perfeito caos, seu mundo virou de po...