5~O retorno

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Assim que bateu meu horário, fui para casa. Eu passei a morar num pequeno apartamento na cidade de Seul, já que consegui meu trabalho, morar lá é bem mais perto do que na casa da mamãe. Eu jantei e fui tomar banho logo em seguida. Depois que tomei banho, fui para a sala ver algo na televisão, já que ainda eram 10 horas da noite. Fico até me bater o sono, então vou para meu quarto, apagando todas as luzes, deixando a casa num breu.

Já é meia noite, estou na minha cama, quase pegando no sono. Foi quando ouvi algo vindo da porta de entrada. Eu não ligo muito, até ouvir novamente. Eu saio do quarto, então uma voz masculina começa a gemer meu nome. Meu me aproximo da porta, olhando pelo olhão da porta. Para minha surpresa, Jung está na porta. Não penso duas vezes e logo abro.

- Jung-woo?! - eu digo.

Ele parece sem forças, até que eu vejo que sua mão está segurando seu abdômen, o qual escorre muito sangue.

Eu trago ele para dentro e o sento no sofá.

- O que aconteceu!?

- O... Pa... Papai...

- O que tem ele?

- Ele... Me... Atacou...

Ele tosse um pouco de sangue. Pelo visto, ele foi atacado num órgão importante...

- Eu vou chamar uma ambulância!
Eu tento me levantar, mas Jung segura meu braço, sujando de sangue. Eu me viro.

- Não... Faz isso...

- Por quê?

- Se... Eu for... - ele tosse. - Ele vai saber... Que você mora... Aqui... - tosse.

- Deixa eu chamar logo! Eu não ligo se eu morrer, mas você... Me importo muito mais!

Ele ia falar algo, mas o interrompi.

- Para de falar! Vai piorar sua condição atual!

Eu me solto de Jung e pego o celular, chamando por uma ambulância.

~NO HOSPITAL~

Jung está na sala de cirurgia, e eu fico do lado de fora, andando de um lado para o outro sem parar. Então um médico vem até mim.

- Ei, doutor? Como Jung está?

Ele abaixa a cabeça e suspira.

- Eu sinto muito...

Na mesma hora, minhas pernas perdem as forças, me fazendo cair de joelhos no chão. Eu me desabo no choro. "Jung, seu idiota! Veio me ver só quando estava morrendo?...". Ao mesmo tempo que eu estou triste, também estou cheio de raiva...

Depois de umas horas, uma enfermeira me chama para me despedir do corpo de Jung. Eu olho seu corpo quase nu, com as marcas dos cortes da cirurgia.

- O que pretende fazer com o corpo? - pergunta um dos cirurgiões.

Eu suspiro.

- Pode cremar.

- Está bem...

No outro dia eu tenho que ir trabalhar. Eu chego na sala do meu departamento. Me sentando na minha mesa, com uma expressão triste, mesmo que eu tente disfarçar.

Kai percebe e vem até mim.

- Aconteceu algo? Parece triste.

- Meu irmão... - suspiro. - Morreu.

- Sinto muito... Sei como é a dor de perder alguém.

Ele acaricia meu ombro. Aquilo me faz me sentir um pouco melhor.

- Obrigado...

Shin entra na sala, nem ligando para minha presença. "Será que ela ainda está com raiva?".

- Temos um novo caso, Kai!

- Qual?

- Assassinato.

Kai se espanta.

- A-assassinato?

- Serial Killer! - ela põe umas papeladas na mesa central.

Eu e Kai nos aproximamos.

- Pelo visto, o primeiro caso aconteceu há quase 2 anos.

- Mas só foram correr atrás agora? - eu pergunto, mas ela ignora.

Kai pergunta o mesmo que eu.

- Pelo visto, sim. - ela responde.

"Essa garota já está me irritando..."

- Quem foi a primeira vítima? - pergunta Kai.

- Não temos vítimas mencionadas, só um suspeito. Um tal de Pyeong Hyun-soo.

"Esse nome me é familiar..."

- Ele já teve passagem pela polícia, não teve? - pergunta Kai.

- Sim, por agressão doméstica e uma denúncia anônima por espancar um adolescente.

"Mas que merda! Esse é o nome do meu pai adotivo?!".

Kai me olha.

- Parece surpreso, conhecia ele?

Talvez meu pensamento tenha refletido na minha cara... Eu coço a nuca.

- Bom... Digamos que sim. Mas aonde foi o último lugar que ele foi?

- Acho que num bar, ou algo do tipo.

- Vamos investigar isso melhor, Kai! - diz Shin.

- Me deixe ir junto! - eu falo alto.

- Eu já não disse que não quero mais trabalhar com você?

- Independente, Shin! Somos uma equipe, trabalhamos juntos mesmo que não gostemos.

- Não gostar e odiar é diferente!

"O que ela quer dizer com isso?"

𝐏𝐞𝐫𝐢𝐠𝐨 𝐞𝐦 𝐒𝐞𝐮𝐥: 𝑢𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝐾𝑖𝑙𝑙𝑒𝑟 01Onde histórias criam vida. Descubra agora