19~O enigma de Park Ji-eun (parte III)

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Depois de nossa conversa com Kim Seok-jin, voltamos ao hotel para discutir nossas descobertas. A sensação de que estávamos nos aproximando de algo grande nos mantinha alertas, mas ainda havia muitas perguntas sem resposta.

- Essa investigação está demorando mais do que eu esperava... - diz Kai, exausto.

Enquanto discutíamos nossas próximas ações, uma ideia me ocorreu.

- E se a tatuagem de Ji-eun estiver ligada a algo maior? Algo que não estamos vendo?

Shin franziu a testa, visivelmente desconfortável.

- O que você quer dizer?

- Eu já ouvi falar de uma organização secreta. - comecei, hesitante. - Uma organização de pessoas com poderes e habilidades especiais. E se Ji-eun fazia parte disso?

Kai, sempre amigável, tentou manter o tom leve.

- Você está falando de superpoderes agora, Lee? Isso parece coisa de filme.

Shin, por outro lado, não conseguiu esconder sua inveja.

- Lee, sabemos que você deve gostar muito de teorias conspiratórias, mas isso parece um pouco exagerado.

- Eu sei que parece loucura. - insisti. - Mas eu já encontrei pessoas com habilidades especiais antes. E se Ji-eun era uma delas?

Antes que pudessem responder, a porta do saguão se abriu e uma jovem entrou. Ela tinha cabelos curtos e olhos brilhantes, e parecia estar procurando por alguém. Quando nossos olhares se encontraram, ela sorriu e veio direto até nós.

- Lee! - exclamou ela, animada. - Faz tempo que não nos vemos!

- Aiko? - perguntei, surpreso. - O que você está fazendo aqui?

Aiko, uma metamorfa adolescente que eu havia conhecido em uma investigação anterior, sorriu.

- Eu soube que você estava investigando algo grande e decidi ajudar.

- Seus pais deixam você viajar sozinha?

- Não, mão deixam, mas quem liga, né? - ela sorri de forma brincalhona.

Kai e Shin trocaram olhares confusos.

- Quem é ela? - perguntou Kai.

- Essa é Aiko. - expliquei. - Ela é uma metamorfa. Pode mudar de forma.

Kai riu novamente.

- Sério, Lee? Agora você está trazendo adolescentes com superpoderes para a investigação?

Aiko franziu a testa.

- Eu sei que parece difícil de acreditar, mas é verdade. E eu posso provar. - disse ela.

Antes que pudéssemos dizer mais alguma coisa, Aiko se concentrou e, diante de nossos olhos, transformou-se em uma cópia exata de Shin. Kai ficou boquiaberto, e Shin deu um passo para trás, surpresa.

- Isso é... incrível. - disse Shin, finalmente acreditando.

Kai balançou a cabeça, ainda tentando processar o que havia visto.

- Ok, talvez haja algo mais nisso do que pensávamos.

Aiko voltou à sua forma original e sorriu.

- Eu soube que vocês estão investigando a morte de Park Ji-eun. Ela fazia parte da organização de pessoas com habilidades especiais. A tatuagem dela era um símbolo de pertencimento.

- Então, minha teoria estava certa. - disse, sentindo uma mistura de alívio e preocupação. - Mas por que alguém a mataria?

- Há muitas razões. - respondeu Aiko, séria. - Inveja, medo, poder, traição. Precisamos descobrir quem está por trás disso e por quê.

- Você pode nos ajudar? - perguntou Shin, agora completamente convencida.

- Claro. - respondeu Aiko. - Estou aqui para isso.

Enquanto Aiko falava, uma lembrança surgiu na minha mente.

- Eu me lembro de uma imagem. - disse, pensativo. - No livro que encontrei no depósito de madeira antes. Havia um símbolo muito parecido com a tatuagem de Ji-eun.

Shin olhou para mim, curiosa.

- Você acha que pode haver uma conexão?

- Sim. - respondi. - O livro falava sobre poderes e origens, como surgiu essas novas gerações de pessoas com habilidades, mas também falava sobre uma antiga organização de pessoas com habilidades especiais. Talvez Ji-eun estivesse envolvida com eles.

Kai assentiu.

- Isso faz sentido. Precisamos investigar mais sobre essa organização e ver se encontramos alguma ligação com Pyeong Hyun-soo.

- Acho que não será tão fácil... - diz finalmente Aiko, com a mão no queixo, pensativa.

- Por que não seria? - pergunta Kai.

- Bom... Eu sou de uma organização dessas, mas não essa da tatuagem de Ji-eun. Meu chefinho nos guarda e esconde com cuidado e carinho. Talvez o chefe dela fosse do mesmo jeito, não?

Nossos pensamentos pairam no ar, deixando um silêncio no lugar das palavras. "Talvez isso seja um... Problema?"

Continua...

𝐏𝐞𝐫𝐢𝐠𝐨 𝐞𝐦 𝐒𝐞𝐮𝐥: 𝑢𝑚 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝐾𝑖𝑙𝑙𝑒𝑟 01Onde histórias criam vida. Descubra agora