Capítulo 7 - No Coração do Jogo

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(Versão de Draco Malfoy)

Depois de ter lidado com a perspicaz Pensy Parkinson, Draco sentiu uma onda de frustração misturada com uma sensação de alívio. Pensy estava sempre pronta para descobrir os segredos dos outros, e Draco sabia que a Slytherin não desistiria até que obtivesse o que queria. No entanto, ele estava determinado a manter o que estava acontecendo entre ele e Chiara em segredo, pelo menos por enquanto.

Durante o dia, os encontros entre Draco e Chiara eram frequentemente inesperados e carregados de uma tensão palpável. Cada vez que seus caminhos se cruzavam, havia um instante de eletricidade no ar, um sentimento de que algo estava prestes a acontecer. Esses encontros eram carregados de olhares significativos, toques discretos e sorrisos carregados de significado. Draco estava constantemente lutando contra o desejo de demonstrar seus sentimentos em público, especialmente considerando a presença constante de Pensy e sua capacidade de observar cada movimento.

Chiara parecia entender a complexidade da situação, mas também parecia disposta a explorar o que estava acontecendo entre eles. Ela respondia aos olhares de Draco com um brilho em seus olhos, e o simples contato físico, como uma mão que roça a dele ou um toque leve no braço, enviava ondas de desejo através de Draco. No entanto, havia um entendimento tácito de que eles precisavam manter as aparências, pelo menos até que tivessem um momento mais privado para discutir o que estava se formando entre eles.

Draco estava sempre com a sensação de que queria beijá-la, de que precisava tocar aqueles lábios novamente, mas as circunstâncias não eram as mais apropriadas. Pensy e outros colegas pareciam sempre estar por perto, observando cada movimento, e isso estava criando uma tensão adicional. Draco sentia-se dividido entre o desejo de estar perto de Chiara e a necessidade de proteger o que eles estavam construindo.

Ao final do dia, depois de uma série de encontros casuais e de olhar para Chiara através de uma sala cheia de estudantes, Draco decidiu que não podia mais esperar. Ele precisava de um momento para realmente conversar com ela, sem interrupções, sem a presença constante de curiosos. E, claro, sem a intromissão de Pensy.

Depois de uma aula especialmente longa e cansativa, Draco avistou Chiara saindo da biblioteca. Ele esperou até que os corredores estivessem relativamente vazios e, então, seguiu-a discretamente, certificando-se de que ninguém estivesse por perto. Finalmente, encontrou um canto tranquilo, uma pequena alcova escondida atrás de uma das muitas tapeçarias que adornavam o castelo. Era o lugar perfeito para um encontro privado.

Com um olhar decidido, Draco se aproximou de Chiara e, sem dar espaço para discussões, a puxou gentilmente para o canto vazio. O movimento foi rápido, mas cuidadoso, garantindo que ela não se sentisse pressionada. Quando ela estava finalmente na alcova, ele se virou para ela, sua expressão uma mistura de urgência e suavidade.

— Chiara, precisamos conversar — disse Draco, a voz grave e baixa, mas carregada de uma emoção que ele estava tentando controlar.

Chiara olhou para ele com uma expressão de surpresa e curiosidade. Havia uma intensidade nos olhos dele que a fazia sentir um frio na espinha, uma sensação de que algo importante estava prestes a ser revelado. Ela respirou fundo, tentando se preparar para o que ele poderia dizer.

— O que foi, Draco? — perguntou Chiara, sua voz um pouco hesitante, mas também ansiosa. — Por que nos encontramos aqui?

Draco deu um passo mais perto, seu olhar fixo no dela. Ele podia sentir a tensão entre eles, quase palpável. Com um gesto suave, ele tocou a face dela, seus dedos roçando gentilmente a pele quente.

— Não podemos continuar assim — ele murmurou, inclinando-se para que seus lábios quase tocassem os dela. — Eu quero... eu preciso saber o que você realmente quer. O que isso significa para você.

Chiara sentiu um tremor ao ouvir suas palavras, o desejo nos olhos dele era evidente, e ela sabia que o que estava acontecendo entre eles estava crescendo de maneira rápida e intensa. Ela sentia o mesmo desejo, mas também havia uma parte dela que estava hesitante, que queria ter certeza de que estava tomando as decisões certas.

— Draco, eu... — começou ela, a voz um pouco instável. — Eu não sei como definir o que está acontecendo entre nós. É tudo tão novo e intenso, e eu não quero que isso seja um erro.

Draco a olhou com uma mistura de frustração e ternura. Ele podia sentir o desejo fervendo dentro dele, a necessidade de estar com ela, de explorar o que estava acontecendo entre eles. Mas ele também entendia a hesitação dela, a necessidade de esclarecer as coisas antes de avançar.

— Eu entendo, Chiara — disse ele, sua voz suavizando. — Eu só não posso continuar esperando sem saber onde estamos. Quero estar com você, quero saber o que isso significa para nós.

Com um gesto suave, Draco aproximou-se ainda mais, seus lábios finalmente encontrando os dela em um beijo profundo e intenso. Foi um beijo que transmitiu todas as emoções que ele estava sentindo: desejo, frustração, e a necessidade de conexão. Quando se separaram, seus olhos se encontraram novamente, e ele a segurou mais firmemente, mas com uma ternura que mostrava o quanto ela significava para ele.

— Vamos fazer isso juntos, Chiara — disse Draco, sua voz um sussurro. — Vamos descobrir isso um dia de cada vez.

Chiara assentiu, seus olhos brilhando com uma mistura de emoção e determinação. Ela sabia que o que estava começando entre eles era algo complexo e desafiador, mas estava disposta a explorar isso, a ver onde esse caminho os levaria.

Enquanto Draco a conduzia de volta para os corredores, eles estavam cientes de que haviam dado um grande passo. O jogo estava se tornando mais sério, e agora eles estavam prontos para enfrentar o que viesse a seguir, juntos.

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