Capítulo 8 - Borboletas e decisões

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(Versão de Chiara)

Chiara sentiu um turbilhão de emoções quando Draco a beijou naquela alcova escondida. O beijo foi profundo e carregado de sentimentos que ela ainda estava tentando entender. Assim que se separaram, um milhão de pensamentos e sensações a invadiram, como uma enxurrada de borboletas batendo freneticamente em seu estômago. Ela estava completamente absorvida por Draco, desejando estar com ele e explorando o que estava nascendo entre eles.

A sensação era tão intensa que Chiara teve dificuldade em se concentrar em qualquer outra coisa. Cada toque, cada olhar, cada palavra de Draco parecia reverberar em sua mente, criando uma cacofonia de desejo e ansiedade. Ela sabia que precisava manter a compostura, não queria parecer desesperada ou ansiosa demais. Ser "marrenta", como costumava dizer, era uma forma de proteger seu coração e de manter uma certa dignidade. Era essencial para ela manter o equilíbrio, apesar da tempestade de sentimentos que estava enfrentando.

Enquanto caminhava pelos corredores de Hogwarts, tentando não se deixar consumir pelo pensamento constante em Draco, Chiara sabia que precisava ter uma conversa com ele. A noite prometia ser cheia de mais descobertas e revelações. Mas, ao mesmo tempo, ela estava ciente de que essa conversa precisava ser bem pensada. Eles precisavam discutir o que realmente estava acontecendo entre eles, e isso exigiria honestidade e clareza de ambos os lados.

Chiara tentou se concentrar em sua rotina, participando das atividades e das aulas do dia, mas tudo parecia passar em um borrão. A presença constante de Pensy Parkinson, com seus olhares curiosos e seu comportamento incisivo, não ajudava. Era como se ela estivesse sempre ali, monitorando e avaliando, e isso aumentava a pressão que Chiara sentia.

Ao final do dia, Chiara se preparou para a noite que viria. Ela estava decidida a manter a calma e a clareza durante a conversa com Draco. Embora o desejo de estar com ele fosse forte, ela sabia que precisava de um espaço para articular seus pensamentos e sentimentos sem parecer impulsiva.

Quando a noite caiu, Chiara fez um esforço consciente para não parecer ansiosa enquanto se dirigia para o local onde haviam combinado de se encontrar. O castelo estava silencioso e as sombras dançavam nas paredes, criando um ambiente que parecia tanto convidativo quanto inquietante. Chiara entrou na sala reservada, uma pequena biblioteca em um canto do castelo, que costumava ser um lugar tranquilo e pouco frequentado.

Draco já estava lá, esperando por ela com uma expressão de expectativa misturada com uma leve ansiedade. Quando ela entrou, ele se levantou e a cumprimentou com um sorriso que, embora contido, transmitia um calor que Chiara achou reconfortante.

— Oi, Chiara — disse Draco, sua voz suave e um pouco tensa. — Obrigado por vir.

Chiara acenou com a cabeça, tentando manter a calma. Ela se aproximou e se sentou em uma das cadeiras, sentindo o peso da conversa iminente. Draco fez o mesmo, sentando-se de frente para ela, seu olhar atento e esperançoso.

— Draco, eu... — Chiara começou, sua voz um pouco hesitante, mas determinada. — Eu não quero que pense que estou sendo impulsiva, mas depois do que aconteceu entre nós, eu acho que precisamos falar sobre o que isso realmente significa.

Draco assentiu, compreendendo a seriedade do momento. Ele se inclinou um pouco para frente, prestando total atenção a cada palavra dela.

— Eu também sinto que precisamos esclarecer as coisas — disse Draco, sua voz carregada de sinceridade. — O que nós dois sentimos é real, e eu quero entender melhor o que isso significa para nós.

Chiara respirou fundo, tentando organizar seus pensamentos. Ela sabia que não era fácil expressar todos os sentimentos que estavam borbulhando dentro dela, mas era essencial que eles fossem claros um com o outro.

— Desde que nos conhecemos, eu senti uma conexão forte — começou Chiara, olhando nos olhos de Draco. — E o beijo que tivemos foi... bem, foi intenso e emocionante. Mas eu também sinto que precisamos definir o que queremos, onde estamos indo. Não quero que isso seja apenas um jogo para nenhum de nós.

Draco a ouviu com atenção, seus olhos fixos nos dela, captando cada nuance das suas palavras. Ele podia ver a sinceridade em seu rosto e, ao mesmo tempo, sentia um desejo intenso de estar perto dela, mas também entendia a necessidade de definir o que estavam construindo.

— Concordo — respondeu Draco, com um sorriso leve, mas carregado de significado. — Não quero que isso seja algo passageiro. Quero entender o que nós dois realmente queremos e como podemos seguir em frente de forma que faça sentido para ambos.

Chiara sentiu um alívio ao ouvir essas palavras. Havia algo reconfortante em saber que Draco estava disposto a investir no que estavam construindo, e isso a ajudou a se sentir mais segura.

— Então, vamos ver onde isso nos leva — disse Chiara, com uma determinação que combinava com a sinceridade de suas palavras. — Vamos descobrir o que isso significa, um dia de cada vez.

Draco sorriu, e Chiara sentiu um calor se espalhar por seu peito. Era um sorriso que transmitia a mesma esperança e expectativa que ela sentia. Eles estavam dando um passo importante, e, embora o futuro fosse incerto, ambos estavam dispostos a enfrentá-lo juntos.

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