Capítulo 10 - Um amanhecer discreto

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*(Versão de Draco e Chiara)*

Draco e Chiara despertaram lentamente, o calor dos primeiros raios de sol penetrando pelas janelas altas da biblioteca. A sensação de conforto e proximidade era quase surreal. Por um momento, ambos ficaram quietos, saboreando a intimidade do momento. A noite anterior havia sido uma fusão perfeita de desejo e conexão emocional, e agora, enquanto acordavam nos braços um do outro, a realidade os envolvia novamente.

Draco foi o primeiro a se mexer, passando a mão pelos cabelos loiros, tentando se orientar. Olhou para Chiara ao seu lado, que ainda estava meio adormecida, com uma expressão de calma que contrastava com a ansiedade que ele sentia começando a se infiltrar. Eles haviam dormido ali, na biblioteca, sem que ninguém os tivesse encontrado, mas sabiam que não podiam correr o risco de serem descobertos agora.

— Chiara — Draco sussurrou suavemente, tocando seu ombro. — Precisamos ir, antes que alguém nos veja aqui.

Chiara abriu os olhos devagar, ainda um pouco perdida entre o sonho e a realidade. Ao se dar conta de onde estavam, sentiu uma pontada de nervosismo. Apesar do prazer da noite anterior, sabiam que a situação era arriscada.

— Sim, você tem razão — ela respondeu, levantando-se rapidamente e começando a se arrumar. — Não podemos ser vistos aqui, seria... complicado.

Com movimentos rápidos e eficientes, ambos se vestiram, trocando olhares cúmplices enquanto se preparavam para deixar a biblioteca. Nenhum dos dois queria ir embora, mas sabiam que era necessário.

— Vamos sair por caminhos diferentes — sugeriu Chiara, ajeitando sua roupa. — Eu vou para a Torre da Corvinal, e você para as masmorras. Assim evitamos qualquer suspeita.

Draco assentiu, embora o pensamento de se afastar dela fosse desconfortável. Mesmo assim, ele sabia que era o mais seguro. Eles se aproximaram uma última vez, e Draco se inclinou para lhe dar um beijo suave nos lábios, uma despedida silenciosa e promissora.

— Nos vemos mais tarde — ele murmurou, os olhos fixos nos dela, antes de se afastar e seguir para a porta. Chiara fez o mesmo, ambos se dispersando rapidamente pelos corredores ainda vazios.

O resto do dia transcorreu de forma aparentemente normal. Chiara voltou para seu dormitório na Torre da Corvinal, tentando parecer o mais casual possível, apesar das borboletas ainda presentes em seu estômago. Ela se misturou com os colegas de casa, participando das conversas matinais e das aulas subsequentes. Mas seu pensamento estava sempre voltado para Draco, e os olhares que trocavam ao cruzarem pelos corredores eram suficientes para reacender toda a emoção da noite passada.

Draco, por sua vez, conseguiu chegar às masmorras sem ser notado, se infiltrando no dormitório dos sonserinos pouco antes dos primeiros estudantes começarem a se levantar. Ele fez o possível para agir com naturalidade, mas seu coração ainda batia acelerado, tanto pelo medo de ser descoberto quanto pela excitação do que tinha vivido com Chiara.

No café da manhã, enquanto estava sentado à mesa da Sonserina, Draco percebeu que Pensy Parkinson o observava com uma expressão intrigada. Ela se aproximou dele, jogando o cabelo para trás e adotando sua postura usualmente confiante.

— Draco, onde você esteve ontem à noite? — perguntou Pensy, com um sorriso perspicaz. — Eu saí das masmorras por volta das 20h, e não te vi voltar. O que você estava fazendo?

Draco sentiu uma pontada de alerta, mas manteve sua expressão neutra. Ele sabia que Pensy era esperta e não se deixaria enganar facilmente, mas ele também estava preparado para evitar qualquer suspeita.

— Estava apenas dando uma volta, precisava de ar — respondeu Draco, em um tom despreocupado, pegando uma maçã da mesa e começando a descascá-la. — Você sabe como é... às vezes as masmorras ficam sufocantes.

Pensy levantou uma sobrancelha, claramente não convencida, mas decidiu não pressionar mais naquele momento.

— Certo... — disse ela, um sorriso ligeiro nos lábios. — Mas se você precisar de uma companhia mais... refrescante, sabe onde me encontrar.

Draco forçou um sorriso, tentando parecer educado. Ele sabia que Pensy era persistente, e se não fosse cuidadoso, ela poderia acabar descobrindo mais do que ele gostaria.

O dia continuou com encontros breves, mas carregados de significado, entre Draco e Chiara. Cada vez que seus olhares se cruzavam pelos corredores, ou quando passavam um pelo outro no pátio, havia uma eletricidade no ar, uma conexão que ambos sabiam que estava crescendo a cada momento. O desejo de estarem juntos novamente era quase palpável, mas ambos sabiam que precisavam ser cautelosos.

Na hora do almoço, Draco encontrou um momento para se aproximar de Chiara enquanto ela estava a caminho de sua próxima aula. Ele a puxou para um canto discreto, longe dos olhares curiosos de outros alunos.

— Esta noite, na mesma hora? — ele sussurrou, seus olhos fixos nos dela.

Chiara sorriu, um sorriso que falava de antecipação e desejo.

— Eu estarei lá — respondeu ela, antes de se afastar rapidamente, deixando Draco com uma sensação de expectativa crescente.

O resto do dia passou em um borrão de aulas e encontros breves, ambos antecipando o momento em que poderiam estar sozinhos novamente. Sabiam que o que estavam construindo era delicado e cheio de riscos, mas nenhum dos dois estava disposto a desistir.

Enquanto o sol se punha e a noite se aproximava, Draco e Chiara se preparavam para mais um encontro, sabendo que, a cada momento que passavam juntos, estavam se aproximando ainda mais de algo que nenhum dos dois poderia controlar completamente.

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