Capítulo 19 - Conflitos e feitiços

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A manhã havia começado tranquila para Chiara e Draco. Depois de uma noite intensa, ambos dormiram profundamente, envoltos na paz que só o amor poderia proporcionar. No entanto, essa paz estava prestes a ser interrompida de maneira abrupta.

Pansy Parkinson, dominada pela raiva e ciúmes, não conseguiu dormir naquela noite. Os pensamentos sobre Draco e Chiara juntos a consumiam, e ela precisava saber se aquilo que temia era verdade. Decidida, ela foi até o dormitório de Draco, a mente já repleta de intenções maliciosas.

Quando abriu a porta do quarto de Draco, o que viu fez seu coração gelar. Lá estavam eles, Chiara e Draco, deitados juntos na cama, ainda dormindo profundamente. Pansy sentiu uma onda de raiva subir por seu corpo, seus dedos tremendo enquanto puxava sua varinha. Sem pensar duas vezes, apontou diretamente para Chiara e, com a voz carregada de rancor, sussurrou:

— *Crucius!*

Mas Draco, sempre atento, acordou ao som da voz de Pansy. Sem hesitar, puxou Chiara para cima de seu peito, protegendo-a do feitiço que foi lançado por pura malícia. Chiara, meio sonolenta e sem perceber a gravidade da situação, olhou para Draco com um sorriso preguiçoso e sussurrou:

— Bom dia, amor. — E, sem se importar com a presença de Pansy, ela lhe deu um selinho suave.

Draco retribuiu o beijo, seu olhar ainda fixo em Pansy, que agora estava à beira das lágrimas. A cena à sua frente era como uma faca cravada em seu coração. Incapaz de suportar aquilo, Pansy saiu do quarto correndo, as lágrimas escorrendo livremente pelo rosto. No entanto, sua dor se transformou em vingança enquanto ela caminhava pelos corredores, espalhando para todos que Draco e Chiara haviam dormido juntos.

Logo, os rumores começaram a correr como fogo pela escola. Cada aluno que passava por Draco e Chiara lançava olhares carregados de julgamento e curiosidade. O clima nos corredores se tornou tenso, e a pressão começou a se intensificar sobre o casal. Chiara, furiosa com a humilhação que Pansy estava tentando infligir, quis confrontá-la, mas Draco a segurou pelo braço antes que ela pudesse agir.

— Ela não vale a pena, Chiara. — Ele disse firmemente, olhando nos olhos dela. — Não vou deixá-la destruir o que temos. Ignore-a.

Chiara respirou fundo, tentando acalmar a raiva que queimava em seu peito. Ela sabia que Draco estava certo, mas o desejo de enfrentar Pansy ainda estava presente. Contudo, ela confiava em Draco e decidiu seguir seu conselho, pelo menos por enquanto.

Mas o dia continuou turbulento. Os olhares, os sussurros, tudo contribuía para a crescente tensão entre eles e o resto da escola. E então, como se as coisas não pudessem piorar, eles cruzaram com Harry Potter nos corredores.

Harry já sabia dos rumores, e a visão de Draco e Chiara juntos fez o sangue ferver em suas veias. Ele não conseguiu se segurar.

— Então, é verdade? — Harry disparou, o rosto vermelho de raiva. — Você não perde tempo, não é, Malfoy?

Draco, que já estava à beira de perder a paciência, respondeu com um tom gélido.

— E se for, Potter? O que vai fazer a respeito?

O olhar de Harry se estreitou, e em um instante, ele sacou sua varinha. Draco fez o mesmo, e antes que qualquer um pudesse intervir, os feitiços começaram a voar pelo corredor.

— *Expelliarmus!* — Gritou Harry, tentando desarmar Draco.

Mas Draco desviou habilmente e contra-atacou.

— *Stupefy!* — Ele lançou, quase acertando Harry, que se esquivou no último segundo.

Os alunos ao redor começaram a gritar e se afastar, mas nenhum professor estava por perto para interromper a batalha. Chiara tentou se aproximar para separar os dois, mas a intensidade da luta a fez hesitar.

O corredor virou um campo de batalha, com Draco e Harry jogando feitiços um no outro, a raiva clara em cada movimento. Chiara finalmente conseguiu chegar perto o suficiente, e no meio de um feitiço que Draco estava prestes a lançar, ela gritou:

— *Parvati!* — Ela lançou um feitiço de contenção, separando os dois bruxos.

Harry e Draco pararam, ofegantes, com as varinhas ainda apontadas um para o outro. A raiva nos olhos de ambos era palpável, mas Chiara se colocou entre eles, sua presença servindo como uma barreira frágil.

— Chega! — Ela gritou, sua voz ecoando pelo corredor. — Não vale a pena!

Draco respirou fundo, os olhos ainda fixos em Harry. Ele sabia que aquele confronto não resolveria nada, mas o ódio entre eles era difícil de controlar.

— Você tem sorte de ela estar aqui, Potter. — Draco murmurou, guardando sua varinha com um movimento brusco. — Isso não acabou.

Harry não respondeu, mas seus olhos diziam tudo. A tensão entre eles ainda estava longe de ser resolvida, mas por enquanto, a luta havia sido interrompida.

Enquanto Draco e Chiara se afastavam, as fofocas começaram a correr ainda mais rápido. O dia havia sido um verdadeiro caos, e ainda não havia sinais de que a tempestade estava perto de acabar. Mas, pelo menos naquele momento, Chiara e Draco estavam juntos, enfrentando tudo lado a lado. E isso, apesar de tudo, era o que realmente importava.

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