Capítulo 13 - Corações partidos e novas alianças

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*(Versão de Draco)*

Draco Malfoy sentia seu peito apertado, como se algo tivesse sido arrancado de dentro dele. A visão de Chiara beijando Harry Potter ainda queimava em sua mente, e por mais que tentasse, ele não conseguia apagar a cena. Aquela traição, aquela quebra de confiança, era algo que ele não estava preparado para enfrentar.

Quando as palavras "Fique com ele, então" escaparam de seus lábios, Draco sabia que estava agindo impulsivamente, mas a dor e a raiva eram insuportáveis. Ele se virou bruscamente, saindo da biblioteca antes que pudesse mudar de ideia. Ele não queria ouvir mais desculpas, nem de Chiara nem de Potter. Para Draco, aquilo foi a confirmação de que ele não podia confiar em ninguém, muito menos em alguém que ele começava a acreditar que podia amar.

Enquanto Draco deixava a biblioteca, Chiara ficou para trás, sentindo o peso das suas próprias ações. Ela sabia que tinha magoado Draco profundamente, mas também estava ferida, e de alguma forma, estar com Harry parecia a coisa certa a fazer naquele momento. Mesmo que seus sentimentos por Draco ainda estivessem presentes, havia algo em Harry que a confortava.

Harry, vendo a tristeza nos olhos de Chiara, decidiu acompanhá-la até o dormitório dela, mas durante o caminho, as conversas entre os dois fluíram naturalmente. Eles falaram sobre Hogwarts, sobre os desafios de serem jovens bruxos em meio a tantas tensões, e inevitavelmente, sobre Draco. Harry não a pressionou, apenas a escutou, sendo o amigo que ela precisava naquele momento.

Quando chegaram ao quarto de Harry, a noite já estava avançada, e Chiara estava exausta. Ela não queria voltar sozinha para a Torre da Corvinal, e Harry, sendo sempre o cavalheiro, ofereceu a cama para que ela descansasse um pouco. Chiara aceitou, se deitando sem pensar nas consequências. Harry, também cansado, acabou adormecendo ao lado dela.

Na manhã seguinte, o sol que invadia o quarto despertou os dois. Harry acordou primeiro, sentindo o corpo de Chiara aninhado ao seu lado. Ele sorriu de leve, mas uma parte dele sabia que aquilo não era exatamente certo. Chiara abriu os olhos logo em seguida, a confusão misturada com um sentimento de segurança a invadindo ao perceber onde estava e com quem.

— Bom dia — disse Harry, tentando manter a leveza.

— Bom dia, Harry. — Chiara respondeu, sem saber ao certo como se sentia.

Eles saíram do quarto juntos, e enquanto caminhavam pelos corredores, algo tinha mudado entre eles. As mãos de Harry naturalmente encontraram as de Chiara, e ela não o afastou. Era uma conexão, uma espécie de conforto que ambos precisavam naquele momento turbulento. E assim, continuaram caminhando de mãos dadas, enquanto os outros alunos começavam a perceber a proximidade entre os dois.

Não demorou para que os rumores começassem a circular. Alguns alunos comentavam sobre como viram Harry e Chiara saindo juntos do dormitório dele pela manhã. As pessoas começavam a notar que os dois estavam sempre juntos, e claro, as fofocas logo chegaram aos ouvidos de Draco Malfoy.

Quando Draco soube, uma onda de ciúme o tomou. Ele havia dado um passo para trás, mas agora, ver Chiara e Potter juntos em público, agindo como um casal, era insuportável. Draco decidiu que se Chiara queria jogar desse jeito, ele também poderia jogar.

Ele começou a passar mais tempo com Pensy Parkinson, deixando que ela ficasse ainda mais próxima. Ele sabia que Pansy sempre teve interesse por ele, e agora, Draco estava disposto a usar isso a seu favor. Ele precisava mostrar a Chiara que ele também podia seguir em frente, mesmo que por dentro estivesse completamente devastado.

Pansy, percebendo a abertura que Draco estava dando, não perdeu tempo. Ela estava sempre ao seu lado, sorrindo, rindo de suas piadas, segurando seu braço quando eles caminhavam pelos corredores. Draco permitia, mesmo que não sentisse absolutamente nada além de uma vaga satisfação ao ver Chiara olhando de relance para eles.

Mas o jogo de ciúmes não trouxe a Draco o alívio que ele esperava. Cada vez que ele via Chiara e Harry juntos, uma nova onda de frustração e arrependimento o atingia. Ele sabia que estava perdendo algo especial, mas seu orgulho o impedia de dar o primeiro passo para tentar recuperar o que havia sido quebrado.

Enquanto isso, Chiara também se encontrava em um turbilhão de emoções. Estar com Harry era reconfortante, mas não apagava os sentimentos intensos que ainda nutria por Draco. Vê-lo com Pansy era como uma faca em seu coração, mas ela sabia que parte da culpa era sua. Agora, ambos estavam presos em um jogo perigoso de mágoas e ciúmes, sem saber como sair.

O que havia começado como um simples desejo de se encontrar na biblioteca para uma conversa tornou-se uma guerra silenciosa de corações feridos, onde ninguém parecia disposto a ceder, e o orgulho falava mais alto do que o amor.

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