Capítulo 15 - A escolha de Draco

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(Versão de Draco)

Draco Malfoy estava parado diante da porta do quarto de Harry Potter, o som dos gemidos de Chiara ecoando em sua mente como um alarme ensurdecedor. Ele sabia que não podia esperar mais. Com o coração martelando no peito e as mãos levemente trêmulas, Draco reuniu toda a sua coragem e bateu na porta com força.

Poucos segundos depois, Harry abriu a porta, os olhos estreitados em irritação ao ver Draco ali.

— O que você está fazendo aqui, Malfoy? — Harry perguntou, a voz carregada de desdém.

Draco tentou olhar por cima do ombro de Harry, e foi então que ele a viu. Chiara estava na cama, completamente nua, parcialmente coberta pelos lençóis. Seu cabelo estava desarrumado, as bochechas coradas pelo álcool e pelo calor do quarto. A visão fez algo dentro de Draco se contorcer, um misto de raiva, ciúme e um desejo insuportável de protegê-la.

— Pare de olhar para ela, Malfoy! — Harry ordenou, colocando-se de forma mais ameaçadora na frente de Draco, bloqueando sua visão.

Draco apenas sorriu, um sorriso amargo e sarcástico, enquanto sua raiva fervilhava por dentro.

— Não há nada aqui que eu não tenha visto antes, Potter — Draco respondeu, a voz fria e cheia de implicação.

Harry ficou tenso, seus punhos se fechando ao lado do corpo. Ele estava prestes a dar um soco em Draco, mas antes que pudesse mover um músculo, Draco foi mais rápido. Ele pegou o pulso de Harry com firmeza, impedindo o golpe.

— Não seja idiota, Potter. — Draco sussurrou, sua voz mortalmente calma. — Isso não vai acabar bem para você.

Antes que Harry pudesse responder, Draco o empurrou de lado e entrou no quarto. Ele caminhou até Chiara, seu coração acelerado ao vê-la naquele estado. Draco não podia deixar que ela ficasse ali, vulnerável e exposta. Ele a olhou por um breve momento, o sentimento de responsabilidade pesando em seus ombros.

Com cuidado, Draco puxou os lençóis, enrolando Chiara neles com toda a delicadeza que conseguiu reunir. Ela murmurou algo inaudível enquanto ele a envolvia no tecido macio, a voz sonolenta e confusa. Draco sentiu um nó se formar em sua garganta ao vê-la assim, tão indefesa. Ele a levantou nos braços, seu corpo relaxado contra o dele, e se virou para Harry, que estava parado ao lado, sem saber o que fazer.

— Ela vai comigo. — Draco disse com firmeza, olhando diretamente para Harry.

Harry estava dividido entre a raiva e a confusão, mas não impediu Draco. Algo no olhar de Draco, algo determinado e inabalável, fez Harry hesitar. Ele sabia que Chiara estava em boas mãos, mesmo que detestasse admitir isso.

Sem mais uma palavra, Draco saiu do quarto, carregando Chiara com ele. O corredor estava silencioso, as luzes das tochas lançando sombras oscilantes enquanto Draco a levava para o dormitório da Sonserina. Ele não se importava com o que os outros poderiam pensar ou dizer. Tudo o que importava era que Chiara estava segura, e ele precisava garantir que ela descansasse.

Quando chegaram ao dormitório, Draco a deitou suavemente na sua cama. Ele ajeitou os lençóis ao redor dela, assegurando-se de que ela estivesse confortável. Chiara murmurou algo incoerente, se virando de lado, e Draco ficou parado por um momento, observando-a.

Ela era um mistério para ele, uma mistura de força e vulnerabilidade que o atraía e o confundia ao mesmo tempo. Draco sabia que eles precisariam conversar no dia seguinte, que precisavam resolver tudo isso. Mas naquele momento, ele só queria que ela descansasse e ficasse bem.

Draco se afastou da cama, sentando-se em uma cadeira próxima. Ele passaria a noite ali, vigiando-a, esperando que Chiara acordasse. Quando o sol nascesse, eles poderiam finalmente falar sobre tudo — sobre o que havia acontecido, sobre o que estavam sentindo, e talvez, só talvez, encontrar uma maneira de lidar com tudo isso.

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