Capítulo 6 - Entre Desejo e Decisão

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(Versão de Chiara)

Chiara sentiu uma mistura de emoções enquanto Draco a acompanhava de volta às comunal da Corvinal. A noite havia começado de uma forma inesperada e emocionante, mas, quando ele a interrompeu e decidiu não forçar a situação, algo dentro dela se acalmou, mas também deixou um vazio. Era como se ela estivesse à beira de um precipício, mas tivesse sido puxada de volta antes de dar o salto final.

A caminhada pelas sombrias passagens do castelo foi silenciosa, a tensão no ar entre eles sendo palpável. Cada passo que davam juntos parecia carregar o peso das palavras não ditas e dos sentimentos que estavam começando a se formar. Chiara sentia que estava perdida entre o desejo e a razão, o desejo de continuar explorando a conexão com Draco e a razão que lhe dizia para ser cautelosa.

Quando chegaram à entrada da comunal de Corvinal, Draco parou e a olhou com uma suavidade que contrastava com a intensidade que ele havia mostrado momentos antes. Ele puxou-a para um abraço caloroso e inesperado, um gesto que a fez sentir um conforto inusitado e um calor que a envolveu completamente. Foi como se ele estivesse tentando transmitir um sentimento de compreensão e respeito através daquele abraço.

— Até logo, Chiara — disse Draco, com um sorriso que misturava afeto e uma pitada de frustração contida. — Boa noite.

Ele a beijou suavemente nos lábios, um toque leve e carinhoso que parecia prometer mais, mas que também trazia uma sensação de conclusão para a noite. Chiara sentiu seu coração acelerar com o beijo, um lembrete do desejo que ainda estava presente, mas também da complexidade do que estava começando a acontecer entre eles.

Com um suspiro, Chiara entrou no dormitório da Corvinal, os pensamentos girando na cabeça enquanto tentava se acalmar. O contato com Draco a havia deixado ansiosa e confusa, mas também satisfeita de uma maneira que ela não sabia como explicar. Quando finalmente se deitou na cama e fechou os olhos, a exaustão a envolveu, e ela adormeceu em um sono inquieto, repleto de sonhos confusos sobre a noite anterior.

Na manhã seguinte, Chiara tentou se concentrar nas aulas e nas novas atividades de Hogwarts, mas a mente dela ainda estava longe. O que aconteceu entre ela e Draco parecia ser um segredo compartilhado, um entrelaçamento de sentimentos que ela estava tentando entender. Enquanto caminhava pelos corredores, com a cabeça cheia de pensamentos e expectativas, notou que alguns olhares de colegas de casa estavam direcionados para ela e Draco, especialmente de Pensy Parkinson, uma das mais observadoras e críticas da casa.

Pensy, com seus olhos penetrantes e um sorriso quase imperceptível, parecia estar analisando cada movimento e cada interação entre Chiara e Draco. Chiara tentou ignorar a sensação de estar sendo observada, mas não pôde deixar de se sentir desconfortável.
(dracos version)
Durante o intervalo entre as aulas, Pensy se aproximou de Draco, que estava encostado contra uma parede, esperando para encontrar Chiara novamente. A Slytherin estava com uma expressão de curiosidade e um brilho de intriga nos olhos.

— Draco, posso falar com você um momento? — perguntou Pensy, a voz carregada com uma nota de seriedade.

Draco levantou uma sobrancelha, surpreso pela abordagem direta, mas acenou com a cabeça, dando-lhe permissão para continuar. Pensy não perdeu tempo, indo direto ao ponto.

— Eu estive reparando na maneira como você e Chiara estavam se comportando ontem à noite — disse Pensy, o olhar astuto e avaliador. — Algo aconteceu entre vocês? Ela parece... diferente.

Draco a observou com uma expressão neutra, mas com um toque de diversão nos olhos. Ele sabia que Pensy tinha uma habilidade aguçada para perceber o que estava acontecendo ao seu redor e, muitas vezes, se beneficiava disso. Mas, ao contrário do que ela esperava, Draco não parecia incomodado com a pergunta. Em vez disso, ele se inclinou um pouco mais perto, como se estivesse considerando suas palavras cuidadosamente.

— E o que você acha que aconteceu? — perguntou Draco, seu tom leve e desafiador. Ele estava mais interessado em saber o que Pensy realmente pensava do que em dar uma resposta direta.

Pensy franziu o cenho, sua expressão misturando frustração e curiosidade. Ela sabia que Draco estava jogando um jogo, mas estava determinada a descobrir o que estava por trás daquele comportamento.

— Sei que você é bom em manter segredos, Draco — disse Pensy, com uma pontada de desafio em sua voz. — Mas Chiara é uma novidade por aqui, e ela tem algo que me faz pensar que você está mais envolvido do que gostaria de admitir.

Draco sorriu, um sorriso que estava mais perto de um enigma do que de uma resposta clara. Ele não estava pronto para revelar tudo, e de fato, não sabia se queria. Havia algo fascinante e complexo no relacionamento com Chiara que ele ainda estava tentando decifrar. Por enquanto, ele decidiu manter as coisas em aberto.

— Pensy, por enquanto, você terá que esperar para ver — disse ele, com um brilho nos olhos. — Tudo o que posso dizer é que estamos apenas começando.

Com isso, Draco se virou, deixando Pensy com uma expressão de frustração e curiosidade. A manhã continuou, mas a sensação de algo importante prestes a acontecer pairava no ar. Chiara e Draco estavam em uma jornada complexa e emocionante, e ambos estavam prestes a descobrir até onde essa conexão os levaria.

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