Alexandre leva a vida como um típico "adolescente" de 30 anos, sem preocupações aparentes, até que uma única decisão enlaça seu destino àquela que será a maior roubada de sua vida, mas que poderá se tornar a mais bonita de todas.
História adaptada...
Na vida tomamos decisões que nos levam de um dia para o outro, que mudam nossos caminhos aos poucos. A maioria nem percebemos.
Às vezes não nos damos conta o quanto ou onde elas podem nos levar e isso ser determinante no nosso PARA SEMPRE...
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- Não volte! Não é da sua conta! - Falo alto enquanto estou dirigindo meu carro de volta pra minha casa.
- Ela vai ficar bem! Não é da sua conta! - Claramente estou tentando me convencer a não tomar a decisão mais idiota da minha vida.
- Droga! Por que se importa? - Pego o primeiro retorno que encontro e saio cantando pneu, passando sinal vermelho e quase atropelando uma velhinha.
- Ela nem é sua conhecida! Porra!
Acelero meu carro o máximo que consigo por estar em uma via residencial. Claramente estou voltando àquela maldita casa.
Meu coração está acelerado, minha respiração ofegante e minha cabeça a mil ao que possa ter acontecido.
Desço do carro as pressas entrando na casa e subo as escadas quase caindo por estar tremendo óbvio, mas também por ter um tapete ridículo no caminho. Que idiota coloca um tapete sem antiderrapante na ponta de uma escada?
Entro correndo no banheiro e o que vejo, ou melhor, o que não vejo é o que eu mais temia...
Retiro a cabeça da maluca de dentro da banheira onde ela estava submersa e enfio minha mão na garganta da surtada pra ela vomitar.
- Merda! - Ela pende a cabeça e seus olhos estão fechados.
- Vamos, sua doida, vomite! vomita, vamos, me ajude! vomite, sua maluca! - A garota desperta assustada, vomitando igual o exorcista. - É isso aí! ARGH! Que nojo, loira! ...
Acho que preciso voltar um pouco nessa história porque você não deve estar entendendo nada! Então vamos lá!
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Me chamo Alexandre Nero, tenho 30 anos, sou natural de Curitiba, mas moro no RJ desde a minha adolescência, quando perdi minha mãe e vim morar com minha Avó paterna Creusa, uma paraibana nascida em Catolé do Rocha que aos 30 anos mudou para o Rio de Janeiro.
Meu pai morreu quando eu ainda era bem pequeno. Sou filho único e vivi até os 25 anos dividindo o quarto na casa da minha avó com meu primo Rodrigo, filho da minha tia Aida.
Morávamos todos os 4 em uma casa simples em Madureira.
Minha tia que foi mãe solteira muito jovem a ajudou a me criar assim como a Rodrigo, seu filho, que é 5 anos mais velho que eu.
Hoje moro no bairro das Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro e trab...
TOC, TOC, TOC.
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- Que demora, Alexandre! Estou te ligando faz horas. - Estou na sala do meu pequeno apartamento de solteiro, com a TV ligada em um canal de esportes que claramente eu não estava assistindo, pois havia cochilado. Fui despertado por batidas frenéticas na porta, o que me fez saltar e abrir, já imaginando quem poderia ser.
Essa voz esganiçada ( que claro, você não consegue ouvir, mas imagine uma, qualquer uma, a que mais te incomoda... é essa!) é da Fabíola, minha namorada há 3 meses... 4 meses, ou seria 2 meses? Não lembro!
- Desculpa, Fá, eu estava com fones no ouvido. - Acho que esqueci de dizer que sou quase um mentiroso compulsivo.
Ela entrou igual um furacão e com uma cara de poucos amigos.
- Combinamos de nos encontrar hoje a noite e cozinharmos juntos. Você esqueceu? - Fabíola me olhava como se tivesse procurando algum sinal de culpa em meu rosto.
- Não! - Talvez eu tenha esquecido.
- Tá bêbado? - Que porra de interrogatório é esse?
- Não! - Falo sem olhar pra ela enquanto sento no meu sofá fedido e aprecio a vista da minha nova aquisição.
- Chapado? - Ela ergue a sobrancelha em minha direção.
- Não! - Continuo mentindo - Tá! Talvez um pouco.
- imaginei! - Ela olha para a mesinha ao lado do sofá e eu acompanho onde os olhos dela param e me preparo para mais um interrogatório que virá.
- Quando você comprou um peixe?
- Peguei ele ontem. O nome dele é Nemo! - Seguro minha nova aquisição nas mãos admirando meu novo colega de quarto.
Depois da sessão investigativa que Fabíola me proporcionou, demos início ao suposto programa de casal.
Seguimos nossa noite com um jantar meia boca e uma foda totalmente desconectados, mas é como dizem: sexo até quando é ruim é bom. Acho que alguém precisa terminar esse relacionamento urgente!
