Alexandre leva a vida como um típico "adolescente" de 30 anos, sem preocupações aparentes, até que uma única decisão enlaça seu destino àquela que será a maior roubada de sua vida, mas que poderá se tornar a mais bonita de todas.
História adaptada...
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A noite estava realmente maravilhosa. Faz tanto tempo que não me sinto tão viva! Acho que havia esquecido como sorrir, minhas bochechas estão doendo do tanto que ri das piadas sem graça de Alexandre.
Já secamos 3 garrafas de vinho e o jantar, eu preciso dizer, estava divino, de comer rezando. Em que mais esse homem consegue ser bom?
Falei da minha vida pra ele como se o conhecesse de outras vidas. Já está bem claro o quanto eu tenho dificuldade de confiar e me abrir para as pessoas, mas tem alguma coisa em Nero que me faz querer dividir com ele alguns dos meus fardos.
Fui retirada dos meus pensamentos por Alexandre estendendo a mão e me convidando pra dançar.
- Vem, dança comigo, Giovanna! - Ele me puxava sem muita força, apenas me encorajando a levantar.
- Eu não sei dançar, Alexandre! - Falei com a voz já meio embolada pelo vinho.
- Não tem problema, eu também não sei. - Dei uma boa gargalhada da sua fala, mas também de um certo nervosismo que comecei a sentir.
- Vou pisar no seu pé! Depois não diga que não avisei. - Me deixei levantar por ele e fui envolvida em seus braços fortes. Nossos corpos foram atraídos entre si como imãs, sua mão esquerda parou na altura da minha lombar e a destra adentrou meus cabelos me dando um arrepio instantâneo.
Tocava uma música antiga que a séculos eu não ouvia, mas que me fez estremecer ao prestar atenção na letra...
" Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito..."
Encostei minha cabeça no peito de Alexandre por conta da diferença de altura, e nesse instante eu conseguia ouvir as batidas do seu coração.
"...E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito..."
Senti um beijo tão suave em minha têmpora, que fiquei me perguntando se realmente aconteceu, mas logo senti outro mais forte em minha testa, onde Alexandre repousou ali por um tempo.
