Alexandre leva a vida como um típico "adolescente" de 30 anos, sem preocupações aparentes, até que uma única decisão enlaça seu destino àquela que será a maior roubada de sua vida, mas que poderá se tornar a mais bonita de todas.
História adaptada...
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Semana que antecede o Natal era pra ser bem tranquila, teoricamente estamos de recesso. Então por que Giovanna está me acordando às 7h da manhã se hoje o único compromisso que temos agendado é a primeira consulta com o obstetra e só na parte da tarde?
- Nero, levanta, cara, poxa, Alexandre, a gente tem um tanto de coisa pra fazer hoje! - Tem algum botão que eu possa desligar essa mulher?
- Amooooor... - Foi tudo o que consegui dizer. Virei pro outro lado e no fundo da minha mente eu conseguia ouvir resmungos e xingamentos, mas não sei se era real ou pesadelo.
Senti um tapa estalado na minha bunda me fazendo dar um pulo da cama. Essa mulher tá cada dia mais louca.
- Caralho, Giovanna, quer me matar? - Eu quase havia caído. - Tá indo tirar quem dá força pra tá com essa pressa toda uma hora dessas, mulher?
- Meu querido, tu esqueceu que ficou de comprar as coisas da ceia de Natal da tua avó hoje, e que ainda temos consulta depois? Tu quer dormir o dia todo mermo e me deixar encarregada de tudo? - Com as mãos na cintura e uma cara de braba linda, Giovanna falava sem alterar a voz.
- 7h da manhã, Giovanna, 7h da manhã... nós temos o que... - Olhei pro nada tentando fazer uma conta de cabeça. - ... 8h até o horário da consulta.
- Você só esqueceu que o supermercado vai estar um inferno de tão lotado hoje, né? E que o trânsito vai triplicar nosso tempo de deslocamento. Sem contar nos imprevistos, né, Alexandre. Bora, passa pro banheiro e se organiza pra gente sair, porque ao contrário de você, sua avó e sua tia já estão prontas nos esperando.
- Será que eu roubei a chupeta do menino Jesus no Natal passado pra merecer 3 mulheres mandando em mim hoje? - Falei alto questionando o universo.
Depois de ser despertado igual soldado no exército, tomamos café e saímos sentido Madureira, pra buscar minha avó e minha tia. Claro que ao chegar lá tivemos que descer pra Giovanna tomar outro café, pois minha avó nunca deixaria o bisneto dela passar fome - Palavras dela! - Sim, minha família e os amigos próximos já sabem do bebê. Sem querer eu deixei escapar pro Rodrigo, que deixou escapar pra Alessandra e o telefone sem fio já chegou do outro lado do oceano. Mas no trabalho dela por ora ninguém sabe. Ela quer fazer os primeiros exames pra espalhar a notícia.
